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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Amamenta Brasil: Semsa vai dobrar o número de unidades em Manaus

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) se prepara para dobrar o número de unidades de atendimento do município que integram a Rede Amamenta Brasil, ação estratégica implementada pelo Ministério da Saúde e que tem por objetivo ampliar o índice de aleitamento materno no País. Atualmente, dez Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Manaus fazem parte desta rede nacional. No próximo mês de março, a Semsa inicia o processo de capacitação para certificar mais 10 UBS, informou o titular da pasta, Francisco Deodato.
O aleitamento materno é a estratégia isolada que mais previne contra a mortalidade infantil no mundo, além de promover a saúde física, mental e psicológica da criança e da mulher que amamenta. Em 2009, as ações de incentivo ao aleitamento materno adotadas pelas unidades de saúde da Semsa como estratégia de promoção da saúde materno-infantil, renderam ao município duas importantes conquistas.
A primeira delas foi a escolha de Manaus como uma das cinco capitais brasileiras a receber o Prêmio Bíbi Vogel. Concedida pelo Ministério da Saúde, a premiação representa um reconhecimento nacional às experiências municipais de sucesso na implementação de ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. No final do ano, foi a vez da Maternidade Moura Tapajóz ser credenciada como Hospital Amigo da Criança. O título é concedido pelo Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS) e UNICEF, às unidades de saúde que desenvolvem ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento exclusivo. O credenciamento permitirá à maternidade ter um aumento de até 8,5% no valor dos repasses feitos pelo Ministério, referentes aos partos normais e cesáreas realizados naquela unidade.
A Semsa já tem unidades integradas à Rede Amamenta Brasil nos quatro Distritos de Saúde do cidade. Na zona Leste, estão credenciadas as UBS´s Dra. Luiz do Carmo, Dr. José Amazonas Palhano, Geraldo Magela e Maria Leonor Brilhante. Na zona Norte integram a rede as UBS´s Armando Mendes e Augias Gadelha. Na zona Sul, as UBS´s Lourenço Borghi e São Francisco e, na zona Oeste, as UBS´s Ida Mentoni, Deodato de Miranda Leão e Ajuricaba.
A coordenadora da Equipe Técnica do Setor de Saúde da Criança e do Adolescente, Elena Marta Amaral dos Santos, explica que, no período de 22 a 26 de março, 30 profissionais de nível superior que hoje atuam nas UBS´s escolhidas para integrar a Rede Amamenta Brasil, passarão por um treinamento de 40 horas, ministrado por uma equipe de 13 instrutores. Essa equipe inclui nove tutores locais que foram capacitados para as ações da Rede, no ano passado, e três consultores do Ministério da Saúde, doutores na área de Aleitamento Materno.
"Na equipe local de tutores, temos inclusive o pediatra Jefferson Pereira Guilherme e a nutricionista Tânia Batista, ambos dos quadros da Semsa e consultores internacionais em Aleitamento Materno", frisou Elena Marta.
A capacitação marcada para março é o ponto de partida para a futura certificação das Unidades Básicas de Saúde escolhidas para ingressar na Rede Amamenta Brasil. O processo de certificação deve se estender por um ano. Durante a capacitação, explica Elena Marta, instrutores e treinandos irão discutir, por exemplo, a estratégia mais adequada a ser adotada por cada uma das unidades de saúde visando alcançar o objetivo de estimular o aleitamento materno, até que a criança atinja os dois anos de idade e, como forma exclusiva de alimentação do bebê, até os seis meses, conforme preconiza a OMS.
"As estratégias a serem adotadas devem sempre considerar a realidade de cada região onde a unidade funciona. As ações devem procurar alcançar a mãe e toda a família (do futuro bebê) ainda na fase do Pré-natal. Depois disso, já na fase do atendimento na maternidade, fica mais difícil sensibilizar a mãe e a família para a importância do aleitamento", afirma Elena Marta.
A coordenadora observa que a UBS só é credenciada como integrante da Rede Amamenta Brasil após preencher uma série de requisitos, incluindo a capacitação de todos os profissionais que nela atuam e o cumprimento de metas, por meio de atividades que promovam ou protejam o aleitamento materno dentro dos parâmetros definidos pela Organização Mundial de Saúde.
"Para a certificação, a unidade tem de garantir, por exemplo, a participação de no mínimo 80% da sua equipe de profissionais nas ações voltadas para o aleitamento materno. Tem, ainda, de monitorar os indicadores de aleitamento, na sua área de abrangência, utilizando o SISVAM Web, além de implantar um programa de atendimento à mãe e ao bebê, no período de amamentação", salientou a coordenadora. O SISVAM Web é o sistema informatizado da Vigilância Alimentar e Nutricional, para registro de informações do estado nutricional e do consumo alimentar dos usuários do Sistema Único de Saúde.Fonte: Assessoria

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