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domingo, 25 de julho de 2010

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Manaquiri  inaugurou o 1º  Centro
de Tempo Integral  no interior

Manaquiri, AM - A Prefeitura de Manaquiri,distante 60 km da capital por rodovia, inauguroiu ontem um moderno Centrop Educacional de Tempo Integral, investimento de R$ 1,5 milhões. Esse é oprimeiro Centro de Educação Municipal em todo o interior, segundo afirmou o prefeito Jair Souto.
De acordo  Souto, o projeto de criação faz parte de um estudo de mais de seis anos onde primeiro foram feitos testes em escolas das zonas rurais de Manaquiri, visitas a cidades de outros Estados do Brasil e até em cidades da Argentina, Espanha e Estados Unidos, atrás do modelo ideal.
O Cemti Professor Domingos Vasques terá capacidade para atender 770 alunos e será voltado para o ensino fundamental. Conta com 21 salas de aula, além de laboratórios de informática com acesso à Internet, laboratório de ciências, biblioteca, sala de apoio pedagógico e 17 professores dedicados. Está prevista para 2011 a construção de um centro para o ensino médio com capacidade para 900 alunos.
Além do novo Cemti, Manaquiri possui 13 escolas nas zonas rurais, uma escola na sede do município, e mais uma sendo adaptada para o ensino infantil, todas na modalidade de ensino integral. Em regime tradicional de ensino, o município conta com 19 escolas nas zonas rurais. Segundo o prefeito, o município tem 4,500 mil alunos estudando no ensino da modalidade integral.
“Em 2004 tínhamos um índice de 29% de evasão escolar. Nós já avançamos tanto que hoje a evasão está em 8,5%, e nós só conseguiremos melhorar mais com a aplicação do modelo integral em todas as escolas. Nos últimos dois anos a prefeitura investiu mais de R$ 1 milhão em formação profissional dos professores”, explicou.
Com um orçamento previsto de R$ 23 milhões para o próximo ano, a prefeitura pretende investir pelo menos R$ 12 milhões em educação. Um novo concurso público será aberto para a contratação de funcionários para a educação municipal.
Investimento no interior e para o interior
Jair Souto também é presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM) e disse que está marcado para a próxima segunda-feira (26) uma reunião entre os prefeitos da Associação.
Em discussão a apresentação do modelo implantando de educação integral e o projeto da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (REDE SIM), em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-AM).
Segundo Souto, a ideia é “municipalizar o que for possível” e formalizar o maior número possível de “empreendedores individuais” do próprio município, de forma que eles se tornem os fornecedores principais da prefeitura de cada localidade.
“A agricultura familiar é muito importante nesse processo, e as parcerias, como a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) que nos doou todo o feijão usado nas escolas, são ações necessárias. Assim a prefeitura gera a demanda necessária e já cadastramos quase 200 empreendedores individuais. Por isso construímos uma cozinha industrial para abastecer todas as escolas da sede, e cada escola do interior tem sua própria cozinha e seus fornecedores”, explicou.
A Rede Sim visa simplificar a vida desses empreendedores agilizando a abertura e criação da empresa em até 48h, ou no máximo em cinco dias. No Estado a abertura de uma empresa leva em média 75 dias, na capital, e no interior pode chegar à seis meses de espera.
“Sem os órgãos competentes, sem a JUCEA (Junta Comercial do Estado do Amazonas) no interior fica difícil para o empreendedor formalizar seu negócio. Nós vamos sugerir a criação de uma página online onde o empreendedor poderá agilizar a criação de sua empresa”, explicou Jair.
Programa Mais Educação
Jair Souto criticou os critérios utilizados pelo Governo Federal para o ingresso dos municípios no “Programa Mais Educação” de educação integral. Disse ele que não condena o programa, uma vez que concorda que o futuro da educação deve “passar pela educação integral e continuada e que o modelo tradicional de educação está falido”, porém fica difícil para os municípios se enquadrarem nos parâmetros de seleção.
Para fazer parte do programa, o município precisa atender a pelo menos uma das alternativas propostas pelo governo federal: ser capital, ter mais de 163 mil habitantes ou fazer parte de uma região. No caso de Manaquiri, ela se enquadra na última modalidade, porém ainda não faz parte do programa. Hoje a cidade recebe do governo federal R$ 0,30 por dia para cada aluno matriculado e se fizesse parte do “Programa Mais Educação”, receberia R$ 0,90.
“No Brasil se desenha a política pública do macro e tenta-se aplicar na realidade local. Não tem como isso funcionar, você imagina algo que dê certo no extremo sul do país e tenha a mesma aplicação no extremo norte, por exemplo. Hoje existem mais de 4,600 prefeituras fora do programa federal por terem menos de 50 mil habitantes”’, disse Jair.
Para o prefeito, Manaquiri será o “piloto” de um modelo de educação para os demais municípios do Brasil. “Nós nos oferecemos ao Ministério da Educação para sermos o modelo desse novo projeto de educação e assim tentar sensibilizar o governo federal para amenizar as condições exigentes do Programa Mais Educação, de forma a outros municípios passem a integra-lo. Manaquiri, por esforço próprio tenta mostrar que é possível fazer um projeto desses”, disse.(Assesoria)

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