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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Agronegócios: Parque de Exposição Agropecuária "Eurípedes Lins" - *Thomaz Meirelles


O Diário Oficial do Estado do Amazonas, edição nº 31.641, ano CXIV, que circulou no dia 31 de julho de 2009, traz a publicação da Lei nº 3.410, de 29 de julho de 2009, que em seu artigo 1.º registra que “fica alterada a denominação do Parque de Exposição Agropecuário Angelino Beviláqua para Parque de Exposição Agropecuária Dr. Eurípedes Ferreira Lins”. Parabenizo os deputados estaduais e o governo do estado por terem proporcionado este ato de justiça com o caboclo de Fonte Boa que sempre acreditou ser possível criar um modelo econômico a partir das potencialidades existentes no setor primário regional. É lógico que ainda estamos distante do tão sonhado “modelo econômico”, pois, até no consumo interno de banana somos dependentes da importação de estados vizinhos, mas o caboclo de “Boa Fonte” sempre manteve acessa a chama da esperança de gerar emprego e renda a partir do trabalho dos nossos produtores rurais. Ao longo dos seis anos que estou escrevendo no querido JC tenho, sempre, reivindicado esta mudança e, ao mesmo tempo, sugerindo que o auditório do parque de exposição passe a ser chamado de “Angelino Beviláqua”. Transcrevo, a seguir, trechos de alguns artigos em que faço comentários sobre este assunto.
Em 20.04.2004, “Eurípedes Ferreira Lins, um grande exemplo”
“Pelas inúmeras, incontestáveis e necessárias realizações em defesa do setor primário regional, tendo sido, inclusive, o responsável pela instalação da primeira Exposição Agropecuária do Amazonas e pelo início da atividade de avicultura na região, sugiro, ao governador Eduardo Braga, que o Parque onde são realizadas as Exposições Agropecuárias passe a se chamar Eurípedes Ferreira Lins. Seria uma homenagem justa, merecida e teria, com absoluta convicção, a unanimidade do setor rural regional. O auditório, localizado dentro do Parque, recentemente recuperado pela secretaria de Produção passaria a ser chamado de Angelino Beviláqua. Perdo-me, dr. Eurípedes, por estar fazendo uso do seu valioso nome, sem o seu devido conhecimento, entretanto, e de acordo com seu pensamento, o que vem do coração tem mais valor e deve ser externado”.
Em 27.09.2005, “Mensagem ao governador Eduardo Braga”
“Gostaria de dizer a Vossa Excelência que na solenidade de entrega do Mérito Agrícola/2005, promovida pela Faea/Senar, ficou comprovado que o seu desejo, seu sonho de substituir o modelo econômico do PIM, através do Zona Franca Verde, é perfeitamente possível. Sei que o exemplo que vou lhe dar ainda é pequeno, mas significativo. O agraciado com título de fruticultor do ano, Manoel Baraúna Marinho, era um desempregado do Distrito Industrial que vem gerando emprego e renda no interior de Manacapuru. Falar da Faea é lembrar daquele caboclo de “Boa Fonte”. Em seu governo, a Expoagro ganhou alegria e profissionalismo. Pergunto: Não estaria no momento de denominar nosso parque de exposição de Eurípedes Ferreira Lins”? Vamos em frente”.
Em 04.04.08, “Eurípedes Lins, Cidadão Benemérito de Manacapuru”
“Mais uma vez, e merecidamente, o eterno defensor do setor agropecuário regional, Eurípedes Ferreira Lins, é homenageado na Câmara Municipal de Manacapuru, cidade conhecida como “Princesinha do Solimões”. Ao longo dos últimos anos, e por ter o privilégio de fazer parte do vasto círculo de amigos e admiradores de seus posicionamentos, venho acompanhando às inúmeras e justíssimas homenagens que esse caboclo de Fonte Boa vem recebendo dos mais diversos segmentos da sociedade. Entre elas, destaco o reconhecimento do Exército, Marinha, Comércio, Indústria, Assembléia Legislativa e, por último, do Imperador Japonês pelos inestimáveis serviços prestados, em 1960, à Colônia Japonesa radicada em nossa cidade, mais precisamente ao longo da Rodovia AM-010”.

Em Manacapuru, tinha algo diferente

“Apesar das homenagens já recebidas e contabilizadas por Eurípedes Lins, percebi, na última sexta-feira (04), que a solenidade de Manacapuru tinha um ar diferente, tinha um “algo mais”, afinal de contas, estávamos no município com a maior produção de fibras do território brasileiro. Estávamos, também, a apenas vinte ou trinta metros das águas barrentas do rio Solimões. Enfim, estávamos envolvidos, cercados, em tudo e por tudo que Eurípedes sempre defendeu, defende e defenderá por muitos anos. Pois, não dá pra falar de juta e malva, sem lembrar Eurípedes. Não dá pra falar em preço mínimo, sem lembrar Eurípedes. Não dá pra falar de PGPM, sem lembrar Eurípedes. Não dá pra falar de Castanha-do-Brasíl, sem lembrar Eurípedes. Não dá pra falar de Guaraná, sem lembrar Eurípedes. Não dá pra falar de borracha, sem lembrar Eurípedes. Não dá pra falar de pecuária, sem lembrar Eurípedes. Enfim, não dá pra falar de “bubuia”, “caboclo” e de “Selva”, sem lembrar o presidente da FAEA, nos últimos 46 anos. Resumindo, no Amazonas, as palavras “fibras”, “juta”, “malva”, “castanha-do-brasil”, “preço mínimo”, “PGPM”, “guaraná”, “pecuária”, “bubuia”, “caboclo” e “Selva” são sinônimos de “Eurípedes” hoje, e sempre. Por estarmos perto de tudo isso, ou seja, do ambiente rural, foi este, sem dúvida alguma, o motivo da solenidade de Manacapuru ter sido diferente e altamente positiva”.


*Thomaz A P Silva Meirelles. Administrador, técnico de operações da Conab e Especialista na Gestão da Informação do Agronegócio. E-mail: thomaz.meirelles@hotmail.com / superbox@argo.com.br

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