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domingo, 22 de agosto de 2010

Raphael Souza é condenado a 5
 anos em regime semi-aberto 

Manaus - O juiz federal José Gustavo Serra condenou o filho do ex-deputado Wallace Souza, Raphael Souza, a cinco anos e nove meses no regime semiaberto, pelos crimes de fraude processual e coação de testemunhas, no processo que investigou uma trama para matar a juíza federal Jaiza Fraxe, no ano passado. A informação foi confirmada pelo advogado de Raphael, Carlos Henrique de Souza.
Além de Raphael, o juiz também sentenciou o tenente-coronel da Polícia Militar (PM) Felipe Arce Rio Branco a dois anos e seis meses no regime aberto e o policial civil João Bosco Sarraf, a um ano de detenção, também no regime aberto.
No mesmo processo, também, constava como réu o ex-deputado Wallace Souza, falecido no mês passado, por conta de uma doença crônica no fígado. Mesmo internado num hospital de São Paulo, ele teve a prisão preventiva decretada, em março deste ano, pelo juiz José Gustavo. Ontem, o advogado de Raphael explicou que o processo de Wallace já havia sido extinto.
José Gustavo é juiz da Justiça Federal de Montes Claros, município de Minas Gerais. Em dezembro do ano passado, o processo envolvendo o plano para matar a juíza foi remetido à Justiça Federal mineira a pedido do Ministério Público Federal (MPF) por envolver um crime contra um juiz federal do Estado do Amazonas.
Nos dias 17 e 18 de maio passado, o magistrado esteve no Amazonas para ouvir os depoimentos de testemunhas e réus do processo, incluindo o ex-segurança de Wallace Souza, Moacir da Costa, o ‘Moa’. Em 2008, ‘Moa’ denunciou que um grupo ligado a Wallace tinha um plano para matar Jaiza Fraxe.
De acordo com ‘Moa’, a juíza era responsável por um processo do tenente-coronel Felipe Arce, amigo de Wallace e Raphael Souza, na ação penal de falsificação de documentos da Previdência, crime que foi descoberto na operação ‘Centurião’ da Polícia Federal (PF).
Em depoimento à polícia, ‘Moa’ disse que Raphael chegou a conversar com o pai que Jaíza Fraxe “merecia levar um susto”. Já Wallace, segundo ‘Moa’, afirmou que “o serviço deveria ser bem feito”. De acordo com o ex-segurança de Wallace, em depoimento à Justiça, pai e filho chegaram a contratar dois homens para assassinar a magistrada. Um deles desistiu e foi morto.
No inquérito da PF enviado à Justiça Federal, o delegado Josafá Batista afirmou que tanto Raphael quanto o ex-deputado tentaram corromper testemunhas e fraudar documentos para fugir das denúncias de ‘Moa’. Com base nessas investigações, o MPF denunciou Wallace, Raphael, Felipe Arce e Bosco Sarraf.
A denúncia também foi apresentada contra o ex-policial militar Whatila Silva da Costa e o soldado da PM Railey Lima Viana, o ‘Ralinho’, mas o juiz absolveu os dois.
O advogado de Raphael Souza, Carlos Henrique, contestou a sentença e afirmou que vai recorrer. “Não existem provas materiais contra o Raphael”, alegou.(P.Amazonia)

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