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sábado, 22 de maio de 2010

O PERIGO É COMPANHEIRO
DE VIAGEM NOS A JATOS

Manaus - O repórter viajou a trabalho para a cidade de Anori, na calha do Solimões e sentiu de perto o sofrimento e a falta de segurança que sofrem os passageiros nos chamados “barcos a jato” que navegam diariamente pelos nossos rios, transportando passageiros para quase todos os municípios do Estado.

Parti no Expresso Semeador Pinheiro, do porto de Manacapuru, onde eu e mais dois companheiros de trabalhos compramos as passagens com bem antecedência e ainda assim, quando embarcamos, o barco estava lotado, proveniente de Manaus, simplesmente não tínhamos aonde sentar e fomos acomodados em cadeiras de plástico, essas que se usa costumeiramente nos bares da vida.

Por solidariedade de uma passageira, que saltou em Anamã, pude viajar sentado em uma poltrona, que era ocupada pela sua filha, a pequena Natália, de cinco ou seis anos, que passou a viajar no seu colo, sem que o comando da lancha tomasse qualquer providência.

Próximo a sala de máquina, onde existe um barulho ensurdecedor, mais de dez passageiros viajavam senados nas tais cadeiras de bar, isso sem contar os que estavam em pé nos corredores ou sentados na popa da embarcação, onde ficam localizados os tambores de combustíveis.

Protestei, mas não houve jeito e como precisava viajar, pois tinha uma reunião de trabalho marcado e sem poder adiá-la, eu e meus companheiros nos sujeitamos a esse desconforto e risco de vida, pagando o preço da passagem rigorosamente integral.

Cheguei a pensar que aquela situação não era uma coisa comum, mas tive a comprovação do contrário no retorno da cidade de Anori, onde mais uma vez a superlotação acontceu, com passagens sendo vendidas abertamente e sem nenhum controle, mesmo estando no barco dizerem bem legíveis, apostando que a lotação é de apenas 56 passageiros.

O mais grave na volta, foi quando a lancha parou ao largo da cidade de Anamã e recebeu de outra lancha um grande número de passageiros, fazendo com que arriscadamente, muitos viajassem em cima do toldo, sem que o comando da embarcação esboçasse qualquer tipo de preocupação.

Escrevo esta matéria, até por uma questão de cidadania, chamando a atenção para as autoridades do setor, especialmente para a Capitania dos Portos, para que ajam com mais rigor na fiscalização desse tipo de transporte regional, a fim de evitar graves acidentes nos nossos rios, ceifando vidas, que pagam para viajar e por isso, deveriam ter no mínimo respeito e segurança durante as longas e cansativas viagens fluviais.

Através deste texto, estou cumprindo com o meu dever de jornalista e cidadão, denunciando essa irregularidade que ocorrem diariamente nos nossos rios. Nessa viagem, pude comprovar que o perigo navega nos a jatos em companhia dos passageiros, em face de superlotação nessas embarcações, especialmente no caso do Expresso Semeador Pinheiro, saindo de Manaus com escalas em Manacapuru, Anamã e Anori e vice-versa. (Fonte: Osny Araújo)



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