Pesquisar este blog

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

MERCADANTE RECUA MAIS UMA VEZ E CONTINUA LÍDER


Brasilia - Após colocar o cargo à disposição na terça-feira (18), voltar atrás no dia seguinte, e reconsiderar a decisão na quinta-feira (20), o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do partido no Senado, recuou mais uma vez nesta sexta-feira (21) e disse no plenário da Casa que fica no cargo.
No discurso, Mercadante leu uma carta que teria recebido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta manhã. Na carta, Lula enfatizava a história dos dois e dizia que a presença do paulista na liderança era “imprescindível”.
“Dificuldades e divergências fazem parte dessa caminhada, mas são menores do que ela. Em nome dessa caminhada, fique na liderança”, pediu Lula. Mercadante atendeu o pedido. “Mais uma vez na minha vida o presidente Lula me deixa numa situação que não tenho como dizer não”.
Mais cedo,o senador João Pedro (PT-AM) já havia afirmado em sua página no serviço de microblog Twitter que Mercadante continuaria no comando da bancada. Dos 11 colegas de bancada do líder petista, apenas Augusto Botelho (PT-RR) aguardava o discurso no plenário.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que Mercadante iria dar um último telefonema para o presidente Lula antes de seu pronunciamento no Senado. Mercadante e Lula se reuniram na noite dessa quinta-feira (20), durante três horas, junto com o presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP). “Ele está a caminho e me disse que vai telefonar para o presidente Lula”, disse Suplicy.

Indisponivel

Indisponivel O senador João Pedro (PT-AM) anunciou pelo Twitter a decisão do líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP) O recuo de Mercadante evidencia a crise na bancada do PT após a ajuda dada pelo partido para livrar o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de responder a processos no Conselho de Ética. Além dos três senadores petistas terem votados a favor de Sarney, a senadora Serys Shellesarenko (PT-MT) assinou nessa quinta-feira (20), pela Mesa Diretora, uma decisão impedindo o recurso a plenário feito pelos adversários do presidente do Senado.
Na terça-feira (19), véspera da reunião do Conselho de Ética, Mercadante anunciou que deixava seu cargo à disposição. Ele vinha sendo pressionado para indicar para o colegiado senadores simpáticos a Sarney.

Saiba mais

Mercadante vai telefonar para Lula antes de discursar da tribuna, diz Suplicy Mercadante já se prepara para discursar da tribuna do Senado, diz assessoria João Pedro é cogitado para assumir lugar de Mercadante Após reunião com Lula, pronunciamento de Mercadante é mantido para esta sexta Mercadante conversa com Lula sobre sua saída da liderança do PT Mercadante adia discurso de renúncia para amanhã Mercadante diz que deixará liderança do PT em twitter
Mercadante não realizou a manobra, mas Berzoini divulgou uma nota defendendo a posição a favor do presidente do Senado. Foi com base na nota que os senadores petistas João Pedro (PT-AM), Delcídio Amaral (PT-MS) e Ideli Salvatti (PT-SC) justificaram o voto no Conselho, apesar da bancada do partido ter tirado uma posição contra Sarney.
Após a reunião, o senador Flávio Arns (PT-PR) se disse envergonhado e disse que sairia do PT. Mercadante recuou pela primeira vez e disse que ficaria no cargo para preservar a bancada e evitar uma crise interna.
Nessa quinta, no entanto, ele anunciou no twitter, serviço de microblog, que deixaria o cargo. Após o anúncio pela internet, Mercadante foi chamado a se encontrar com Lula antes de oficializar a decisão. Como o presidente viajava, o encontro só aconteceu na noite e entrou pela madrugada. A conversa mudou os planos do senador paulista e ele recuou pela segunda vez.
No plenário, Mercadante explicou o que pensou após a reunião do Conselho de Ética: "disse a eles (senadores do PT), que meu sentimento mais profundo, minha vontade é de deixar a liderança porque não tivemos força para achar um caminho, uma alternativa. Esbarramos na maior bancada da Casa, que é o PMDB, e teve papel fundamental nessa crise. Esbarramos na direção do meu governo e do meu partido, que não era minha posição, nao era da minha bancada."(G-1)

Nenhum comentário: