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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Madeireiras clandestinas  com ajuda de
 índios devastam floresta entre MT e RO


Amazônia - Em plena Floresta Amazônica, na divisa entre Mato Grosso e Rondônia, uma reserva indígena é invadida e devastada por madeireiros. Milhares de árvores foram derrubadas ilegalmente.
Fiscais do Ibama, agentes da Polícia Federal e PMs da Força Nacional de Segurança ocuparam a terra indígena de Serra Morena, em Juína para destrur os acampamentos dos madeireiros. Segundo a polícia, o comérico é mais lucrativo que o tráfico de drogas na região.
- Para evitar que essas pessoas retornem, nós destruímos todos os acampamentos deles -, explica a capitã Renata Alves, da Força Nacional de Segurança.
A ação contou com o apoio das principais lideranças dos índios cinta larga, que durante anos autorizaram a entrada de madeireiros na reserva. Os índios vendiam a madeira a preços bem abaixo do mercado.
- Vendia por R$ 80 o metro de mogno, cerejeira, o ipê -, diz o cacique Joaquim Cinta Larga.
A atividade predatória acabou com as madeira nobres. Mas o comércio ilegal não foi interrompido.
- Hoje a madeira mais fraca sai por R$ 35, R$ 25 -, diz o cacique.
Parte da terra indígena foi toda devastada. Os invasores abriraram estradas. A velha castanheira - cujo corte é considerado crime ambiental - agora serve de ponte. Para tornar a atividade mais lucrativa, até uma serraria móvel foi montada no meio da floresta.
Na ação, também foram apreendidos tratores, caminhões. Árvores centenárias foram derrubadas sem qualquer autorização dos órgãos ambientais. Esta área dentro da terra indígena fica a menos de 100 km de um dos principais pólos madeireiros da região. E segundo a Polícia Federal, estas toras são transportadas com documentação falsa, para enganar a fiscalização.
-Vem da reserva indígena, mas na realidade calçada numa guia florestal de plano de manejo que fica na volta. Os índios são ludibriados, a madeira é comprada por preços irrisórios,- diz o delegado Mauro Luis Vieira, da PF, que acrescenta que a atividade no local é mais lucrativa que o tráfico de cocaína.(G-1)





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