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terça-feira, 22 de junho de 2010

Trote maldoso
Ameaça de bomba no TRTdo Amazonas

Manaus - O prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 11ª região, por onde transitam cerca de 1,5 mil pessoas entre servidores e visitantes, foi isolado por conta de uma ameaça de bomba informada via ligação anônima realizada por volta de 8h30 da manhã desta terça-feira (22), para a juíza Luíza Maria de Pompeu Falabela Veiga, da 5ª vara, que funciona no órgão.
No momento, a área interna do prédio até o pátio permanecem com cinturão de isolamento feito pela Polícia Militar e agentes do serviço antibombas do Batalhão de Resposta Rápida, Apoio e Intervenção Operacional (Raio), que estão fazendo varredura em busca dos artefatos explosivos. O laudo da varredura no prédio deve ser informado por volta de meio-dia.
O órgão, situado na Avenida Djalma Batista, ao lado do Plaza Shopping, tem quatro andares e abriga 19 varas, onde são realizadas de 15 a 20 audiências por dia. De acordo com o diretor do TRT, Aldarir Matos Lopes, é a primeira vez que o órgão registra este tipo de incidente.
O assistente-chefe de segurança, Antônio Diniz, informou que o espaço conta com serviço de segurança como detector de metais e vistoria individual o que, segundo ele, já identificou várias tentativas de entrada de visitantes com objetos perfurantes, como facas, terçados e chaves de fenda. Até mesmo armas de fogo já foram interceptadas ainda na entrada.
Ameaça durante greve
A denúncia anônima aconteceu justamente no momento em que servidores de greve faziam manifestação no pátio do prédio, mas os representantes dos grevistas negam qualquer envolvimento no incidente. “Trata-se de uma infeliz coincidência. Nossa organização é coesa e todas as ações são discutidas”, afirma Alan Farias, vice presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho (Sitraam).
Os grevistas pedem reajuste salarial que, segundo eles, não acontece desde 2006. Atualmente, servidores dos tribunais do Trabalho de 24 Estados estão paralisados.
Prédio em mau estado
Em março de 2009, parte do teto do primeiro andar, revestida de gesso, desabou. Na ocasião, o Tribunal já funcionava no local há cerca de dois anos e, desde a inauguração, os funcionários reclamavam da estrutura do prédio, segundo a então diretora Ruth Barbosa Sampaio. O local é alugado pelo Tribunal. Em 2009, o preço era de R$ 70 mil ao mês.
“Em 2008, na 1ª e 6ª varas do tribunal, os funcionários também já haviam informado que a parede estava rachando. Todos ficaram muito abalados com esse desabamento agora”, afirmou Sampaio, na ocasião.
Na mesma época, um laudo realizado pelo Corpo de Bombeiros atestou que o prédio não possui saída de emergência, mangueiras e água suficiente para conter eventuais incêndios. Ainda de acordo com Ruth Barbosa, na ocasão, o prédio também não tinha exaustores e os três elevadores apresentavam problemas com freqüência, chegando a ficar travados com juízes e visitantes do tribunal dentro por alguns minutos.
“Os dois laudos condenaram a estrutura do prédio e disseram que não era seguro trabalhar aqui”, apontou. A diretora do Tribunal informou que, três semanas antes, funcionários da 7ª Vara de Justiça reclamaram que eles estavam ouvindo ruídos de uma das paredes do local. Ela chegou a receber um e-mail com as reclamações. Os engenheiros do Tribunal detectaram que eram barulhos do prédio ao lado.
Histórico ruim
Um incêndio, em setembro de 2008, destruiu parte do quarto andar do Tribunal Regional do Trabalho do Amazonas (TRT/AM), na rua Visconde de Porto Alegre, bairro Praça 14 de Janeiro, zona Centro-Sul, onde funciona a segunda instância. O laudo apontou um curto-circuito como causa do incêndio.
Na época, a presidente do TRT, Rita de Alencar Alburquerque, informou que o quarto andar, atingido pelo fogo, era onde ficavam o centro de processamento de dados, a administração, o setor de material, patrimônio e serviços gerais. Na ocasião, foram perdidos apenas documentos de processos administrativos internos como prestação de serviço e contas de água e luz.(d24am)

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