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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ALEAM gastou quase meio milhão com extras


Portal Transparência Brasil
Manaus - O Portal da Organização Não Governamental (ONG) ‘Transparência Brasil’ informou que a Assembleia Legislativa do Estado (ALE) do Amazonas gastou quase meio milhão com pagamento de extras a deputados estaduais no período de 1º de julho a 31 de agosto, quando o plenário e os gabinetes estavam esvaziados em razão da campanha eleitoral. Os dados detalhados estão no site www.transparencia.org.br.
De acordo com o Portal, os deputados receberam um total de R$ 487 mil com reuniões fora do horário regimental, após as 13h. As sessões extraordinárias podem ser realizadas até 12 vezes no mês e cada uma delas rende o acréscimo de R$ 1.023,08 no salário dos deputados presentes. Na prática, as reuniões extras podem dobrar o salário dos 24 parlamentares, que passa de R$ 12,2 mil para R$ 24 mil.
Em julho, a ALE registrou no Portal da Transparência despesa de R$ 261.566,13 em sessões extraordinárias. Cada deputado recebeu R$ 10.898, de adicional e chegou a R$ 23.182,06 de remuneração mensal. Em agosto, as sessões extras custaram R$ 224.945,80, sendo R$ 9.372 para cada deputado.
O site da Assembleia não informa quantas sessões extras foram realizadas em julho e agosto, nem a frequencia dos deputados nos três meses que antecederam as eleições. O diretor geral da ALE, Wander Motta, afirmou que em setembro não houve reuniões extraordinárias.
Em julho, quando começou a campanha eleitoral, os deputados candidatos à reeleição adotaram a estratégia de registrar presença nas sessões e em seguida deixar o plenário. Em agosto, frequentemente os parlamentares que faziam atividades de campanha pela manhã chegavam atrasados na Assembleia e as sessões começavam entre 11h e 11h30. Nesse período, a análise de projetos ultrapassava as 13h, e a votação era finalizada em sessões extraordinárias.
A situação ficou tão explicíta, que a presidência propôs fazer as votações em ‘esforço concentrado’, às quartas feiras, e aboliu as atividades às quintas-feiras. No total sete sessões foram suspensas e, segundo a Resolução nº 469, deverão ser repostas até o fim de novembro.



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