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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

PARINTINS: COMUNITÁRIOS SALVAM PEIXES NOS LAGOS



Parintions AM - O lago do Acara-açú localizado na comunidadedo Parananema, está sendo depredado por invasores que adentram o local e retiram espécies protegidas por lei. A informação é do agente ambiental voluntário Ilzo Reis. De acordo com ele, a depredação ocorre durante todo o dia e a noite, e há indícios de participação dos próprios comunitários que facilitam a entrada de pescadores não autorizados no local.Os comunitários do Parananema enfrentam dificuldades para manter preservado o recurso pesqueiro daquela localidade, devido ao tamanho do lago e a falta de estrutura para a fiscalização. De acordo com os moradores, o lago do Acara-açú é o segundo maior da região, só perdendo em tamanho para o complexo de Macuricanã, situado na divisa dos municípios de Parintins e Nhamundá. O local é rico em espécies de pescado e habitat de desova para quelônios. De acordo com Ilzo Reis o potencial está se esgotando devido a retirada predatória desses animais. A invasão segundo Ilzo ocorre durante todo o ano e se intensifica no período do verão. “Nesse período o lago seca formando diversos poços onde os peixes ficam aprisionados facilitando a sua captura”, explica o comunitário que há 16 anos atua na defesa do lago.
PRESERVAÇÃO
Atualmente, pelo acordo de pesca do Parananema é permitido para cada pescador da comunidade o direito a retirar do lago até 20 kilos de pescado por semana. Para isso há uma regulamentação no tipo de recipiente para o transporte do pescado, sendo permitido adentrar o lago com caixas de isopor com capacidade para até 70 litros.“Já abordamos pessoas de fora da comunidade com arreios do tipo arrastão e com caixas de isopor de 500 litros com até 250 kilos de pescado”, diz Luiz Viana, agente ambiental voluntário que mora nas proximidades da entrada do lago.O trabalho dos quase 30 comunitários fazem a defesa do lago se torna quase inviável, pela falta de estrutura do Ibama que deveria dar apoio às suas ações. “Não podemos culpar o gerente local, pois sabemos que vontade ele tem, mas falta o principal, a estrutura para a fiscalização”, diz Viana. (Texto: Tereza Almeida –  Site Tadeu de Souza)

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