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sábado, 24 de março de 2012

ESPECIAL: PRAIA DO FORTE, ONDE AS TARTARUGAS MARINHAS SÃO TRATADAS COMO RAINHAS.

Amazonianarede/Osny Araújo, enviado especial/fotos: divulgação

Barra da Mata, BA - O Portal que trata com carinho e respeito à biodiversidade, o Portal Amazonianarede foi até o litoral baiano ver de perto como é e como funciona o Projeto Tamar, que trabalha com tartarugas marinhas e deixou o local maravilhado com o trabalho que os biólogos, veterinários e técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) trabalham ajudando com o Projeto Tamar a preservar as várias espécies de tartarugas marinhas que tem nas belas praias do litoral baiano um ninhal dos mais importantes para a nossa biodiversidade, hoje inteiramente monitorado pelo Instituto.

Como se não bastasse os cuidados com as tartarugas marinhas, o projeto transformou a Praia do Forte, hoje um distrito do município de Barra da Mata, num dos mais importantes pontos turísticos do Estado da Bahia, por isso, recebe diariamente centenas de turistas, onde além das tartarugas, encontram um distrito com reais características turísticas, com restaurantes, lojas, quadricíclos para passear pelas suas ruas com paralelepípedos, lojas, pousadas, bancos praia e toda uma bela estrutura turística.

No Amazonas, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, (INPA), realiza um trabalho mais ou menos parecido com o Projeto Peixe-Boi, onde o órgão, com base científica trabalha na tentativa de reproduzir em cativeiro esse mamífero dos nossos rios e ainda cuida dos filhotes que anualmente são resgatados e após receberem os cuidados necessários são devolvidos à natureza.

ORIGEM

A antiga aldeia dos pescadores deu origem ao que é hoje a Praia do Forte. Um destino imperdível, com biodiversidade e beleza natural que fica apenas á cinquenta quilômetros do Aeroporto Internacional, “Luís Eduardo Magalhães”, de Salvador.

É na rua principal, chamada Alameda do Sol, que turistas do mundo inteiro, circulam e apreciam as diversas lojinhas, restaurantes, bares, cafés, todos em estilo rústico, com requinte e sofisticação.

A Praia do Forte é um local que atrai jovens e adultos, crianças e idosos, enfim, toda a família, pois têm quilômetros de praias, onde o turista pode praticar diversos tipos de esportes náuticos, como por exemplo: surfe, windesurf, mergulho, pesca oceânica e canoagem.

Além disso, tem piscinas naturais com águas cristalinas que atraem um público eclético. Eles mergulham nas águas mornas em busca de peixes, que se distinguem em cores e embelezam o universo aquático das praias do “Lord” e “Papa-Gente”.

Nos meses de maio a junho, é possível encontrar tartarugas marinhas gigantes, nadando no imenso oceano de águas azuis e de julho á outubro, com um pouco de sorte, o visitante poderá se encantar com as visitas das baleias Jubarte.

Elas chegam da Antarctica para alegrar os turistas que visitam aquele local paradisíaco e se entusiasmam quando avistam essas imensas baleias com os seus filhotes, em exuberantes acrobacias.

Praia do Forte é isso tudo, no meio das belas praias, da fauna e flora, da preservação ambiental, lagoas, cachoeiras, trilhas, reservas ecológicas estão os coqueiros, que enfeitam o ambiente baiano e evidenciam o que a Bahia tem de mais peculiar.

TRÊS DÉCADAS

Os abnegados e felizes servidores do projeto Tamar que está comemorando três décadas de muito trabalho, desafios e satisfação, garantem que trinta anos não significa nada na relatividade do tempo, se para o ser humano isso representa mais ou menos a metade da vida, para as tartarugas é apenas o momento em que se tornam adultas, atingem a maturidade sexual e estão preparadas o seu ciclo de vida, produzindo os primeiros ovos e gerando os primeiros filhotes.

