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segunda-feira, 29 de junho de 2009

MOVIMENTO FORA GILMAR DO STF GANHA AS RUAS

B.Horizonte – Aconteceu na última quarta-feira em várias capitais brasileiras, uma manifestação nacional pela saída de Gilmar Mendes do STF. E, desta vez, somaran-se outros setores sociais que não mais suportam calados tantos desmandos nos poderes da república.
As manifestações serão promovidas pelo Movimento Saia às Ruas, uma mobilização que reúne cidadãos e cidadãs de todas as classes sociais, religiões e idades, todos unidos por um país justo.
Nos últimos meses, o Brasil tem sofrido várias derrotas e retrocessos em termos de garantia de direitos, sem se dar conta de que algumas das conquistas mais nobres estão sendo ameaçadas.
O STF, na gestão do pecuarista e empresário Gilmar Mendes, resolveu fazer o jogo sujo que sempre é visto no Congresso desmoralizado por Sarney, Renan Calheiros, Jáder Barbalho, Maluf, ACM e outras pragas da vida política. O povo sofre porque a Justiça trata pobres e ricos de maneira desigual.
Nota-se que os privilégios de classe e o preconceito contra os movimentos sociais persistem na mais alta corte do Brasil. O povo é traídos por quem deveria zelar pela ? e não destruir a ? democracia.
Ao libertar o banqueiro Daniel Dantas e criminalizar os movimentos populares, o pecuarista e empresário Gilmar Mendes revela a mesma mentalidade autoritária contra a qual uma geração inteira de militantes e trabalhadores que lutou, com o objetivo de derrubar a ditadura civil-militar que sufocou o país entre 1964 e 1985.
Ao libertar o banqueiro Daniel Dantas e criminalizar os movimentos populares, o Ministro Gilmar Mendes revela a mesma mentalidade autoritária contra a qual se luta a mais 30 anos. O Brasil já não admite a visão achatada da lei, aplicada acriticamente para oprimir os mais fracos.
O Brasil já não admite a visão achatada e conservadora da lei, aplicada acriticamente para oprimir os mais fracos. O Brasil já não atura palavras de ordem judiciais ? como ?Estado de Direito?, ?devido processo legal? ou ?princípio da legalidade? ? apresentada como se fossem mandamentos divinos para calar o povo. Já não há espaço no Brasil para um Judiciário das elites, um Judiciário das desigualdades.
RETROCESSO
O Brasil assistiu, no dia 17 de junho, ao toque de recolher dado pelo Supremo Tribunal Federal. Por 8 votos a 1, os ministros votaram pelo fim do diploma de jornalismo no país. Isso só aconteceu em resposta a uma ação movida pelo Sindicato das Empresas de Rádio e TV de São Paulo, ou seja, pelos donos da mídia. Essa decisão é mais uma tentativa de silenciar as vozes discordantes, de calar o debate público que se dá através das notícias jornalísticas, sobre os problemas que atrasam o desenvolvimento do nosso país. Os jornalistas apuram informações e apontam os desvios de verbas públicas, os absurdos cometidos contra o povo pelos caciques políticos, como o próprio Gilmar Mendes, presidente do Supremo. Assim, incomodam os poderosos, que mandam e desmandam em nosso país. A alegação do STF para essa decisão não convence, e é, no mínimo, suspeita e contaminada pelo discurso patronal. Liberdade de expressão não diz respeito ao diploma de jornalismo e sim, ao sistema político democrático que a permite ou não. Hoje em dia, qualquer pessoa pode se expressar seja através de blogs, sites, youtube, artigos, carta do leitor, ou de entrevistas para rádios, TVs, jornais, etc. Os jornalistas respeitam e fomentam a liberdade de expressão, mas conhecem na prática o poder da comunicação e zelam dia-a-dia pela função social do jornalismo para a democracia. Nesse momento, é preciso ressaltar a importância da formação ética, técnica e teórica dos jornalistas e o compromisso que têm com a informação de qualidade que contribua com o interesse público. Questionar a formação em jornalismo significa também questionar a formação em outras profissões. Afinal que lugar é dado à educação no Brasil?O fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo é uma derrota para a sociedade brasileira, que não deve se calar diante desse ataque desproporcional aos direitos dos trabalhadores e ao direito do povo à comunicação. (Fonte Sind. Jorn. de Minas Gerais)

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