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sábado, 21 de abril de 2012

COMITIVA DE PESO

 *Osny Araújo
Político inteligente e com muito jogo de cintura, Omar Aziz, que foi eleito governador do Estado com aval do então governador Eduardo Braga, que teria rompido um acordo informal feito com o então presidente Lula para apoiar a candidatura do senador Alfredo Nascimento (PR), após andarem meio afastados, agora viajam juntos pelo interior amazonense, levando ajuda humanitária e do Governo para as vitimas da grande enchente e anunciando investimentos.
Quem não deve estar gostando muito dessa reaproximação, são os políticos de oposição que almejam a Prefeitura de Manaus e logo em seguida o Governo do Estado, mas com Braga e Aziz unidos, essa tarefa se tornará cada vez mais difícil de ser concretizada.
Quando vice-governador, Braga fazia rasgados elogios a Aziz e agora, Braga e agora, nessa viagem política pelo interior amazonense, lá pela calha do Purus, certamente os dois “caciques políticos” sentados lado a lado nas poltronas do avião, terão muito tempo para atualizar a conversa e quem sabe, traçar planos e estratégias para a corrida eleitoral que se avizinha. Jornalistas reunidos, só falam em jornalismo, médicos só falam em medicina, arquitetos só conversam sobre projetos e lógico que numa reunião de políticos, o prato principal é a política tendo como sobremesa política.
A comitiva governamental liderada pelo próprio governador Omar Aziz, contando com dois senadores, parlamentares estaduais e federais, secretários e gestores de autarquias, é peso pesado e certamente, terá bons reflexos para o Governo e municípios interioranos e isso, certamente deixa a oposição muito preocupada.
Claro que o principal objetivo da viagem não é essa conversa que com certeza os dois políticos estão travando, mas que o momento é propício, disso ninguém discorda e naturalmente, possíveis arestas que possam existir, fato muito natural em política, serão aparadas e os dois que sempre falaram a mesma língua voltarão a se entender com facilidade e não terão nenhuma dificuldade para uma nova caminhada política lado a lado.
Não resta a menor dúvida, de que essa viagem dos dois importantes políticos juntos pelo interior, será benéfica para o Governo que terá mais poder de reivindicação em Brasília através do governador e do líder do Governo do Governo no Congresso Nacional e quem sabe, possa tornar as coisas um pouco mais fáceis, até porque, as conquistas políticas para o Amazonas, sempre foram muito trabalhosas e cheias de dificuldades, até pela pouca representatividade que temos no Congresso Nacional.
Mesmo não se sabendo nada oficialmente em torno de algum problema entre os dois políticos, essa viagem deverá renovar os laços de amizade e políticos entre os dois e esse fato, sem nenhuma duvida benéfico para o Amazonas.
A coisa parece muito claro, isso em se falando de 2014, pois não acredito que Eduardo Braga tenha disposição de disputar a Prefeitura de Manaus e como Omar Aziz não poderá concorrer à reeleição, pois está no segundo mandato e Braga, se assim desejar poderá disputar o Governo do Estado sem renunciar o Senado e ainda de quebra o atual governador poderá ser um nome governista no Amazonas a disputar a vaga que será aberta no Senado com o término do mandato do senador Alfredo Nascimento (PR), que poderá ser ou não candidato a reeleição devido ao grande desgaste político que sofreu e vem sofrendo desde que deixou o Ministério dos Transportes, envolvido em uma série de denúncias e escândalos. Isso, só o tempo dirá. As possibilidades são largas para os dois políticos, que para o Senado deverão contar com a sempre efetiva participação do ex-senador Arthur Neto, do PSDB. (Com postagem simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético)
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br

domingo, 15 de abril de 2012

       FAROFA NO VENTILADOR


                                                                                                                         Osny Araújo*

O Senado da República e a Câmara dos Deputados estão resolvidos a criar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), com o objetivo de investigar políticos que tenham se envolvido com as propinas do contraventor Carlinhos Cachoeira, a exemplo do ex-bom moço e exemplar promotor de justiça e senador Demóstenes Torres (DEM-GO) que de um momento para outro deixou de ser exemplo e virou vilão, indo rapidamente do céu ao inferno.

Como começa uma CPI ou CPMI todos sabemos. Primeiro, são colhidas as assinaturas necessárias e quando criada e instalada, passa a trabalhar, mas ninguém sabe ao certo como ela termina. Na prática, a maioria do crédito é negativo, considerando que a maioria as CPIs brasileiras acabam terminando em pizza, pois a sociedade hoje já não lhes dá tanto crédito.

Apesar desse triste histórico, a sociedade torce muito para que a “CPMI do Cachoeira”, como está sendo chamada, atue com responsabilidade e apure devidamente os fatos, mostre os possíveis parlamentares e autoridades envolvidos com Cachoeira. Se tudo for feito com responsabilidade, certamente muita água vai correr no Congresso Nacional e na Praça dos Três Poderes.