Desde 1980 que o Projeto Tamar, traves de sua equipe técnica, percorre de carro, basco, cavalo e avião toda essa rica costa brasileira e ilhas oceânicas, tentando conhecer e compreender esses animais de vida longa e complexa, que mesmo a despeito da sua origem pré-histórica ainda guardam segredos e mistérios para a ciência desvendar e de lá para cá, mais de dez milhões de filhotes das várias espécies ecxist4ent4es na costa brasileira, nasceram, receberam cuidados especiais e foram devolvidas ao oceano.

Os técnicos do projeto garantem que as vitórias alcançadas são muitas, mas sabem que não podem relaxar a vigilância e combater sem cessar as ameaças que insistem em dizimar recursos naturais tão fundamentais para a vida humana, como as tartarugas marinhas e outros habitantes di mar.

Eles defendem uma política de desenvolvimento concreta para a ocupação do litoral brasileiro e que sejam criadas leis e mecanismos capazes de contribuir e influenciar na criação de novas unidades de conservação e cada vez unir mais forças em defesa do mar e seus habitantes.

“TARTARUGAS VOADORAS”

Quem visita a Praia do Forte para aproveitar as praias e piscinas naturais e ainda ver de perto algumas tartarugas nos seus grandes aquários, fica maravilhado com tudo que observa.

A beleza das praias, a grande do Projeto Tamar, a simpatia do distrito bem, cuidado, enfim, com toda uma infraestrutura turística de fazer inveja a muitas grandes cidades brasileiras.

Conservamos com alguns turistas e todos eram unânimes em demonstrar a sua alegria e o prazer da visita. “Aqui é tudo bonito e diferente e ainda tive o privilégio de ver de perto essas maravilhosas tartarugas. Alias, aqui é tão diferente, tem até tartaruga voadora” – disse o turista mineiro Francisco Ângelo Aguiar, que estava acompanhada da família.  A alusão de que “aqui até tartaruga voa” era em razão da cobertura do bonito palco para shows, existir algumas talhas de tartarugas presas por arames, como se estivessem voando. Interessante.

Para a criança tudo é festa durante uma visita. As tartarugas, soberanas em seus aquários de águas cristalinas são as grandes modelos para os turistas posaram próximo a elas para as tradicionais fotos de recordação. Uma festa, especialmente para as crianças.

“Nunca vi os meus filhos tão felizes. Este passeio certamente jamais será esquecido po0r eles, até porque já tiram muitas fotos e até filmei tudo para levar como recordação deste lugar maravilhosa e destes animais que parecem pré-históricos, mas extremamente dóceis”. A afirmação é da professora paulista Liliane Mafra, garantindo que voltará outras vezes a Bahia e a Praia do Forte para ver as tartarugas do Projeto Tamar.

NINHOS VIGIADOS

Durante o período de desova, o trabalho é redobrado no projeto. Durante a noite as tartarugas sobrem à praia para a desova e pela manhã, os técnicos do Tamar começam a recolher os ovos (mais de 100 por animal) e colocam em nascimento das tartaruguinhas que após alguns cuidados e dias, são colocados ao mar e “quando isso acontece, é um grande espetáculo” – garantem.

Muita gente não acredita, mas os técnicos garantem que os filhotes ali nascidos daqui a trinta anos,quando começarem a desovar, estarão voltando àquela praia a desova, por isso, essa parte do litoral pé considerada como um grande berçário das tartarugas marinhas na Bahia, por isso, foi transformada numa Unidade de Conservação, com apoio da Marinha e gerenciada pelo ICMBio, órgão do Governo Federal, subordinado ao Ministério do Meio-Ambiente.

A PARCEIRA PETROBRAS

A Petrobras, provando que não atua apenas na exploração de petróleo e gás, a vinte e oito anos atuam como a grande e mais importante parceria do projeto Tamar.

Através do seu Código der Ética, a Petrobras se compromete a contribuir para a preservação e recuperação da diversidade biológica através da gestão de impactos potenciais das suas atividades e projetos de proteção a áreas e a espécies ameaçadas, o que vem sendo operacionalizado em vários projetos, através de convênios.

