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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS IGARAPÉS
MELHOROU COM O PROSAMIM

 Manaus - Levantamento realizado pelo Governo do Estado aponta que a qualidade da água dos igarapés contemplados pelo Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim) teve aumento em até 40%, desde a implantação do programa em 2005.
Entre os itens apresentados pela avaliação técnica, foram verificadas melhorias significativas com relação às condições físico-químicas dos cursos d’água, odores e aparência, além da redução de substâncias tóxicas presentes.
A análise foi feita no período de maio e junho deste ano, por meio da coleta de amostras líquidas dos trechos correspondentes aos igarapés Manaus, Bittencourt, Mestre Chico, Igarapé do Quarenta e Foz do São Raimundo. De acordo com a coordenadora de projetos ambientais do Prosamim, Jane Crespo, os resultados positivos alcançados se devem a um conjunto de ações ambientais desenvolvidas pelo Prosamim naquelas áreas.
“Além das obras de instalação de redes de esgotamento sanitário e abastecimento de água potável, questões multidisciplinares e multisetorais podem ser atribuídas às mudanças obtidas, desde a retirada das palafitas e do volume de lixo dos igarapés, ao realinhamento dos leitos e ações de educação ambiental direcionadas às famílias beneficiadas pelo programa”, pontua Crespo.
Dentre os principais tópicos constatados pela avaliação, comparando com a realizada durante o mesmo período do ano passado, destaca-se que a presença de oxigênio na água, essencial para a capacidade de renovação do meio aquático, saiu do índice negativo de -45,9% para 8,6%. O nível de pH, analisado a temperatura de 25º para determinar a acidez da água, apresentou queda, saindo dos 6,65% para 3,37%. Quanto à turbidez, que indica a falta de transparência do líquido, houve diminuição de 33%. No que diz respeito ao ferro dissolvido na água, os indicadores mostram queda expressiva de 1,84% para 0,0163%.
O indicador “coliformes fecais” do balanço demonstra que o Igarapé Manaus aparece com nível menor de poluição, com a quantia de 1.500 coliformes a cada 100 ml de água, devido a conclusão de 80% de suas obras e a retirada de 95% de todo o lixo. Em contrapartida, o Igarapé do Quarenta surge com 43 milhões de coliformes/100 ml. Este demonstrativo, segundo Crespo, reflete que a redução de coliformes já é perceptível se compararmos as áreas mais trabalhadas pelo Prosamim. “No Quarenta, que tem obras mais recentes e cuja extensão trabalhada ainda é menor, a presença de coliformes fecais está mais elevada e, desta forma, acabar por diferir dos demais”, pondera.
Indagada sobre a importância de manter o controle sobre esses dados, Crespo explica que os trabalhos de medição da qualidade são realizados semestralmente, desde o primeiro ano de implantação do Prosamim, devido às épocas de seca e cheia dos rios, fatores determinantes e que podem influenciar diretamente nos resultados. “Existe uma preocupação de acompanhar a evolução da qualidade das águas nos locais onde o programa atua antes, durante e depois da obras a fim de garantir melhor aproveitamento dos recursos hídricos e o bem-estar da população residente no entorno”, diz.
A coordenadora de projetos ambientais também revela que, em 10 ou 20 anos, poderão ser observadas as primeiras melhorias visíveis nos igarapés, com o avanço gradativo das intervenções do Prosamim na capital. “A tendência é que, com o decorrer das obras nos próximos anos, possamos avançar ainda mais, visto que o processo de limpeza dos igarapés que vinham sendo poluídos há décadas, é demorado”, salienta. E continua: “Atualmente, ainda estamos em execução nas áreas de jusante, ou seja, as que correspondem à foz dos igarapés e, mesmo assim, já temos estes resultados que são bastante expressivos para o pouco tempo de atuação do programa”, conclui Crespo.(Amazonas Notícias)





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