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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Maçonaria e o 20 de Setembro

       Por: Hiram Reis e Silva


Da luz, que si difunde, sagrada filosofia
surgiu no mundo assombrado, a pura maçonaria.
… Da razão, parte sublime, sacros cultos merecia
altos heróis adoraram, a pura maçonaria.
(Hino da Maçonaria – D. Pedro I)

A maçonaria é uma associação iniciática, filosófica, filantrópica e educativa, de carácter universal, que cultiva os princípios da liberdade, igualdade e fraternidade. Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, conhecidas como Lojas.
- Maçonaria e a nacionalidade Brasileira
A história da maçonaria, participando de todos os momentos importantes de nossa pátria, se confunde com a própria nacionalidade brasileira. Sob o lema da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, os irmãos maçons foram os principais mentores intelectuais e atores de todos os grandes movimentos pátrios. Sua ação foi fundamental na Inconfidência Mineira, Independência, Revolução Farroupilha, Lei do Ventre livre, Libertação dos escravos e a criação da República. Dentre tantos personagens importantes de nossa história podemos citar alguns ilustres maçons como: Álvares Maciel, Barão de Mauá, Bento Gonçalves, Castro Alves, Dom Pedro I, Duque de Caxias, Frei Caneca Garibaldi, Gonçalves Ledo, Joaquim Nabuco José Bonifácio de Andrada, Marechal Deodoro, Padre Feijó, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa…
Sempre atualizada em relação às grandes questões nacionais, a maçonaria desenvolve, hoje, uma agressiva campanha em defesa da questão indigenista-ambientalista que aflige a nossa Amazônia e que ganha corpo graças à omissão e cooperação do governo federal.
- Revolução Farroupilha
O Venerável Mestre Bento Gonçalves da Silva, na noite de 18 de setembro de 1835, dirigiu os trabalhos da loja Maçônica Philantropia e Liberdade situada na Rua da Igreja, n° 67, atual Duque de Caxias. Nesta ocasião, foi definido o plano para a tomada de Porto Alegre pelos Revolucionários Farroupilhas e, consequente, a destituição do presidente provincial Fernandes Braga.
- Extrato de Balaústre nº 67 de 18 de Setembro de 1835
Aos 18 dias do mês de setembro do ano de 1835 da E:.V:.e 5835 da V:.L:. reunidos em sua sede, sito a Rua da Igreja, Nº 67, em um lugar Claríssimo, Forte e Terrível aos tiranos, situado debaixo da abóbada Celeste do Zenith aos 30º e 5´ de Latitude da América Brasileira, ao Vale de Porto Alegre, Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, nas dependências do Gabinete de Leitura onde funciona a Loj:. Maç:. Philantropia e Liberdade, com o fim de especificadamente traçarem as metas finais para o início do movimento revolucionário com que seus integrantes pretendem resgatar os brios, os direitos e a dignidade do povo Riograndense.
A sessão foi aberta pelo Ven:. Mestre Ir:. Bento Gonçalves da Silva. Registre-se a bem da verdade, ainda as presenças dos IIr:. José Mariano de Mattos, Ex Ven:. José Gomes de Vasconcelos Jardim, Pedro Boticário, Vicente da Fontoura, Paulino da Fontoura, Antonio de Souza Neto e Domingos José de Almeida, o qual serviu como Secretário e lavrou a presente ata. Logo de início o Ven:. Mestre depois de tecer breves considerações sobre os motivos da presente reunião de caráter extraordinário informou a seus pares que o movimento estava prestes a ser desencadeado. A data escolhida é o dia 20 do corrente, isto é, depois de amanhã. Nesta data, todos nós, em nome do Rio Grande do Sul, nos levantaremos em luta contra o imperialismo que reina no País.
Na ocasião, ficou acertada a tomada da Capital da Província pelas tropas dos IIr:. Vasconcellos Jardim e Onofre Pires, que deverão permanecer com seus homens nas imediações da Ponte da Azenha, aguardando o contingente que deverá se deslocar desde a localidade de Pedras Brancas, quando avisados. Tanto Vasconcellos Jardim como Onofre, ao serem informados responderam que estavam a postos aguardando o momento para agirem. Também fez ouvir o nobre Vicente da Fontoura que sugeriu o máximo de cuidado, pois certamente, o Presidente Braga seria avisado do movimento.
O tronco de Beneficência fez a sua circulação e rendeu a moeda cunhada de 421$000 contados pelo Ir:. Tes:. Pedro Boticário.
Por proposição do Ir:. José Mariano de Mattos, o tronco de Beneficência foi destinado à compra de uma Carta de Alforria, de um escravo de meia idade, no valor de 350$000, proposta aceita por unanimidade.
Foi realizada uma poderosa Cadeia de União, que pela justiça e grandeza da causa, pois em nome do povo Riograndense lutariam pela Liberdade, Igualdade e Humanidade, pediam a força e a proteção do G:.A:.D:.U:. para todos os Ir:. e seus companheiros que iriam participar das contendas.
Já eram altas horas da madrugada quando os trabalhos foram encerrados, afirmando o Ven:. Mestre que todos deveriam confiar nas LL:.do G:.A:.D:.U:. e como ninguém mais quisesse fazer uso da palavra, foram encerrados os trabalhos, do que, eu Domingos José de Almeida, Secretário, tracei o presente Balaústre, a fim de que, a história através dos tempos, possa registrar que um grupo de Maçons Homens Livres e de Bons Costumes, empenhou-se com o risco da própria vida, em restabelecer o reconhecimento dos direitos desta abençoada terra, berço de grandes homens, localizada no extremo sul de nossa querida Pátria.
Oriente de Porto Alegre, aos dezoito dias do mês de setembro de 1835 (E:.V:.)
18º dia do sexto mês Tirsi da V:.L:. ano de 5835.
Assinado: Ir:. Domingos José de Almeida – Secretário
Fonte: Hiram Reis e Silva-Site Noticianahora.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

a maior razão que vim para este mundo foi para ser feliz porem foi neste meio e neste tempo cresci tornei-me adulto tranformaram-me no produto sub humano forjado de aparencias para viver simbolos de toda espécie eu pergunto e minha essencia que nunca permetiram-me conhece-la se é que outros a conhecem não quero fardos quero paz e tambem para o meu semelhante pois certeza que tenho que tudo volta para as trevas eo silencio