De acordo com dados fornecidos pela empresa, o Projeto Tamar nos últimos dois anos, registrou mais de vinte mil desovas, considerando os ninhos Dio litoral e das ilhas oceânicas, em aproximadamente mil quilômetros de praia, contra 55 desovas no seu primeiro ano de atividade em 1980.

A Petrobras diz se orgulhar dessa parceria, considerando que o litoral brasileiro é hoje uma das principais áreas da tartaruga de pente no Atlântico e a empresa atenta a esse importante detalhe tornou-se a maior patrocinadora da biodiversidade marinha na América Latina.

Com o patrocínio da Petrobras, o Projeto Tamar vem crescendo a cada ano e hoje monitora vinte e três bases de pesquisas espalhadas ao longo de nove estados brasileiros – Bahia, (sede do projeto, na Praia do Forte, município de Barra da Mata), Sergipe, Pernambuco (Fernando de Noronha), Rio Grande do Norte (atol das Rocas) Ceara (Almofala), Espírito Santo, Rio de Janeiro (Bacia de Campos), São Paulo (Ubatuba) e Santa Catarina. Na Bahia, o turismo tem valor estratégico de desenvolvimento econômico e social, que vem contribuindo para o bem estar das comunidades. Os investimentos privados, com a implantação de equipamentos hoteleiros de alta qualificação estão cada vez mais visíveis neste estado.

ESTRUTURA TURISTICA

Não é segredo para ninguém que o turismo na Praia do Forte evoluiu com a implantação do Projeto Tamar e hoje, passou a ser um dos mais importantes destinos turísticos do estado.

Por ser um ponto muito procurado pelos turistas nacionais e internacionais, a Praia do Forte possui uma excelente infraestrutura. Vários resorts se instalaram na região, os hotéis e pousadas são de alta categoria, além disso, possui um Albergue da Juventude, que é uma excelente opção para os mochileiros.

Também conta com excelentes restaurantes, que se destacam por sua comida típica baiana e internacional como italiana, francesa, espanhola, japonesa e argentina, entre outras.

 Entre os serviços que podem ser encontrados na Praia do Forte estão: caixas eletrônicos 24h, estacionamento, Posto de Saúde, Agências de Turismo, Agências de Esportes de Aventura, Correio, casas de câmbio, serviços de táxi, locadoras de veículos, farmácias e até um aeroporto, com serviço de táxi aéreo e opção de pouso para pequenas e médias aeronaves.










quarta-feira, 21 de março de 2012


A FALTA QUE ELE FAZ

                                             Osny Araújo*

Ainda ontem no percurso aéreo de Salvador para Manaus vinha pensando com os meus botões o que trataria neste artigo e após pensar um pouco, cheguei à conclusão de que o ex-presidente Lula, homem de um carisma impressionante, muita conversa, tapinhas nas cotas e jogo de cintura, tirou oito anos de Governo sem os problemas que a presidente Dilma, sua “afilhada política” em pouco mais de um ano de Governo, tem enfrentado sérios problemas políticos, inclusive com os aliados e já contabiliza uma derrota no Senado da República, por isso, acho que Lula está fazendo muita falta na engrenagem de Governo, mesmo apenas na qualidade de conselheiro.

Devido ao problema de saúde do ilustre companheiro, a presidente Dilma parece que ficou sem o seu conselheiro e confidente a quem ela confia plenamente todos os seus problemas, alegrias e dissabores e por isso, vem sofrendo com alguns problemas criados pela base aliada, gerando muito desconforto no Palácio do Planalto.

Voltando aos tempos de Lula, essas coisas não aconteciam e quando estourava alguma coisa, ele com o jeitão que todos conhecem, fala mansa e tapinha nas costas de aliados e até adversários políticos conseguia tirar de letra e isso, Dilma não sabe fazer. Não resta dúvida que a ela falta o ingrediente político chamado jogo de cintura e dizer um não com rodeios e não simplesmente NÃO. Os companheiros e aliados não gostam muito dessas respostas frias e monossilábicas.

