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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Lula assina pacote para
agilizar obras da Copa


Brasilia - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira uma Medida Provisória (MP) com o objetivo de agilizar as obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Além de alterar as normas de endividamento das cidades-sede do Mundial, uma fila exclusiva para acesso a linhas de crédito no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será criada para os projetos envolvendo os eventos.
"Outro dia eu ouvi um comentário de alguém dizendo que já perdemos dois anos e oito meses desde que a Copa foi para o Brasil. A insensatez leva as pessoas a esquecerem que tem um ritual", afirmou o presidente. "Entre decidir a Copa e as cidades (sedes) serem escolhidas demorou praticamente um ano e meio. As cidades tiveram que fazer projetos, depois refazer projetos. As pessoas ficam querendo que a gente coma o mingau antes de ele estar pronto", acrescentou Lula.
O presidente também destacou a importância da norma para as cidades que, em princípio, não teriam condições de adquirir um endividamento de grande vulto.
"Nessa MP nós estabelecemos um caráter excepcional para as cidades da Copa do Mundo no que diz respeito aos limites do endividamento", disse Lula. "O que acontece é que algumas cidades não têm condições de pegar R$ 10 emprestados. Nós estamos criando uma excepcionalidade para que as cidades que vão sediar a Copa do Mundo possam aumentar sua capacidade de endividamento para que possam fazer parte das obras", afirmou Lula, que lembrou que uma iniciativa como essa fez falta nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007.
"A gente não conseguiu fazer esse pacto (no Pan). E o que aconteceu é que estava previsto para o governo federal investir R$ 400 ou R$ 600 milhões e acabamos colocando R$ 2 bilhões", afirmou Lula, que acrescentou que o valor deixou de ser investido pelas autoridades municipais e estaduais, e que o Executivo Federal teve de agir, pois o nome do País estava em jogo.
De acordo com o presidente, tanto para a Copa do Mundo de 2014 como para a Olimpíada de 2016 "cada centavo que o governo gastar qualquer brasileiro poderá acompanhar no portal da transparência da Controladoria Geral da República".
Lula também abordou a questão da construção dos estádios de futebol para o próximo Mundial. Em relação à longa discussão acerca da participação de São Paulo no evento, o presidente afirmou que está disposto a cooperar para que uma solução seja encontrada.
"Todo mundo sabe que os estádios de futebol serão da responsabilidade dos clubes. Eu sinceramente não consigo imaginar uma Copa do Mundo no Brasil sem ter São Paulo", afirmou Lula. "Estou disposto a entrar nessa conversa. Acho que o governador já deveria ter chamado todo mundo para conversar. O tempo urge", acrescentou Lula, destacando que mesmo os seis anos que restam até os Jogos Olímpicos passarão rapidamente.
O presidente ainda disse que fará o que for necessário no tempo que resta de sua gestão para encaminhar a realização de ambos os eventos esportivos que serão realizados no País.
O Governador do Amazonas Omar Aziz e o prefeito de Manaus, uma das sub-sédes da Copa, Amazonino Mendes, prestigiaram o ato.

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