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terça-feira, 27 de julho de 2010

 Na era digital e receberá
apenas recursos eletrônicos


Brasilia - Com a mudança, o tempo de processo deve cair para dois dias. Com menos papelada, Justiça mais rápida. É o que todos esperamos.
Para tentar se livrar de um problema de décadas - a demora dos processos, velha conhecida dos brasileiros -, a Justiça quer acabar com um volume astronômico de papéis. A partir da semana que vem, o Tribunal Superior do Trabalho vai receber apenas recursos eletrônicos.
Vai entrar, finalmente, e tomara que definitivamente na era digital. Até dezembro o tribunal pretende acabar de vez com os processos em papel. Ainda bem, porque hoje um processo leva até seis meses para chegar às mãos de um ministro. Prazo que, com a mudança, deve cair para dois dias. Com menos papelada, Justiça mais rápida. É o que todos esperamos.
Quase 23 anos esperando. Os 180 clientes do advogado José Alberto Maciel já ganharam a ação coletiva na Justiça. Mas até agora, “a ação começou em 1985, nem lembro mais. Dois advogados e 50 empregados já morreram”, conta.
A lentidão da Justiça tem vários motivos. Um deles é que os processos são de papel. Só no Tribunal Superior do Trabalho, 173 mil processos aguardam julgamento. Mil novos processos por dia. Quando chegam, têm que ser conferidos, copiados, encadernados...
“Muitos processos nos gabinetes. Há papel em todo lugar”, atesta a técnica do Judiciário Isabel Soares Porto.
Essa papelada vai acabar. A partir de 2 de agosto, o tribunal só vai receber recursos eletrônicos, pelo computador. Hoje, quando um processo sai de um tribunal regional para ser julgado em Brasília, passa pelas mãos de muita gente. Vai pelos Correios, de caminhão. Só no transporte pode demorar seis meses. Com o processo eletrônico, o tempo deve cair para dois dias.
Os processos antigos estão sendo digitalizados. Os arquivos eletrônicos vão ficar em uma sala-cofre, protegidos contra incêndios e inundações. Não vai ser preciso gastar com transportes, máquinas copiadoras e funcionários terceirizados para carregar os papéis.
“A economia vai ser fantástica”, calcula o presidente do TST Milton de Moura França.
Dinheiro usado até para a manutenção dos carrinhos de mão que nós vimos na reportagem. Usados para levar a papelada de um lado para o outro.





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