Colocada na parede pelos artilheiros do “fogo amigo”, a presidente colocou em ação a ministra-bombeira Ideli Salvati, mas ainda assim o fogo não apagou naquela oportunidade e foi obrigada a trocar de lideranças no Senado e na Câmara Federal e a cosia acalmou um pouco, mas certamente quer a medidas é apenas paliativa e sem conversas com companheiros e aliados e o tal toma lá, da cá, como a liberação de emendas orçamentárias etc. e tal, outros embates surgirão e a situação do Governo junto ao Legislativo ficará cada vez pior.

Na verdade, os estilos de Lula e Dilma é como café e leite, bem diferentes, por isso, ele faz falta nessas horas de dificuldades para o Governo. Por tudo isso, a presidente deve esta torcendo muito pela recuperação da saúde do “padrinho e amigo” e com isso, certamente o conselheiro retornará e quem sabe, o mar político em Brasília voltará a ficar calmo e sem fortes ondas ou marolas que possam dificultar as ações do Governo e quem sabe, influenciar até mesmo na governabilidade.

Claro que não se deve e se pode comparar estilos e jeito de trabalhar, mas em política, existem coisas que devem sem sempre par4ecidas, como por exemplo, olhar sempre com bons olhos os aliados e tratar bem e com respeito os adversários que poderão ser os aliados de amanhã, assim como, os aliados poderão  trocar de lado, como fez recentemente o PR, que após perder o Ministério dos Transportes com a saída do senador Alfredo Nascimento, que é também o presidente do Partido, resolveu ficar “independente”, ou melhor, marchar com a oposição. No tempo de Lula, com o seu carisma e com “mestrado em política”, certamente isso não aconteceria. Porém agora, os tempos no Planalto, por isso, o clima não é dos melhores entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional e sem o conselheiro Lula as coisas ainda poderão piorar, o que não será bom para ninguém e muito menos para o Brasil e os brasileiros.

O mundo vive dificuldades com a crise na Europa, por isso, a presidente deve estar com a cabeça fria para pensar como administrar este momento difícil, com os descontroles econômicos que poderão afetar o Brasil, por isso, deve ter tranquilidade para lidar com inteligência com a situação e não ficar se preocupando com briguinhas de políticos que só querem as benesses do Governo, o resto é conversa pra boi dormir. Vamos torcer para que o bom Lula volte logo para casa e com a saúde em ponto de bala para ajudar a presidente Dilma a enfrentar as fortes ondas do Lago Paranoá. (Com postagem simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético).



*Osny Araújo é jornalisrta e analisrta político.

E-mail: osnyaraujo@bol.com.br

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quarta-feira, 7 de março de 2012

TIME DE MULHERES DA REFORMA AGRÁRIA FAZ
 SUCESSO NA FEIRA SOLIDÁRIA DO CASSAM

Amazonianarede/Asscom, INCRA-AM

Manaus - “Olha a banana, maracujá, macaxeira” grita uma daqui e o coro para chamar a atenção da clientela continua na outra banca. “Mamão, couve, tomate, cheiro-verde”, tudo da  horta para a sua mesa e a preços baratinhos”. É a “mulherada da reforma agrária” participantes da Feira da Economia Feminista e Solidária de produtos Regionais, recém-inaugurada pelo Governo do Estado, que já está sendo chamada popularmente de “feira das mulheres”.

Ocupando um grande espaço em galpões cobertos do Clube dos Suboficiais da Aeronáutica (Cassam), vinte e seis mulheres assentadas de três projetos sustentáveis do INCRA, (Panelão e Piranha, em Manacapuru e Nova Esperança, no Iranduba), comandadas por d. Edna Ramos e Antonia Eliana, comandam a mulherada na feira, onde segundo elas os negócios estão “muito bem e dá para ganhar um dinheirinho. Está uma beleza, graças a Deus” afirmam as assentadas da reforma agrária.

