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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Capitania dos Portos alerta para
irregularidades nos barcos de linha

Portalamazonia
Manaus  - O excesso de passageiros e cargas, falta de coletes salva vidas e pessoas sem habilitação para conduzir embarcações, são as principais irregularidades encontradas pela Capitania dos Portos nas embarcações que navegam pelos rios do Amazonas. Apesar da vistoria, alguns proprietários de embarcações driblam a legislação, transportando passageiros acima do limite.
A Capitania dos Postos informou que prática coloca em rico a vida dos passageiros e contribui para o aumento de acidentes. Segundo o comandante Paulo Brito, embarcações saem da capital com o número de passageiros permitido, mas param ao logo do percurso para embarque de mais passageiros.
Segundo Brito, os barcos são vistoriados a cada quatro anos. Condições da madeira, motor, navegabilidade e condições dos coletes salva vidas são vistoriados. Se a embarcação estiver fora dos padrões de segurança, o dono é notificado e a embarcação só será liberada após nova vistoria.
Segundo a Capitania, se a embarcação estiver fora dos padrões de segurança, o dono é notificado. Fiscalização a bordo
As embarcações são abordadas logo que saem dos portos. Agentes da capitania interceptam os barcos e verificam se há excesso de passageiros ou outras irregularidades.
“Antes de seguir viagem, o responsável pela embarcação apresenta o número de passageiros que transportará. A Capitania emite o Certificado de Segurança da Navegação (CSN) especificando a quantidade. Os barcos são abordados para verificar se o número de passageiros a bordo confere com o registrado no documento”, explicou.
egundo Brito, quando a embarcação é flagrada com irregularidades, retorna imediatamente para o ponto de partida . A viagem é autorizada após regularização.
Ao ser flagrado com irregularidades, o dono da embarcação é notificado, tendo oito dias úteis para apresentar defesa ou justificativa. O responsável pode ser multado. A multa varia de R$ 40 a R$ 3,2 mil.
Pessoas sem habilitação para conduzir embarcações é uma das principais irregularidades encontradas pela Capitania. Foto: Florêncio Mesquita/PA
Habilitação para navegar pelos rios
 curso para tirar a Caderneta de Inscrição de Registro (CIR) dura três meses e meio. Assim como a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para veículos motorizados, o CIR é obrigatório.Sem ele, o navegante não pode conduzir embarcações. Aprovado nos exames da Capitania dos Portos, o aluno recebe o documento e a formação de tripulante.
No período de aprendizado, o aspirante a tripulante recebe noções de primeiros socorros, combates a incêndio, além de orientação sobre uso de equipamentos e navegação. Para o comandante Paulo Brito, o curso é necessário para a formação e capacitação de quem deseja trabalhar legalmente na navegação. “Infelizmente ainda existem casos de pessoas que navegam sem a formação necessária”, disse.
Risco de acidentes aumenta com a seca
Segundo o tripulante Irandê Castro de Souza, 44, o risco de acidentes com embarcações aumenta no período de seca nos rios. Para ele, a possibilidade de embarcações colidirem com obstáculos naturais, como pedras e bancos de areia, aumenta nesta época do ano.
Irandê conta que há 34 anos navega pelos rios da Amazônia e já viu vários acidentes com embarcações. Ele comanda a embarcação Madison Filho I. Segundo ele, a experiência é importante porque os navegantes também se orientam por pontos de referência ao logo do percurso.
“Pode ser uma árvore, uma praia ou mesmo a ponta de terra em um igapó, tudo é necessário para a orientação de quem navega pelo rio. Aparelhos eletrônicos ajudam à navegação, mas se não conhecermos o rio, de nada adianta. Não há sinalização para indicar onde existe um pedral, ou onde é perigoso ou não”, disse.
A Capitania dos Portos disponibiliza o telefone 0800-280-7200 para que o usuário denuncie irregularidades nas embarcações.





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