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domingo, 4 de março de 2012

MANCHETES POLÍTICAS

                                                                              Osny Araújo*

Os últimos dez dias no Brasil e no Amazonas foram recheados de assuntos políticos palpitantes e renderam muitas manchetes de jornais. É pena, que das várias manchetes, apenas uma podemos considerar como positiva, a inauguração pelo prefeito Amazonino Mendes do complexo viário São José, em Manaus. Uma grande obra, numa tentativa de melhorar um pouco o caótico trânsito da cidade. As demais, foram apenas para noticiar coisas ruins que continuam a acontecer no mundo político.
Só para variar, no Amazonas tivemos quatro cassações políticas, dois prefeitos, Edson Bessa, de Manacapuru, Elmir Mota, de Boa Vista do Ramos, além do deputado federal Sabino Castelo Branco e seu filho, vereador de Manaus Reizo Castelo Branco. O interessante, é que todos se julgam inocentes e prometem recorrer.
No campo político nacional, os assuntos foram  diversos, mas resolvemos elencar apenas alguns, como por exemplo, a nomeação por parte da presidente Dilma de um ministro para a Pesca, que segundo as más línguas, nem peixe conhece, quando mais uma política pesqueira para implementar no ministério.
O fato, é que com a nomeação do pastor-senador Crivela, a presidente habilmente amansou um pouco a bancada evangélica aliada, que estava fula da vida com a presidente que nomeou, segundo eles, uma “abortista” para o Ministério das Mulheres. Com Crivela no Planalto, as coisas tendem a se acalmar e a bancada evangélica parece deverá continuar rezando com o catecismo do Governo.
Alias,  desde que assumiu o Governo, a presidente tem dedicado horas e horas de sono e de trabalho para administrar crises políticas dentro do Governo e a prova disso, é a grande renovação do primeiro escalão, mesmo sem a tal reforma ministerial. Vamos ver até onde essa onda vai, com a presidente surfando com maestria, até o momento.
Mas como política é um prato sempre efervescente e muitas vezes indigesto, quando tudo parecia se acalmar, vem o mais forte aliado demonstrar insatisfação. Isso mesmo, a turma do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer está danado da vida. O partido considera que está perdendo espaço no Planalto e a insatisfação é grande, embora desmentida pelo líder, senador Romero Jucá.
No Congresso foi aprovada a Previdência Privada, com a criação de três fundos para aposentadoria suplementar para os servidores públicos, com um substancial aporte financeiro do Governo. Já tem gente falando que isso vai dar muita confusão. O negócio é bom e todos estão de olho na gestão desses fundos. Essa briga promete ser boa e quem sabe role até foice. Tem muita gente querendo trabalhar por boas aposentadorias para os servidores e com isso, garantir-lhes um futuro melhor. Só nos resta aguardar e torcer para que tudo corra bem, mas a parada vai ser dura de administrar.
Ainda no Congresso, existe uma grande confusão para se aprovar a falada Lei da Copa. Tomara que isso ocorra antes dos jogos. O fato, é que quando o Brasil aceitou sediar a Copa, também aceitou as regras da FIFA e quem assina em baixo, concorda e nessas regras, está à venda de bebidas alcoólicas nos estádios.
Alguns parlamentares “puritanos” se voltam contra a questão, alegando que fere a soberania nacional e outras bobagens que não valem apena aqui serem relatadas. Ora,  se aprovada às geladas ou louras nos estádios, será tão somente para a Copa, ou seja, um mês de liberação e depois acaba. Basta, que os nossos estádios tenham uma boa segurança e tudo sairá bem.
Para encerrar este comentário, não poderia esquecer a confusão que o Serra criou no “tucanato” paulista, quando se apresentou como mais um pré-candidato a Prefeitura, forçando o Partido mudar as regras da prévia que já havia estabelecida e esse fato, mexeu com os ânimos dentro do PSDB.
Muitos não concordaram com as mudanças, houve o tradicional “fogo amigo”, mas parece que tudo foi contornado e apesar de existirem dois ou três pré-candidatos, todos já sabemos que quem vai mesmo para a disputa será o José Serra, que se apresentou com uma proposta nacionalista, tentando mostrar as maneiras diferentes ideologicamente que o PT e o PSDB têm de governar, tema que ele não abordou quando candidato a presidência da República.
Madame Miracélia me garante que o nome em S. Paulo será mesmo o de Serra, o resto, é só faz de contas, para induzir a opinião pública de que a decisão partidária foi democrática. Conversa pra boi dormir. (Com postagem simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético)
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br
 

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