Manaus - Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) invadiram na manhã desta segunda-feira (18) o prédio da Secretaria do Estado da Fazenda (Sefaz), localizado na Avenida André Araújo, zona Centro Sul de Manaus. Mais de 80 famílias estão acampadas no 1º andar do prédio e não têm previsão para deixarem o local. De acordo com o coordenador do MTST no Estado, Renato de Souza, eles reivindicam um acordo feito com o Governo do Amazonas há cerca de um ano e cinco meses, no qual 138 famílias iriam receber moradias.
O documento foi assinado após invasão na Sede do Governo em junho do ano passado.
- Não queremos agredir ninguém, nem causar qualquer tipo de depredação no prédio público. Infelizmente só quando há uma manifestação dessa natureza que nossos governantes conseguem nos enxergar – disse.
No acordo ficou definido que a Superintendência Estadual de Habitação (Suhab) faria o levantamento das famílias desabrigadas para incluí-las em unidades habitacionais, o que segundo o líder do MTST, J. Ferraz não foi cumprido.
- Assinamos o acordo, mas ainda não recebemos o combinado. Queremos chamar atenção do poder Público para que negociem, dando solução definitiva – explicou.
Souza disse ainda que há cerca de seis meses, o grupo do MTST foi chamado a comparecer na sede do governo, no bairro da Compensa, zona Centro-Oeste, para fazer o cadastro dos nomes das pessoas que iriam receber as casas.
Dezenas de crianças principalmente de colo, homens e mulheres ocupam a parte interna do prédio com bandeiras e faixas vermelhas. O 1º andar da sede da Sefaz está completamente interditado.
Mais de 80 famílias estão acampadas no 1º andar do prédio. Foto: Florêncio Mesquita/Portal Amazônia
A cada hora mais manifestantes se juntam à invasão. Colchões, cobertores e alimentos estão espalhado pelo local.
- Estamos preparados para ficar o tempo de for necessário. Temos alimento e se faltar temos pessoas para nos abastecer – disse J.Ferraz.
Até o momento em que esta matéria foi postada, a Superintendência de Habitação do Amazonas ( Suhab), não havia se manifestado sobre o assunto.(P.Amazonia)
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