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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

MERCADO PREVÊ MANUTENÇÃO DOS JUROS

Brasilia - O mercado melhora projeção para o PIB em 2009 e 2010 Mercado prevê aumento maior dos juros no ano que vem Mercado prevê inflação maior e juros mais altos em 2010 Após quase 6 meses, mercado deixa de prever queda do PIB neste ano Mercado prevê queda menor do PIB neste ano, mas vê inflação em alta em 2010 Mercado melhora estimativa para o PIB de 2009, mas ainda vê retração Mercado mantém previsão de que BC interromperá ciclo de cortes de juros
O mercado financeiro manteve a previsão de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne nesta terça e quarta-feiras (20 e 21), deve manter a taxa básica de juros da economia brasileira inalterada em 8,75% ao ano. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (19) por meio do relatório de mercado, também conhecido como focus, fruto de pesquisa com analistas do mercado financeiro.
Se confirmada a expectativa, será a segunda manutenção seguida dos juros básicos da economia brasileira, após cinco cortes consecutivos promovidos pela autoridade monetária. Mesmo assim, em 8,75% ao ano, a taxa Selic seguiria no seu menor patamar da história.
O mercado passou a prever, porém, um aumento maior do juros no próximo ano, visto que a estimativa para a taxa Selic no fim de 2010 passou de 10,25% para 10,50% ao ano. Foi a quarta semana consecutiva de aumento na projeção do mercado financeiro para a taxa de juros no fim do ano que vem.

Trajetória dos juros

A expectativa dos analistas é de que os juros sejam mantidos em 8,75% ao ano, pelo menos, até julho de 2010, quando avançariam para 9,25% ao ano. Em agosto do ano que vem, segundo a previsão do mercado, a taxa Selic subiria para 9,50% ao ano, e, em setembro, passaria para 9,75% ao ano. Já em outubro de 2010, a taxa de juros, ainda segundo os analistas do mercado financeiro, seria elevada para 10,25% ao ano e, em dezembro, para 10,50% ao ano.
A perspectiva de aumentos de juros maiores em 2010 passou a acontecer após a divulgação do relatório de inflação do terceiro trimestre pelo BC, ocorrida no fim de setembro. No documento, a autoridade monetária prevê um aumento da inflação em 2010 e 2011, impulsionado pelos gastos públicos.

Inflação

No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC calibra a taxa básica de juros para atingir metas pré-determinadas. Para 2009, 2010 e 2011, a meta central é de 4,50%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,50% e 6,50% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Segundo a pesquisa feita pelo BC com os economistas do mercado financeiro, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 4,29% para 4,30%. Para 2010, a expectativa do mercado para o IPCA avançou de 4,40% para 4,41% na semana passada.

PIB

O mercado financeiro melhorou, na última semana, a sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Na semana passada, passou a prever um crescimento de 0,12%, contra uma projeção anterior de um crescimento de 0,10%.
A melhora nas expectativas do mercado, que, por seis meses, acreditou em queda do PIB em 2009, acontece depois de o IBGE ter informado que o PIB do segundo trimestre deste ano cresceu 1,9% na comparação com os três primeiros meses de 2009, o que tirou a economia brasileira da chamada "recessão técnica.
Para o Produto Interrno Bruto (PIB) de 2010, a projeção do mercado financeiro permaneceu em 4,8% de crescimento. Este número é maior do que a estimativa que consta na proposta de orçamento federal para o ano que vem (de crescimento de 4,5%).

Taxa de câmbio

Na semana passada, dado que foi informado nesta segunda-feira (19), a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2009 caiu de R$ 1,76 para R$ 1,70 por dólar. Para o fim de 2010, a previsão recuou de R$ 1,80 para R$ 1,75 por dólar.
Já a projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2009 caiu de US$ 25,8 bilhões para US$ 25,6 bilhões.
Em 2008, a balança comercial teve superávit de US$ 24,7 bilhões, com forte queda de 38,2% frente ao ano de 2007, quando o resultado positivo somou US$ 40 bilhões. Para 2010, a previsão do mercado financeiro para o saldo da balança comercial recuou de US$ 17,3 bilhões para US$ 16,5 bilhões de resultado positivo.
No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado financeiro para o ingresso de 2009 ficou estável em US$ 25 bilhões na última semana. Para 2010, a projeção de entrada de investimentos no Brasil subiu de US$ 31 bilhões para US$ 32 bilhões.(G-1)

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