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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A VEZ DA OPOSIÇÃO - *Osny Araújo


O município de Coari, na calha do Solimões, terra do petróleo e por isso o segundo mais rico do Amazonas, viveu ontem um dia tenso e nervoso, com a eleição suplementar para prefeito, em face de cassação do ex-prefeito imposta pelo Tribunal Regional Eleitoral – TRE.
Sofrendo há algum tempo com desmandos políticos, com uma administração comprovadamente corrupta, ainda comandada pelo ex-prefeito Adail Pinheiro, com um elenco de acusações na Justiça, incluindo-se aí, crimes de pedofilia e formação de quadrilha, entre outros, a população foi às urnas e desta feita votou na oposição, com a esperança de que a partir de agora as cosias comecem a mudar para melhor no município.
Arnaldo Almeida Mitoso, do PMN, partido comandado no Amazonas pelo vice-governador Omar Aziz, foi eleito com mais de 51% dos votos. Ele toma posse no próximo dia 17, prometendo grandes mudanças, até porque, o município passará a ser governado pela oposição.
A vitória de Arnaldo Mitoso, além de decretar a derrota do grupo político de Adail Pinheiro no município, fortalece ainda mais politicamente o vice-governador Omar Aziz, um dos possíveis candidatos à sucessão do governador Eduardo Braga (PMDB) nas eleições do próximo ano.
Com o slogan alá Obama “credite: Nós ´podemos mudar”, a oposição fez o que parecia impossível para muitos observadores políticos. Derrotar o forte grupo político de Adail Pinheiro, que politicamente parece ter acabado na região.
Apesar das investidas da turma de choque do ex-prefeito, inclusive com a divulgação de uma carta na rádio Coari FM, o que lhe rendeu uma multa pelo TER, pedindo para que os coarienses não o abandonassem e votassem no candidato do grupo, de nada adiantou o apelo e a derrota foi decretada.
O prefeito eleito promete uma administração transparente e logo de início tomará algumas medidas de impacto, como por exemplo, bloquear todos os pagamentos a empresas, a fim de fazer uma auditória para saber realmente quais as principais prioridades do município, mas garantiu o pagamento dos servidores durante esse período.
Como interiorano que sou, filho de Urucurituba, no baixo Amazonas, torço para que essa mudança de rumo na política de Coari, um dos cinco mais importantes municípios do Estado, possa retomar o seu rumo e caminhar de forma objsti9vo rumo ao futuro, deixando de lado as mazelas do passado, onde o nepotismo e a corrupção imperaram e ingresse num processo político-administrativo de respeito à sociedade e a democracia.
Quando as cosias não vão bem, o caminho é mudar e num país democrático como o Brasil, as mudanças nos comandos de Governo, no caso de Coari a Prefeitura, são de inteira responsabilidade da população eleitoral, que tem o direito e o dever de mudar quando as coisas não estão dando certo, como era o caso de Coari.

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
e-mail: osnyaraujo@bol.com.br

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