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segunda-feira, 22 de março de 2010

AGRONEGÓCIOS: JUTA E MALVA
                                          *Thomaz Meirelles

Na última semana, e mais uma vez, o Amazonas recebeu a visita do competente técnico do Mapa/Conab, Júlio Aparecida dos Santos, com objetivo de levantar, em campo, dados/informações visando a elaboração de proposta do novo preço mínimo das fibras de juta e malva para a próxima safra, ou seja, 2010/2011. De acordo com e-mail recebido da ADS, precisamente do técnico Zacarias Gondim, que acompanha o mercado do produto, na atual safra está sendo praticado o preço de R$ 1,40 kg (pago no porto do produtor) para a fibra de boa qualidade, resistente e seca. Nesta safra (2009/2010), a Portaria MAPA nº 507 fixou o preço mínimo da fibra embonecada a R$ 1,20 kg (tipos 1 e 2) e da fibra prensada ao preço de R$ 1,41 kg (tipos 1 e 2). Diante do preço praticado no mercado não há necessidade de intervenção do governo federal por meio do instrumento de apoio à comercialização denominado de AGF (Aquisição do Governo Federal). Por falar em fibra, é importante destacar a ação da Sepror na distribuição de máquinas descorticadoras e descascadeira de juta e malva para comunidades produtores de fibras no município de Manacapuru. O equipamento foi idealizado pelo mecânico industrial José Amarante Souza Araújo. Além da melhoria nas condições de trabalho do juticultor é esperado um aumento na produção. O Amazonas ainda é o maior produtor de fibras de juta e malva do País, mas muito abaixo das suas reais potencialidades e da necessidade do mercado brasileiro que continua importando matéria-prima de outros países. De acordo com dados do Idam, entre as safras 2008 e 2009, houve uma acentuada queda na produção. Em 2008, foram produzidas 11.598 t de fibras e, em 2009, apenas 5.740 toneladas.
Amazonas cria o SISAN no Estado
Em fevereiro passado, o governador do Amazonas, Eduardo Braga, sancionou o projeto de Lei nº 3.476/2010, que dispõe sobre a Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional e cria o Sistema Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). O projeto foi proposto pelo Consea-AM e recebeu apoio da Secretaria de Assistência Social, Conselho de Desenvolvimento Humano e Casa Civil do Estado. A presidente do Consea-AM, Maria de Nazaré Silva, e o secretário Marc Storck, em reunião plenária, apresentaram aos conselheiros o Diário Oficial contendo a publicação da Lei. Na reunião ficou acertada uma agenda com o governador, com o objetivo de articular a continuidade da criação dos conselhos municipais, visando facilitar os trabalhos realizados nos municípios amazonenses. A Lei será divulgada nas entidades e órgãos competentes, estendendo-se à Assembléia Legislativa do Estado. Esta informação foi disponibilizada pela assessoria de comunicação do Consea. Sem dúvida, mais um grande passo na questão da segurança alimentar e nutricional. Contudo, ressalto a difícil, mas indispensável criação dos conselhos municipais a fim de que todos os programas ligados ao tema possam ser mais bem acompanhados para que os verdadeiros objetivos sejam alcançados.

*Thomaz A P Silva Meirelles – administrador, funcionário público federal, especialista na gestão da informação do agronegócio e escreve semanalmente neste endereço. E-mail: thomaz.meirelles@hotmail.com



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