O fato é que essa CPMI deverá mesmo ser instalada, levando em conta o clamor popular que está deixando muitos senadores e deputados de saias justas. Enquanto isso, as assinaturas estão sendo colidas e aposto que tem senador e deputados perdendo o sono e por tudo o que se tem tido notícias, essa preocupação deve ser grande e de tirar o sono de muitos dos nossos bons, pobros e abnegados parlamentares, sejam eles correligionários do Governo, aliados, companheiros, camaradas e até da oposição. Vamos aguardar para ver o que acontecerá com a futura “CPMI do Cachoeira”.

Não podemos generalizar a questão, pois  sabemos da existência de poucos, mas existem, políticos honestos, dedicados e compromissados com o povo e o Estado brasileiro, mas. infelizmente,  parece que esses formam na minoria.

Uma coisa é certa. Se apertado, Cachoeira não ficará calado e não levará a culpa de maneira solitária e com certeza, o homem vai falar e é exatamente aí que mora o perigo tão temido pelos parlamentares que dizem fazendo figas que são favoráveis a CPMI, mas na verdade, gostariam que todos esquecessem esse assunto.

Pelo sim, pelo não, o ventilador está sendo azeitado e deverá mesmo ser ligado e aí, amigos, quem for podre que se quebre, porque o homem deve falar e certamente a lista de beneficiários com o dinheiro fácil da contravenção será bem extensa. Se ligarem mesmo o ventilador, a farofa vai se espalhar pelo Congresso Nacional e quem sabe, atinja também alguns intocáveis da Esplanada dos Ministérios, o que alias, não seria nenhuma novidade.

Pela “profissão” escolhida a de “contraventor”, Carlinhos Cachoeira, acostumado a lidar com essa turma, a e a essa altura do campeonato deverá estar listando os seus “parceiros de traquinagem” e isso poderá ser um grande benefício para a política brasileira e para o Brasil. Basta que para isso o homem fale e dê nomes aos bois e aí sim, a sociedade passará, a saber, quem é quem que representam a sociedade no Parlamento brasileiro.

Na verdade, essa Comissão, poderá ser um divisor de águas na vida nacional e poderá também representar um verdadeiro choque de ordem na política brasileira, desde que nãotermine em pizza. Essa é a grande esperança.

Tomara, que não seja como a do “mensalão”, que falou-se, falou-se e até agora, bem poucos foram punidos, a não ser os cabeças da coisa, para dizer que alguém pagou o pato, embora saibamos que existem muitos envolvidos e que para piorar as coisas, continuam exercendo suas funções políticas no País. Como diria o Boris Gazoy: “Isso é uma vergonha”.

(Postagem simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético).

*Osny Araújo é jornalista e analista político.

E-mail: osnyaraujo@bol.com.br

terça-feira, 10 de abril de 2012


REVANCHE ANUNCIADO

                                                                                          Osny Araújo*

O jornal Diário do Amazonas, na edição do último sábado, noticiou que o prefeito Amazonino Mendes, não estaria disposto a disputar a reeleição, mas acenou com a real possibilidade de sair candidato ao Governo do Estado em 2014, o que certamente tornará pleito bem mais disp0utado e interessante.

De acordo com o jornal, Amazonino Mendes num a reunião com assessores mais próximos deu a entender que não está muito disposto a disputar a reeleição para a Prefeitura de Manaus, mas acenou com a firme possibilidade de disputar o Governo do Estado em 2014, cargo que já ocupou em várias oportunidades.

Se isso realmente vier a ocorrer e caso o senador Eduardo Braga, que também já governou o Estado por duas oportunidades, teremos uma eleição das mais disputadas, com o criador (Amazonino) e a criatura (Eduardo) numa disputa que deverá ser polarizada entre os dois políticos no Estado.

Amazonino, hoje prefeito de Manaus mais uma vez, teve na opinião do articulista, entre as muitas obras realizadas, a maior de todas elas foi à criação da Universidade do Estado do Amazonas, hoje inteiramente engajada no ensino público superior do Amazonas, fazendo parceria com a UFAM. Já Eduardo Braga, tem como o seu cartão de visitas no que diz respeito a obras, o Prosamim, que vem dando novas feições aos igarapés que cortam Manaus e melhorando a vida dos que moram nessas áreas de riscos.

São dois “caciques políticos” do Amazonas, com passagens pela Prefeitura, Governo do Estado e Congresso Nacional, que se resolverem disputar o Governo do Estado em 2014, certamente teremos  um dos pleitos mais concorridos do Estado e não vejo adversários para os dois, até porque o governador Omar Aziz, que cumpre o segundo mandato por força legal na poderá entrar na disputa e caso não entra na disputa o ex-senador Artur Neto, outro “cacique” da política amazonense que já foi prefeito de Manaus e não teve sucesso numa disputa eleitoral para o Governo do Amazonas, essa possível disputa será de grandes estratégias, até porque será uma grande revanche política.