A feira é realizada aos sábados, duas vezes ao mês e tem atraído um grande público, o que tem deixado às mulheres produtores satisfeitas com o sucesso dos pequenos negócios que realizam.

As produtoras, dos três assentamentos nos dois municípios que integram a Região Metropolitana de Manaus, chegam à feira com a ajuda do INCRA e das Prefeituras, que atuam na coleta da produção e no transporte para Manaus.

Um fato que está alegrando muito as feiras, é que o trabalho na feira é relativamente leve. “Nós chegamos aqui por volta das seis horas, e já lá para o meio dia estamos indo embora, com tudo vendido e isso é muito legal” – diz a assentada Maria de Nazaré.

Elas elogiam a boa organização da feira e falam com carinho do apoio que o INCRA está oferecendo, os produtos da reforma agrária dos assentamentos sustentáveis, próximos a Manaus, cheguem ao consumidor sem a participação do atravessador, comercializados pelas próprias produtoras e com isso, a preços menores. “Isso é muito bom e estamos colhendo bons frutos” – diz. A assentada Antonia Eliana, que trabalha exclusivamente com frutas.

Elas não gostam muito de falar em faturamento, mas aos poucos vão dizendo alguma coisa, para justificar a satisfação que estão sentindo ao se engajarem na “Feira das Mulheres do Cassam”. “Aqui a gente vem bem e conseguimos tirar em média de R$ 500 a 600 reais por feira e isso, para nós é um bom negócio” garante d. Edna.

“Graças a Deus, ao Governo do Estado que organizou esta feira e ao INCRA estamos aqui com os nossos produtos, vendendo e felizes com tudo o que está acontecendo. Os produtos são novos, de qualidade e a população está prestigiando e comprando e isso é muito importante” – assegura a assentada Maria de Nazaré.


terça-feira, 6 de março de 2012


CARAMURI GANHA ADEPTOS IMPORTANTES E
PODERÁ SER O NOME DA BOLA DA COPA DE 2014.

