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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

VACINAÇÃO CONTRA A INFLUEZA EM ÁREAS INDÍGENAS


Manaus - O Departamento de Saúde Indígena (Desai) da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) está intensificando as ações de prevenção e diagnóstico precoce de casos da nova gripe (H1N1 Influenza A) entre indígenas, principalmente, na Região Amazônica.
No Amazonas e em Roraima, está sendo desenvolvido um trabalho concentrado para a vigilância permanente e ação rápida de detecção de casos positivos da doença por meio da coleta de amostras biológicas em casos suspeitos e tratamento medicamentoso.
- A preparação para o atendimento em casos confirmados envolve até mesmo a disponibilização de horas vôo, destinadas para transporte de pacientes e equipe de saúde, além do apoio de laboratórios para a realização de exames, explica o coordenador-geral de Atenção à Saúde Indígena do Desai, Flávio Pereira Nunes.
Os Distritos Sanitários Especiais Indígenas do Amazonas são prioritários nessa fase do trabalho por atenderem a população indígena situada em áreas que merecem maior vigilância. Além do treinamento de profissionais, a Funasa disponibilizou R$ 8 mil para cada Dsei prioritário.
O recurso está sendo utilizado na aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como luvas, máscaras, aventais e outros itens de higiene, como álcool em gel. O medicamento Tamiflu está sendo disponibilizado, desde agosto deste ano, nos Dseis onde é necessária a preparação para possíveis casos.

Imunização Indígena

O sucesso do trabalho está diretamente ligado à integração entre as várias instituições envolvidas. A Funasa, em articulação com o Ministério da Saúde, pediu prioridade de imunização dos indígenas na primeira fase da vacinação contra o H1N1, prevista para ter início no próximo mês, além da continuidade da Operação Gota (parceria com a Força Aérea Brasileira), para vacinar indígenas.
Os profissionais capacitados devem ficar atentos à ocorrência de síndromes gripais, pois a mesma pode ser um indicativo da Influenza. A operação, deflagrada há duas semanas na Região Amazônica é justificada pela proximidade com áreas de fronteiras com cidades onde já foram registrados casos da doença, como por exemplo, em Letícia, na Colômbia, que faz fronteira com o Amazonas.

Prevenção

Apesar da baixa densidade demográfica no local, há dificuldade de acesso, ou seja, se houver um caso suspeito, os profissionais deverão estar preparados para atuar rapidamente e evitar a evolução do caso. O empenho da Funasa na prevenção à doença pode ser exemplificado pelo preparo de, aproximadamente, 1,2 mil profissionais que integrarão as Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena.
Estes profissionais estão sendo contratados por meio de convênios com outras instituições para atuarem em áreas indígenas atendidas pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) Leste e Yanomami, em Roraima, que também é uma área que merece atenção especial para a vigilância de possíveis casos, assim como a tríplice fronteira (Brasil/Peru/Colômbia).
Para o sucesso da operação, a Funasa está trabalhando conjuntamente com o Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Vigilância em Saúde e governos estaduais, buscando, sempre, ao protocolo de manejo e atendimento estabelecido pelo MS.(Fonte:Funasa)

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