Alias, com relação a Arthur Neto, os seus próprios correligionários não sabem se ele disputará ou não a Prefeitura e Manaus e muito menos o Governo do Estado em 2014, pois segundo ele mesmo está cansado de afirmar, que a sua vocação é para o Legislativo e não para o Executivo. E essa realmente é a grande interrogação sobre o futuro político do ex-senador “tucano”.

Como política é uma atividade extremamente dinâmica e as coisas acontecem do dia para a noite, algumas de forma inesperada, ninguém pode afirmar ainda quais serão os candidatos a Prefeitura de Manaus nas eleições te ano e ao Governo do Estado em 2014, o certo é que esses três “caciques” tem bagagem para a disputa e a nós, observadores e leitores, só nos cabe esperar para ver que bicho vai dar. Por enquanto, tudo fica no campo da especulação.

Se tudo correr como andam comentando nos corredores políticos do Estado, em 2014 poderemos ter uma revanche política sensacional entre os dois ex-governadores do Amazonas. É esperar para ver. (Postagem simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético)
*Osny Araújo é jornalista e analista político.

E-mail: osnyaraujo@bol.com.br




sexta-feira, 6 de abril de 2012


TAPAR O SOL COM A PENEIRA

                                                                      Osny Araújo*

Claro que isso é inteiramente impossível. Ninguém jamais conseguirá tapar o sol com a peneira, mas da Índia, onde se encontra, a presidente Dilma parece achar essa proeza possível e garante que não há e nunca existiu crise no seu Governo e mais uma vez demonstra falta de tato e jogo de cintura para fazer política.
Como com as viagens dela e do vice Michel Temer ao exterior e com o tato do presidente da Câmara, deputado Marco Maia que assumiu o Governo servindo de bombeiro e apagando o incêndio, a presidente aliviada, disse em alto e bom tom que não existe nenhuma crise entre oi Executivo e o Legislativo e responsabilizou a imprensa por cria-las.
Alias, os políticos, fazem as cosias, pintam e bordam a imprensa descobre e divulga e no final os jornalistas são os culpados. O que os políticos e a presidente devem saber, é que jornalista não fabrica notícias, não cria fatos, apenas, divulga os acontecimentos, bons ou maus. Às vezes os políticos não gostam dos noticiários, das descobertas do que andam aprontando e aí fica fácil culpar a mídia. Pura falácia.
O fato é que em um ano e três meses, o Governo se viu envolvido em uma série de acontecimentos que certamente tiram um pouco a tranquilidade da presidente e seus principais assessores, muitos atuando como verdadeiros “bombeiros” para evitar que o fogo de espalhasse e graças a Deus tiveram sucesso.
Nesse curto período foram trocados aproximadamente dez ministros, chefes de segundo escalão, troca das lideranças do Governo na Câmara e no Senado, ministros foram convocados para prestar esclarecimentos no Congresso, o Governo foi derrotado no Senado, houve barreiras no Legislativo para votações de matérias importantes e ainda assim, não existe crise, tudo é invenção da imprensa e nada mais.
O que existe no Congresso Nacional é uma coalizão de forças que precisa ser ajustada, segundo a presidente. É pena que a sociedade brasileira não tenha 3essa mesma visão e muito menos os políticos, uma vez que existe grande resistência no Congresso por parte de companheiros e aliados, tendo como porto de partida a insatisfação dos peemedebistas e a debandada do PR do bloco governista.
Em meio a essa fumaceira toda, alguns” bombeiros” de plantão no Planalto, com os presidentes do Senado José Sarney, da Câmara Marco Maia e da ministra Ideli Salvati, esta incansável nos diálogos com os parlamentares para que o fogo, ou melhor, a crise não se expandisse. Até agora os “bombeiros” estão dando conta do recado, mas não se sabe até aonde suportarão essa pressão dos “ fatos criados pelos jornalistas e publicados na mídia”.
Quem acompanha os noticiários pelos vários tipos de mídia, sabe perfeitamente que as coisas não andam lá muito bem entre o Executivo e o Legislativo, com os aliados insatisfeitos e muito, especialmente por cargos nos escalões fortes do Governo e pela liberação das emendas parlamentares que estão presas pelo Governo e soltadas a conta-gotas e isso, os congressistas aliados não estão aprovando e os jornalistas que cobrem o dia a dia político brasileiro nada têm a ver com isso.
Em tempos passados quando as informações andavam mais devagar, talvez essa alusão da presidente de que tudo está as mil maravilhas entre o Executivo e o Legislativo convencesse, mas no momento atual, com a rapidez da informação e com a sociedade se interessando um pouco mais por política, agora mais politizada, fica muito difícil para políticos “taparem o sol com a peneira”.
Com postagem simultânea nos sites Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético)
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br