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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Segurança nos estádios
Novo Estatuto do Torcedor prevê prisão
 de até dois anos para agressores

Brasilia - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira (27) a lei que torna mais rigoroso o Estatuto do Torcedor e prevê a criminalização dos atos de violência nos estádios de futebol. A nova legislação estabelece multa, banimento ou prisão de até dois anos para o torcedor que invadir o campo ou praticar agressões num raio de cinco quilômetros dos estádios. A pena se aplica também a quem portar “instrumentos que possam servir para a prática de violência”.
De acordo com o ministro do Esporte, Orlando Silva, atualmente se a polícia flagra objetos perigosos, os instrumentos são apreendidos e os torcedores liberados. "Com a lei, o torcedor é impedido de entrar no estádio e pode sofrer outras penalidades", disse. As regras passam a valer a partir de amanhã, quando forem publicadas no Diário Oficial.
Senado aprova modificações no Estatuto do TorcedorLula envia ao Congresso projeto que muda estatuto do torcedorGoverno propõe cadeia para cambistas e torcedores que promovem tumultoO novo estatuto também determina multa e pena de dois a seis anos de prisão para juízes que manipularem o resultado dos jogos. Já os cambistas, serão punidos com até quatro anos de prisão, além de multa. "Hoje não há punição definida para venda de ingressos com sobrepreço. [Com a lei] pode ser punido quem vendeu e quem facilitou a distribuição irregular do ingresso", afirmou o ministro. Segundo ele, "nem venda de ingresso do amigo que não pode comparecer ao jogo será permitida".
A norma sancionada nesta segunda-feira exige ainda o cadastramento dos membros de torcidas organizadas. Com isso, as entidades passam a responder judicialmente pelos danos provocados por qualquer um dos seus associados nos locais de evento esportivo, nas suas proximidades ou mesmo no caminho para o estádio.
A torcida organizada que provocar tumulto será proibida de comparecer aos jogos de futebol por até três anos. Além disso, os estádios com mais de dez mil lugares terão que desenvolver uma central técnica de informações. Será exigida ainda infraestrutura de monitoramento por imagem do público presente ao jogo e das catracas de acesso ao estádio.
A emissão de ingressos e o acesso para jogos da primeira e segunda divisão do Campeonato Brasileiro e nas partidas finais de competições eliminatórias deverão ser realizados por meio de sistema eletrônico. De acordo com a nova lei, o objetivo é facilitar a “fiscalização e o controle da quantidade de público e do movimento financeiro da partida”.
O texto proíbe também a entrada de torcedores com bandeiras e símbolos com mensagens ofensivas, bebidas e substâncias proibidas ou suscetíveis de incitar a violência e fogos de artifício. A lei veda ainda a entoação de cânticos discriminatórios, xenófobos ou racistas.
Segundo o ministro do Esporte, o novo Estatuto do Torcedor tem por objetivo estimular um ambiente “mais pacífico” nos estádios de futebol. “[A meta é] estimular que as pessoas celebrem nos estádios, torçam, comemorem, e não contribuam para atividades anti-sociais e violentas”, afirmou. Orlando Silva disse ainda que o Ministério da Justiça, estuda formas para melhorar o policiamento nos estádios. "A polícia tem que estar preparada, usar armas não letais ter pessoas treinadas para lidar com a multidão", defendeu.
Para o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, as novas regras ajudarão o Brasil a se preparar para a Copa do Mundo de 2014, que será sediada no país. “O estatuto cria um ambiente melhor para a preparação do mundial de 2014”, disse.







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