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sábado, 12 de junho de 2010

ESTÁ NORMAL A LIBERAÇÃO DE CARGA
NO AEROPORTO EDUARDO GOMES

Manaus - Os problemas de atrasos na liberação de cargas destinadas ao Pólo Industrial de Manaus (PIM), que vinham acontecendo desde maio, foram resolvidos.
 A afirmação é dos superintendentes do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, Rubem Ferreira de Lima, e da seção Regional Noroeste da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Benigno Matias de Almeida.
Segundo eles, o problema foi causado por um erro no repasse de informações das entidades que representam as empresas do ramo, como a Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e o Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus (Sinaees).
Rubem Ferreira Lima explica que as entidades informaram, no dia 3 de maio, que a previsão para o restante daquele mês eram de 124 voos com 4 mil toneladas em insumos para a indústria. Porém, segundo ele, foram registrados 228 voos com 8,6 mil toneladas em cargas – o que corresponde, segundo a Infraero, num aumento de 202,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
650 milhões de dólares em prejuízos
O presidente do Sinaees, Wilson Périco, diz que a informação da Infraero “é mentira”. “Isso é um absurdo e uma irresponsabilidade por parte da Infraero em julgar e culpar as entidades que representam as indústrias como sendo responsáveis pelo repasse de informações sobre o fluxo de importações das empresas”, diz Périco.
Para ele, é dever da Infraero realizar pesquisas para identificar o fluxo para cada período do ano e se preparar para tal. “A Infraero diz que resolveu o problema, mas não é verdade. O fato é que o período de maior fluxo já passou”, diz, referindo-se aos meses que antecederam a Copa do Mundo. “Houve casos de espera de mais de vinte dias até a liberação de produtos, simplesmente porque os produtos ficavam perdidos entre tantas cargas acumuladas”, conta.
Ação na Justiça
A preocupação das empresas agora é com os meses a partir de setembro, que vão anteceder as comemorações de fim de ano. Périco informou que as entidades planejam entrar, ainda na próxima semana, com uma ação conjunta na Justiça Federal contra a Infraero para ressarcir os 650 milhões de dólares (equivalente a R$1,2 bilhão) em prejuízos registrados, segundo eles, desde fevereiro deste ano. O próximo passo, segundo ele, serão as ações judiciais individuais das empresas.
R$ 10 milhões para resolver problema
Durante a coletiva de imprensa, os representantes da Infraero apresentaram números para justificar o problema decorrido no último mês, assim como informações sobre investimentos feitos para resolver a questão. A Infraero diz que investiu R$ 10 milhões no Terminal de Logística de Carga do Aeroporto apenas para agilizar a liberação dos insumos acumulados.
Os investimentos contemplaram, segundo Benigno Matias de Almeida, a contratação de pessoal, compra e aluguel de equipamentos e mudança no regime de trabalho para liberação e entrega de cargas, com fluxo 24h – incluindo sábados, domingos e feriados.
Crise nos portos europeus
Rubem Ferreira argumentou que uma das razões para o “inesperado” aumento do fluxo de cargas registrados no mês de maio foi a crise econômica que também atingiu os portos europeus, o que levou os importadores a recorrer aos voos para adquirir as mercadorias em detrimento dos navios.
“A Infraero não está medindo esforços para que o processo de desembaraço nos terminais de carga seja feito de modo eficaz, mas é preciso que as empresas se colaborem”, afirmou o superintendente da Regional Noroeste da Infraero.(D.Amazonas)

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