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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

RELATOR VÊ CONTRADIÇÕES NO PROCESSO DE WALLACE



Manaus – O deputado estadual Liberman Moreno (PHS), relator do processo que julga a suspeita de quebra de decoro parlamentar contra o deputado estadual Wallace Souza (PP), revelou com exclusividade ao Portal Amazônia, que novos depoimentos de defesa colocam em contradição as informações levantadas pela força-tarefa que, segundo ele, ‘derrubam completamente’ alguns argumentos que constam no processo.
Libermam disse que os argumentos não podem ser divulgados na íntegra para não prejudicar as investigações, mas informou que não sabe como a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), vai se portar diante do resultado final do relatório, com o novo rumo que o processo está tomando.
- Posso dizer que já existem muitas contradições no processo. Informações de que certos acontecimentos e episódios que constam nos autos, estão sendo justificados pelas pessoas que foram ouvidas derrubam completamente alguns argumentos colocados no processo. Nós já enxergamos essas contradições apontadas de maneira muito clara e com riqueza de detalhes pelas testemunhas. É um problema sério que revela uma diferença entre o que foi levantado, e o que as testemunhas estão falando – revelou.
De acordo com o parlamentar, a entrega do parecer sobre o processo, prevista para a próxima sexta-feira (28), será afetada em função dos novos depoimentos. Segundo ele, a data definitiva para o anúncio do relatório conclusivo, ainda não pode ser estipulada, mas informou que o desejo da comissão é acabar o mais rápido com as investigações.
Questionado se as novas denúncias contra Wallace Souza, sobre o pagamento de funcionários do programa Canal Livre, apresentado por ele, e pagos com dinheiro da ALE, seriam consideradas pela comissão de ética, o deputado disse que elas não entrarão no processo, pelo menos, temporariamente.
- Se considerássemos essas denúncias, teríamos que recomeçar todo o processo, não sou eu que determino isso, e sim a lei que deve ser cumprida. Precisaríamos de muito mais tempo para análise, e no momento não temos – disse.
O deputado disse que os quatro depoimentos de defesa ouvidos pela ALE são somente de defesa e não há testemunha de acusação, porque, o processo já passou pela analise do Ministério Público do Estado (MPE). Ele disse ainda, que o próximo passo a ser tomado pela ALE é discutir na próxima semana o atual relatório com destaque para os novos depoimentos.
Questionado se estaria sofrendo pressão, contra ou a favor, para emitir o parecer sobre o caso, o parlamentar disse que ninguém até hoje ousou fazer isso.
- Não recebo ordem de ninguém. Sou incapaz de receber pressão e se alguém me fizer qualquer tipo de pedido, mesmo que carinho, eu desconsidero – disse.
Para o promotor da força-tarefa do MPE, Fábio Monteiro, não há possibilidade de que existam provas contra o que foi apurado.
- Na verdade, nós não temos acesso àquilo que está sendo produzido no Conselho de Ética. Por outro lado, para o Ministério Público, as provas são contundentes. Nós temos que nos preocupar em levar as informações é para o judiciário que tem autoridade para julgar o processo criminalmente. Do ponto de vista da assembléia é um processo político e devemos considerar que o grande julgador do que está sendo feito será o eleitor. Não há possibilidade de que existam provas que derrubem o que já apuramos, declarou.(P.Amazonia)

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