Amazônianarede/Osny Araújo

Manaus - Assim como a Copa do Mundo, que só acontece de quatro em quatro anos, a fruta amazônica silvestre Caramuri, só aparece também de quatro em quatro anos e devido a essa coincidência esse fruto amazônico, pouco conhecido dos próprios amazonenses e que corre risco de extinção, poderá dar nome a bola da Copa de 2014, tornar o fruto conhecido e quem sabe, salvar da extinção.
O portal procurou o autor desse importante projeto, o contador amazonense Beto Mafra e fomos encontra-lo no seu local de trabalho, na Associação Amazonense dos Municípios e com orgulho contou detalhadamente como nasceu o projeto que hoje ganha adeptos em todo o planeta, até porque, fala-se muito numa “Copa Ecológica” e nada melhor para sustentar essa afirmação, do que um nome amazônico como o da fruta Caramuri, lembrando que na Copa da África do Sul , a estrela maior do espetáculo, a bola, foi batizada de “Jabulani, divulgando a cultura daquele continente.”
Alias essa história de dar nome à bola da C0pa começou no ano de 1970, oportunidade em que o Brasil ganhou mais um título, no México.
A partir daí, as bolas utilizadas nas partidas das Copas do Mundo de Futebol passaram a ser especialmente confeccionadas para o evento e receber nomes. Telstar foi à primeira. O nome homenageava o primeiro satélite de comunicação. Em 1974 novamente a FIFA utilizou a Telstar na Copa da Alemanha.
De lá para cá a família só cresceu: 1978/Argentina: Tango; 1982/Espanha: Tango España; 1986/México: Azteca; 1990/Itália: Etrusco Unico; 1994/Estados Unidos: Questra; 1998/França: Tricolore; 2002/ Japão e Coreia do Sul: Fevernova, 2006/Alemanha: Teamgeist; e 2010/África do Sul: Jabulani. Na Copa de 2014, no Brasil, a família das bolas ganhará mais uma integrante e seu nome poderá ser o de um fruto amazônico. Se for aprovado, o nome da bola será Caramuri.
O “mundurucanho” (apelido dado a quem  nasce em Maués), contou que o projeto nasceu por acaso, “!mas veio para ficar” – acrescenta.
APENAS POR PRAZER
Mafra afirma que o seu projeto nada tem a ver com questão financeira. “Não elaborei esse projeto e nem estou trabalhando com determinação nele em busca de resultados financeiros. Tudo o que fiz e farei é apenas pelo prazer, agora se no futuro surgir alguma coisa que envolva questões financeiras, claro que aceitarei, mas esse não é o principal objetivo e sim, o de divulgar a Amazônia, esse delicioso fruto e quem sabe evitar a sua extinção, logo o grande objetivo é ecológico” – assegura.
 O gerente administrativo da Associação Amazonense dos Municípios, Beto Mafra, conta que “a ideia de utilizar o nome Caramuri na Copa de 2014 vem desde 2010, quando teve uma safra da fruta na fazenda do meu irmão Barrô Mafra, em Maués, e ele mandou-me uma sacola com aproximadamente cem frutas, que distribuí com amigos em Manaus. Um jornal da cidade fez uma matéria comigo na qual falei sobre o Caramuri e sugeri que fosse utilizada como atração turística. Em janeiro do ano passado tive a ideia de dar nome à bola da Copa, depois de ler uma matéria contando a história de cada bola utilizada nas Copas passadas, então vi que tinha tudo a ver com a história do Caramuri”, contou.
Voltou a lembrar,  que não existe nenhum interesse financeiro por traz de toda essa história. “Não existe nenhum interesse financeiro, mas como estou trabalhando com vários parceiros, pode até ser que surja alguma coisa, mas esse não é o fator principal”.
O importante mesmo, em se tratando de uma Copa do Mundo no Brasil e no Amazonas e quando se fala numa Copa ecológica, nada melhor que darmos a bola um nome amazônico e aí, surgiu à ideia do Caramuru, que como a Copa só tem de quatro em quatro anos.
“O objetivo é divulgar o Amazonas, a sua natureza e quem sabe, salvar esse fruto maravilhoso que é o Caramuri da extinção, mas se ocorrer alguma coisa financeira, depois de tudo isso, certamente que será bem-vindo, mas legal é o prazer que sinto em trabalhar este projeto”- garante.
GRANDE CHANCE
Como tem recebido um grande apoio da mídia nacional e internacional, de personalidades importantes do Governo, o próprio governador Omar Aziz, do prefeito Amazonino Mendes,de, artistas, intelectuais etc, como  o ministro dos Esportes Aldo Rebelo, do nosso campeão da UFC José Aldo, que tem sido também o nosso “garoto-propaganda”, do poeta Thiago de Melo e tantos outros, acredito que o nosso Caramuri tem grande chance de batizar a bola da Copa de 2014.
