Pesquisar este blog

sábado, 18 de setembro de 2010

Problemas estruturais podem determinar
 a interdição do Manauara Shopping

Manaus – A Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Amazonas (CDC/Aleam) pediu a órgãos do município que façam uma fiscalização imediata no Manauara Shopping, localizado na zona Centro-sul de Manaus. A decisão foi tomada após diversas reclamações e supostas denúncias de irregularidades e problemas estruturais no centro comercial. Considerado o maior shopping do Estado, o Manauara é conhecido também por ter sido inaugurado com parte das obras inacabadas.
De acordo com a Aleam, o requerimento aprovado na quarta-feira (15) solicita ao Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), Conselho Regional de Arquitetura (Crea) e Corpo de Bombeiros a vistoria da situação do shopping. A medida seria preventiva e garantiria a segurança dos consumidores, além de preservar a imagem do shopping de mais especulações. Desde abril de 2009, quando foi inaugurado, o local já registrou princípios de incêndio, lojas alagadas e infiltrações.
Entre os problemas citados por parte dos clientes que visitam o centro comercial estariam transtornos nos banheiros e rachaduras no piso dos corredores. Há algumas semanas, bombeiros colocaram estruturas de madeira com isopor em várias partes do chão do shopping. Questionados, dois oficiais alegaram à reportagem que o trabalho era feito devido a falta de espaço entre os blocos para a dilatação das lajes.
Problemas
Várias ocorrências têm alimentado ainda mais as especulações em torno da insegurança do shopping. O local possui paredes rachadas, pontos de infiltração nas áreas do estacionamento e banheiros com vazamento. Outros problema seriam ainda a presença de fiação elétrica exposta, paredes sem impermeabilização adequada e a falta de monitoramento de água.
O Manauara Shopping também estaria carecendo do gerenciamento de resíduos. No dia 9 de junho, foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o centro comercial e o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), que pedia a apresentação de um termo de execução de drenagem aprovado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), além do certificado de destinação de resíduos sólidos.
Além desses problemas, o centro de compras já teve lojas infiltradas. Um dos casos envolveu o restaurante Barbacoa, que fechou temporariamente no dia 24 de junho deste ano. A assessoria do estabelecimento disse que a loja no Manauara Shopping sofria com goteiras, vindas de uma infiltração causada por acúmulo de água no estacionamento G8 do shopping. Até esta quinta-feira (16), quase três meses depois, o restaurante permanece fechado.
Corrente de e-mail
Um dos pontos citados na Assembleia foi a circulação de um e-mail onde uma suposta professora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), doutora em geologia pela USP, chamada apenas de Jamile, denunciava a constatação de sérios problemas estruturais no Shopping, inclusive apontado riscos de desabamento. “Há, inclusive, um email circulando na internet sobre a segurança do estabelecimento”, comentou em plenário o presidente da CDC/Aleam, deputado Marcos Rotta (PMDB).
O Portal Amazônia entrou em contato com a UEA e com a professora envolvida como personagem do e-mail. Jamile Fehaeni, que é doutora em Geofísica pela USP, disse que nunca emitiu laudo ou fez qualquer avaliação técnica sobre o Manauara Shopping. Ela explicou que o e-mail já tem causado constrangimento, vários transtornos e poderia até mesmo prejudicá-la profissionalmente. “A construtora chegou a entrar em contato comigo para esclarecer essa situação, de tão grande que essa estória se tornou”, contou.
A professora explicou ainda que com sua formação, nem sequer poderia constatar irregularidades, o que seria de responsabilidade de um engenheiro civil. “O que está sendo passado por e-mail é baseado em dados infundados. Utilizaram informações minhas, até mesmo equivocadas, para divulgar esse e-mail”.
O e-mail corre na rede de computadores há aproximadamente duas semanas. Jamile informou que já sabe quem iniciou o envio da mensagem. A professora contou também que só comentou com uma amiga sobre o shopping, mas ressaltou que nunca a sua opinião poderia ser divulgada como uma avaliação técnica. “Acho que não houve má fé no que aconteceu, por isso não vou levar essa história adiante, nem vou expor quem começou tudo isso”, afirmou.Fonte: Portal Amazônia

Nenhum comentário: