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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ministro da Justiça exonera Romeu Tuma Jr.

Brasilia - O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, decidiu nesta segunda-feira (14) exonerar o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr. Na nota, Barreto justifica a exoneração: "Estando fora do cargo que atualmente ocupa, Tuma Jr. poderá melhor promover sua defesa". O ministro, no entanto, destacou "os relevantes trabalhos prestados" pelo secretário enquanto esteve à frente do órgão.
Tuma Jr. é suspeito de ter envolvimento com a máfia chinesa de São Paulo e de tráfico de influência, o que ele nega. Ele responde a três procedimentos apuratórios junto à Comissão de Ética da Presidência da República, junto ao próprio MJ e à Polícia Federal.
Avisado pela imprensa de sua demissão, o secretário nacional de Justiça disse que vai continuar trabalhando até que a sua exoneração seja publicada no Diário Oficial da União, o que deve ocorrer apenas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinar a ordem.
Depois de tirar 30 dias de férias para preparar a defesa à Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Romeu Tuma Jr., havia voltado ao trabalho nesta segunda-feira. Ele interrompeu suas atividades no dia 11 de maio.
O período afastado do trabalho encerrou na sexta-feira e Tuma Jr. não quis perder tempo. “Voltei [ao trabalho] no sábado. Já estou aqui [no gabinete]”, afirmou Tuma Jr. ao G1 mais cedo. Ele também preferiu adotar a cautela sobre a possível demissão: “Vamos ver o que eles decidem lá.”
Reportagens do jornal “Estado de S. Paulo” revelaram gravações telefônicas e e-mails trocados entre Tuma Jr. e o suposto chefe da máfia chinesa de São Paulo, Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li. As gravações foram interceptadas pela Polícia Federal durante investigação sobre contrabando. Paulo Li foi denunciado pelo Ministério Público Federal no fim do ano passado por formação de quadrilha e descaminho (contrabando). Ele está preso.
O secretário reconhece ter amizade com Li, mas nega envolvimento com irregularidades. “É lógico que ele é meu amigo. Agora, que vantagem ele tem de ser meu amigo se ele está preso? Nenhuma. Não tem nada no Código Penal que diga que ter amigo é crime. O que não pode é acobertar atividade ilícita de qualquer um. E isso eu nunca fiz”, afirmou, em entrevista ao G1 no começo do mês passado.
Em outras três reportagens o jornal também revelou gravações em que Tuma Jr. apareceria tentando utilizar o cargo para conseguir liberar supostas mercadorias apreendidas, conseguir a aprovação de um genro em um concurso público e até evitar a apreensão de dólares de uma deputada estadual de São Paulo no aeroporto de Guarulhos.Fonte: G1 - Foto: Agência Brasil

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