 “Tem muita gente torcendo por isso e penso que a “gorduchinha” que nasceu idealizado por ideia dos amigos do locutor esportivo Osmar Santos, em São Paulo, não me parece um adversário tão perigoso e poderá ser vencido, sim” – diz com convicção.
 As chances do Caramuri  dar o nome da bola da nossa Copa é grande e  Mafra muito nessa possibilidade, até pelos constantes contatos que mantém  com membros da FIFA e com a matriz da Adidas, na Alemanha, fabricante das bolas das copas desde 1970.
 SEM COMPETIÇÃO
Ao contrário do que muita gente pensa, que tudo acontece em função de um concurso lançado pela FIFA, Mafra esclarece que não existe nada disso e tudo transcorreu de forma absolutamente espontânea.
Acrescentou que não existe nenhuma competição ou concurso para a escolha do nome da bola. “Tive conhecimento que, em São Paulo, estão fazendo campanha para que o nome da bola seja “gorduchinha”, em homenagem ao radialista Osmar Santos. O meu projeto foi um ato isolado, pessoal. Normalmente a nova bola é apresentada um ano antes da Copa, então, a minha expectativa é que saia uma definição em 2013, para que ela seja usada já na Copa das Confederações”.
ORGULHOSO
O caboclo, não ficou “pávulo” com o sucesso do seu projeto, mas deixa transparecer um grande orgulho com o sucesso e garante que em função desse trabalho hoje é um nome que já atravessou fronteiras, através de matérias jornalistas veiculadas no Brasil e no mundo promovendo o Caramuri, o Brasil e o Amazonas e naturalmente, lá está o nome de Beto Mafra, o caboclo lá das barrancas de Maués, a terra do Guaraná.
Conta, que tem dado muitas entrevistas, feito uma série de palestras falando sobre o projeto e o próxima, segundo ele, deverá  ocorrer no plenário do Senado Federal, em Brasília, que aprovou proposição da senadora Vanessa Grazzaiotin.
Além disso, considera importantes os  contatos permanentes com membros da FIFA e da Adidas, na Alemanha, a fabricante das bolas e demonstra muita certeza no sucesso do “projeto caramuri,” um trabalho de cunho social, econômico, cultural e ambiental.
Anunciou que dentro de pouco tempo, o “projeto Caramuri” será mostrado em um folheto em 12 países da Europa e falou da música que poderá virar um CD, caso haja patrocinador, falando do caramuri. “A musica, Caramuri, preservar é preciso” de autoria de Simão Pessoa e Dudu do Banjo.”. A música é muito legal, muito bacana, pode acreditar.
O QUE É
Mafra, fala com certa tristeza que a literatura sobre o belo, saboroso e amarelado  fruto amazônico, com predominância na região do baixo e médio Amazonas, como Itacoatiara, Urucurituba, Maués, Autazes, Parintins e outros municípios, ainda é muito desconhecida pelos próprios habitantes da Amazônia. “Pouco se tem na literatura e pouco se sabe sobre o Caramuri, mas penso que isso é coisa do passado, pois o nome Caramuri começa a fazer parte do vocabulário amazônico” – garante esperançoso.
Explica, que o Caramuri, parente do abiu, outro saboroso fruto amazônico, tem uma particularidade interessante. Só aparece de quatro em quatro anos como a Copa do Mundo e coincidentemente nos anos em que são realizadas as copas. Até parece uma  coisa predestinada”
O nome Caramuri não tem uma definição especifica, mas segundo os ribeirinhos e os índios saterê-mawê, o significado seria “fruta da floresta que alimenta homens e animais”.
Disse ainda o nosso entrevistado, que por ser uma árvore grande, chegando aos 25 metros de altura, tantos os índios como os caboclos, para colher os frutos, derrubam as árvores e com isso, vai desaparecendo aos poucos da mata, tudo por falta de melhor orientação, mas com certeza, a partir de agora essa pratica será alterada e ao invés da derrubada das árvores, os frutos serão colhidos naturalmente.
Mafra disse ainda que dentro de alguns anos, os manauenses poderão ver arvores do Caramuri em plena cidade de Manaus. “Em solenidades, já foram plantadas algumas mudas em pontos estratégicos e turísticos da cidade, inclusive pelo governador  Omar Aziz e a primeira Dama Nejmi Aziz.
Na  Vila Olímpica, o  ministro Aldo Rebelo, plantou uma muda outra na Ponta Negra, pelo nosso campeão José Aldo, tudo com o objetivo de popularizar o fruto e com isso evitar a sua extinção.



