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terça-feira, 2 de março de 2010

Agronegócios: Cupuaçu na PGPM da sociobiodiversidade

                                                                                                            *Thomaz Meirelles


Novos produtos da sociobiodiversidade, como cupuaçu, baru, umbu, mangaba, buriti e óleos de copaíba e andiroba poderão receber apoio do governo federal, por meio da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM-Bio). Borracha, Castanha-do-Brasil, açaí e piaçava estão entre os que já têm ajuda. A Conab já terminou o levantamento do custo da produção dessa segunda leva de produtos extrativos, após trabalho de pesquisa, em áreas produtivas dos estados do PA, AM, GO, MT, MG, SE e BA. A proposta será repassada ao grupo gestor formado por órgãos dos ministérios da Fazenda, Agricultura, Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente, para aprovação e cálculo dos índices de preços mínimos. O custo de produção é um dos itens utilizados no cálculo do preço mínimo da PGPM-Bio. Segundo os técnicos da Companhia, outros sete produtos já fazem parte do programa, como babaçu, borracha natural, castanha-do-brasil, piaçava, açaí, carnaúba e pequi, cujo objetivo é melhorar as condições de vida dos produtores extrativistas e garantir a conservação dos recursos naturais.

Orgânicos: hot site informa normas de regularização a produtores

O prazo para adaptação dos agricultores às novas regras de produção orgânica segue até o dia 31 de dezembro deste ano. Para orientar os produtores e demais envolvidos na rede orgânica, o Ministério da Agricultura indica o hot site Orgânicos - Entre para o mundo da vida saudável, prefira alimentos orgânicos. Os interessados podem obter informações sobre legislação, cartilhas educativas para adequação aos novos regulamentos, passo-a-passo de formulários para cadastros e credenciamento. “O hot site é uma ferramenta para auxiliar os produtores, além de outros envolvidos como processadores, comerciantes e certificadores”, explica o coordenador de agroecologia do Mapa, Rogério Dias. A regularização da produção orgânica é baseada em regras para produção e comercialização dos produtos, incluindo armazenamento, rotulagem, transporte, certificação e fiscalização. O selo do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica será autorizado a partir do momento em que o produtor concordar com as novas regras. hot site faz parte da campanha sobre os benefícios do consumo de alimentos orgânicos, promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e está disponível no endereço www.prefiraorganicos.com.br.

Embrapa Hortaliças lançou duas novas tecnologias para pós-colheita

Embrapa Hortaliças lançou duas novas tecnologias: as Caixas Embrapa e o Transportador de Embalagens. Ambas têm como principal objetivo a redução de perdas pós-colheita de hortaliças e frutas. A primeira tecnologia é um grupo de quatro caixas desenvolvido para possibilitar a comercialização da maioria das hortaliças e frutas. Com dimensões que buscam a proteção dos produtos, as caixas possuem cantos arredondados e a superfície interna lisa, evitando danos mecânicos e perdas após a colheita. Também são paletizáveis e interencaixáveis, possibilitando, dessa forma, a composição de páletes mistos. Para a pesquisadora Rita Luengo, responsável pelo projeto de ambas as tecnologias, uma das principais vantagens comparativas das caixas é a profundidade, que protege os produtos, promovendo a redução dos danos de amassamento no transporte, como também o acondicionamento em número adequado de camadas. "A abertura lateral também pode ser considerada uma grande vantagem, pois permite a visualização da carga empilhada e facilita a ventilação e o resfriamento do produto, completa Rita. Já a segunda tecnologia trata-se de um carrinho de mão com largura aproximada de 50 cm e comprimento de 120 cm, batizado de Transportador de Embalagens. O carrinho foi criado para ser conduzido por uma pessoa entre as plantas do local que está sendo realizada a colheita de hortaliças ou frutas. Podendo levar entre seis e doze caixas, dependendo do modelo da embalagem, o transportador apresenta um sistema em que as hastes têm largura com possibilidade de ajustes a diferentes tamanhos de caixas. Devido a essa base ajustável, o transportador pode ser utilizado tanto com o grupo de caixas Embrapa como com outras já existentes no mercado.

De acordo com Rita, o transportador ajuda a diminuir do tempo de colheita porque diminui a distância percorrida pelo colhedor. "Isso significa menor cansaço do operador e maior rendimento na colheita", ressalta. As duas tecnologias, além da redução de perdas pós-colheita, têm como objetivos a diminuição do tempo para distribuição de hortaliças e frutas, a eliminação de retrabalho na logística de distribuição dos produtos e o atendimento da legislação de proteção ergonômica do trabalhador, em relação ao peso carregado.

*Thomaz A P Silva Meirelles – administrador, funcionário público federal, especialista na gestão da informação do agronegócio, escreve semanalmente neste endereço. E-mail: thomaz.meirelles@hotmail.com



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