Mortalidade materna
cai 50%no Brasil
Brasilia - A taxa de mortalidade materna caiu quase 50% no Brasil, de 140 mortes para cada cem mil nascidos vivos em 1990 para 75 óbitos para cada cem mil nascidos vivos em 2008, segundo relatório do Ministério da Saúde. O número, contudo, ficou quase quatro vezes acima do índice aceito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 20 mortes por cem mil.
De acordo com o ministério, a taxa de mortalidade materna no país recuou porque há um número maior de partos assistidos por profissionais de saúde qualificados e de gestantes que realizam pré-natal, cuja cobertura pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cresceu 1.904%, entre 1994 e 2009. O aumento no uso de contraceptivos, que reduz as gestações indesejadas e mortes por aborto, também contribuiu para a redução da taxa, segundo apurou a Agência Brasil.
Apesar disso, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reconheceu que não será fácil cumprir a meta do milênio que estabelece queda de 75% na razão de mortes maternas até 2015, especialmente porque, no Nordeste, em alguns Estados, a taxa aumentou. É o caso de Maranhão, Piauí, Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Bahia. As exceções foram o Ceará — queda de cem mortes em 1990 para 63 em 2008 -, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Em 2008, a região Nordeste registrou 543 mortes maternas, ante 189 na região Sul. "A morte materna no Brasil mantém a mesma lógica de equidade do desenvolvimento industrial, acesso a emprego, renda e escolaridade. Por isso encontramos índices maiores no Nordeste e na Amazônia Legal", explicou Adson França, assessor especial do ministro da Saúde.
A principal causa de morte materna no país é a hipertensão, seguida por hemorragia, infecção puerperal, aborto e doenças do aparelho circulatório que sofrem complicações em razão da gravidez.(Fonte: M. Saúde)

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