domingo, 4 de março de 2012

MANCHETES POLÍTICAS

                                                                              Osny Araújo*

Os últimos dez dias no Brasil e no Amazonas foram recheados de assuntos políticos palpitantes e renderam muitas manchetes de jornais. É pena, que das várias manchetes, apenas uma podemos considerar como positiva, a inauguração pelo prefeito Amazonino Mendes do complexo viário São José, em Manaus. Uma grande obra, numa tentativa de melhorar um pouco o caótico trânsito da cidade. As demais, foram apenas para noticiar coisas ruins que continuam a acontecer no mundo político.
Só para variar, no Amazonas tivemos quatro cassações políticas, dois prefeitos, Edson Bessa, de Manacapuru, Elmir Mota, de Boa Vista do Ramos, além do deputado federal Sabino Castelo Branco e seu filho, vereador de Manaus Reizo Castelo Branco. O interessante, é que todos se julgam inocentes e prometem recorrer.
No campo político nacional, os assuntos foram  diversos, mas resolvemos elencar apenas alguns, como por exemplo, a nomeação por parte da presidente Dilma de um ministro para a Pesca, que segundo as más línguas, nem peixe conhece, quando mais uma política pesqueira para implementar no ministério.
O fato, é que com a nomeação do pastor-senador Crivela, a presidente habilmente amansou um pouco a bancada evangélica aliada, que estava fula da vida com a presidente que nomeou, segundo eles, uma “abortista” para o Ministério das Mulheres. Com Crivela no Planalto, as coisas tendem a se acalmar e a bancada evangélica parece deverá continuar rezando com o catecismo do Governo.
Alias,  desde que assumiu o Governo, a presidente tem dedicado horas e horas de sono e de trabalho para administrar crises políticas dentro do Governo e a prova disso, é a grande renovação do primeiro escalão, mesmo sem a tal reforma ministerial. Vamos ver até onde essa onda vai, com a presidente surfando com maestria, até o momento.
Mas como política é um prato sempre efervescente e muitas vezes indigesto, quando tudo parecia se acalmar, vem o mais forte aliado demonstrar insatisfação. Isso mesmo, a turma do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer está danado da vida. O partido considera que está perdendo espaço no Planalto e a insatisfação é grande, embora desmentida pelo líder, senador Romero Jucá.
No Congresso foi aprovada a Previdência Privada, com a criação de três fundos para aposentadoria suplementar para os servidores públicos, com um substancial aporte financeiro do Governo. Já tem gente falando que isso vai dar muita confusão. O negócio é bom e todos estão de olho na gestão desses fundos. Essa briga promete ser boa e quem sabe role até foice. Tem muita gente querendo trabalhar por boas aposentadorias para os servidores e com isso, garantir-lhes um futuro melhor. Só nos resta aguardar e torcer para que tudo corra bem, mas a parada vai ser dura de administrar.
Ainda no Congresso, existe uma grande confusão para se aprovar a falada Lei da Copa. Tomara que isso ocorra antes dos jogos. O fato, é que quando o Brasil aceitou sediar a Copa, também aceitou as regras da FIFA e quem assina em baixo, concorda e nessas regras, está à venda de bebidas alcoólicas nos estádios.
Alguns parlamentares “puritanos” se voltam contra a questão, alegando que fere a soberania nacional e outras bobagens que não valem apena aqui serem relatadas. Ora,  se aprovada às geladas ou louras nos estádios, será tão somente para a Copa, ou seja, um mês de liberação e depois acaba. Basta, que os nossos estádios tenham uma boa segurança e tudo sairá bem.
Para encerrar este comentário, não poderia esquecer a confusão que o Serra criou no “tucanato” paulista, quando se apresentou como mais um pré-candidato a Prefeitura, forçando o Partido mudar as regras da prévia que já havia estabelecida e esse fato, mexeu com os ânimos dentro do PSDB.
Muitos não concordaram com as mudanças, houve o tradicional “fogo amigo”, mas parece que tudo foi contornado e apesar de existirem dois ou três pré-candidatos, todos já sabemos que quem vai mesmo para a disputa será o José Serra, que se apresentou com uma proposta nacionalista, tentando mostrar as maneiras diferentes ideologicamente que o PT e o PSDB têm de governar, tema que ele não abordou quando candidato a presidência da República.
Madame Miracélia me garante que o nome em S. Paulo será mesmo o de Serra, o resto, é só faz de contas, para induzir a opinião pública de que a decisão partidária foi democrática. Conversa pra boi dormir. (Com postagem simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético)
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br