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terça-feira, 27 de abril de 2010

PSB retira candidatura de Ciro  mas
 não formaliza apoio a Dilma


Brasilia - A Executiva do PSB formalizou nesta terça-feira decisão de que o partido não terá candidatura própria à Presidência da República nas eleições de outubro, conforme já havia sido divulgado por integrantes da legenda.
Com o deputado Ciro Gomes fora da disputa, o PSB deve apoiar a candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT), mas a adesão à petista foi deixada para nova reunião, em 17 de maio.
"Apoiar Dilma é o caminho natural do PSB", disse a jornalistas o presidente do PSB, governador Eduardo Campos (PE), após reunião da Executiva do partido que debateu a posição da legenda nas eleições.
Sobre a postura de Ciro a partir de agora, Campos disse que o deputado vai seguir a decisão do partido sobre Dilma.
O anúncio do PSB atende também a um desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quer uma campanha polarizada entre Dilma e seu principal opositor, o ex-governador José Serra (PSDB). Quanto ao PSB, fará exigências de apoio ao PT nos Estados.
Na quinta-feira passada, em reunião com o presidente e o vice da legenda, Ciro foi comunicado das dificuldades de sua candidatura frente à prioridade da legenda de eleger cerca de dez governadores, senadores e dobrar a bancada de deputados federais.
O encontro respondeu a uma cobrança de Ciro feita em duro artigo publicado em seu site pessoal em que questionava "o que quer de mim o meu partido?"
Na sequência da notícia de que não teria o apoio de seu partido para concorrer, Ciro retomou a tática da metralhadora giratória. Foi rude com o presidente Lula, seu tradicional aliado e de quem foi ministro, ao afirmar que ele "está navegando na maionese" por se sentir todo-poderoso na eleição de Dilma.
Ciro também elogiou José Serra, seu desafeto, ao dizer que "é mais preparado, mais legítimo, mais capaz", ao mesmo tempo em que afirmou que Dilma não tem experiência eleitoral.
A última vez que o PSB teve candidato à Presidência foi em 2002, com Anthony Garotinho.
(Reportagem de Natuza Nery - Reuters)

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