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terça-feira, 30 de junho de 2009

EX-PREFEITO DE COARI COMPLICADO NA CPI DA PEDOFILIA


Afirmando ter procuração das crianças brasileiras e reclamando da pressão para não vir a Manaus investigar denúncias de pedofilia, o senador Magno Malta (PR-ES)(foto)lamentou ainda a ausência da bancada amazonense no Senado, (Artur Neto (PSDB), João Pedro (PT) e Jefferson Praia (PDT),embora tenha sido convidada para prestigiar o ato, com as oitivas que ocorreram no plenário da Assembléia \legislativa do Estado.
O presidente da CPI não especificou o tipo de pressão sofrida para não vir a Manaus proceder as investigações e foi mais além, quando afirmou que nada irá impedi-lo de realizar esse trabalho.
Os depoimentos das sete pessoas ouvidas ontem (29), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pedofilia, em Manaus, agravaram ainda mais a situação do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro.
Os depoimentos seguiram até a noite. Três pessoas não compareceram e terão até hoje para se apresentarem, durante os depoimentos na cidade de Coari. Caso não compareçam, serão levadas pela Polícia Federal até Brasília para depor.
O empresário e ex-sócio da agência Mega Models, Fábio Martins, confirmou que levou moças menores de idade para os municípios de Coari e Tefé em 2007, e que Adail Pinheiro manteve relações com algumas modelos, mas negou ter sido pago para intermediar os programas.
COMPLICADO
Segundo Fábio Martins, o ex-prefeito de Coari,Adail Pinheiro, acompanhado de Adriano Salan, esteve na Mega Models e escolheu as modelos que queria que embarcassem para Tefé. “Ele viu os books (catálogo de fotos) e separou as que mais agradaram a ele. Ele se agradou da menor. Sei que ele tinha interesse profissional e sexual”, afirmou Fábio, em seu depoimento.
Ele ainda tentou negar que conhecia alguns nomes citados pelo presidente da CPI, o senador Magno Malta (PR-ES). O senador fez questão de lembrá-lo de que o depoimento era sério e ele poderia sair dali preso, se continuasse a mentir.
Uma adolescente que estava no grupo levado por ‘Fabinho’ também prestou depoimento à CPI, primeiramente a portas fechadas, e depois publicamente, escondida sob um disfarce. Ela confirmou que recebeu oferta de presentes de assessores do ex-prefeito de Coari.
CONTRADIÇÕES
O depoimento da ex-funcionária pública Andréa Abreu, que assumiu ser agenciadora de garotas de programa há mais de dez anos, foi marcado por contradições. Ela disse que agenciava meninas para Adriano Salan, assessor do ex prefeito de Coari, e que, na maioria das vezes a negociação ocorria com o consentimento da mãe das meninas.
Andréa chegou a contar em detalhes um caso, ocorrido em 2007, em que levou uma garota de 14 anos de idade para passar uma noite com Adail Pinheiro, em Manaus, a pedido de Adriano Salan. Segundo ela, a própria mãe da menina incentivou o programa, afirmando que a filha “precisava de dinheiro”.
A CPI também ouviu o proprietário da empresa Clayton Táxi Aéreo, que se comprometeu em ceder informações de voos fretados para o assessor do prefeito. Segundo ele, todos os cheques pagos pelo frete dos aviões eram de uso pessoal de Adriano Salan. (RC)
Ao deixar o plenário da Assembléia Legislativa, Magno Malta dizendo satisfeito com o resultado do trabalho, onde foram colhidos detalhes importantes para a composição final do relatório da CPI da Pedofilia.

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