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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PV define convenção para dia 17 e afirma
que decisão pode não ser homogênea


Do UOL Eleições ,São Paulo
S.Paulo - A direção nacional do PV marcou para o dia 17 de outubro a convenção em que a legenda irá decidir o seu posicionamento para o segundo turno da eleição presidencial. Cerca de 80 delegados, que ainda não foram definidos mas integram a executiva nacional do partido em diversos Estados, terão direito a voto. O encontro será em São Paulo.
Em entrevista aos jornalistas na manhã desta terça-feira (06), o presidente nacional do partido, José Luiz Penna, o presidente da legenda no Rio de Janeiro, Alfredo Sirkis, e o coordenador de campanha nacional do PV, João Paulo Capobianco, deixaram claro que o apoio do partido e o de Marina Silva não precisarão ser o mesmo.
Além disso, os dirigentes avisaram que o PV poderá definir um posicionamento e aqueles que não aderirem à opinião do partido poderão dar apoio ao seu candidato de preferencia, Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB), mas sem usar o material do PV. Como afirmou Sirkis, a decisão, que também pode ser a de não definir apoio a nenhum dos candidatos, não será uma "faca no pescoço de ninguém".
Segundo Penna, a escolha de apoiar a candidata petista Dilma Rousseff ou o tucano José Serra não contraria o discurso da senadora Marina Silva, que em sua campanha no primeiro turno se apresentou como uma terceira via, afirmando que os candidatos Dilma e Serra tinham discurso semelhante. “A própria Marina reconheceu os avanços dos últimos 16 anos”, afirmou ele. “O que nós temos hoje é um conjunto de lideranças que precisa se impor e não vamos jogar no lixo o que foi conquistado”, completou Penna ao destacar “a votação nunca antes esperada nas urnas”.
Questionados sobre o que os adversários precisariam apresentar em seus programas de governo para atrair o apoio da legenda, Penna afirmou que eles “teriam que, primeiro, fazer um”. “O Serra apresentou um discurso, a Dilma apresentou um [programa] e mudou várias vezes”. “Nós vamos apresentar o nosso e eles podem se comprometer com alguns pontos ou não”, disse Sirkis.
Sobre o PV ocupar cargos no próximo governo, Capobianco desconversou: “A questão do partido é programas”, disse ele. “Discussão de novo governo é posterior”, afirmou Sirkis.
Antes da convenção, o PV vai se reunir com vários segmentos da sociedade, entre eles lideranças religiosas. Segundo Sirkis, ao longo dos próximos dias, Marina também irá se encontrar com lideranças que participaram de sua campanha para definir sua posição.

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