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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

REBELIÃO EM PRESÍDIO EM MANAUS 
JÁ PROVOCOU QUATRO MORTES

Amazonianarede.com.br
Manaus, AM - O secretário de Estado de Justiça do Amazonas, Carlos Lélio Lauria, descartou uma invasão do Batalhão de Choque da Polícia Militar na cadeia pública Vidal Pessoa, onde presos lideram uma rebelião nesta quarta-feira (10). Segundo Lauria, a tomada do presídio iria colocar em risco a vida dos seis reféns (três agentes penitenciários e três estagiários) que estão em poder dos presos.
A rebelião começou por volta das 11h (13h no horário de Brasília) e quatro mortes, todas de detentos, já foram confirmadas. O conflito começou depois que presos do raio B invadiriam o raio C. Informações extra-oficiais dão conta de os mortos seriam chefes do tráfico de drogas da periferia de Manaus.
A cadeia pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa foi construída entre os anos de 1904 e 1906, quando foi concluída. É dividida em quatro raios (A, B, C e D) e tem capacidade para 104 presos. Atualmente, a cadeia abriga 828 detentos. Há mais de três anos, o governo do Estado promete desativar a unidade que fica no centro de Manaus, o que só deverá acontecer nos próximos meses, com a inauguração de um novo presídio nas imediações da capital amazonense.
O secretário disse que vem mantendo contato com os policiais do gabinete de gerenciamento de crises que estão negociando com os detentos. “Nós temos que preservar a vida dos reféns. Além disso, a pauta de reivindicações deles não apresenta nada de impraticável”, afirma.
Lauria informou que os presos enviaram uma carta aos negociadores com algumas reivindicações, entre elas o andamento de processos que se encontram parados e a troca do atual diretor do presídio. “Normalmente quando uma nova direção começa a aumentar o controle sobre a entrada de drogas em uma cadeia, os presos reclamam.”
O secretário disse não acreditar que haja conexão entre as rebeliões de Manaus e de São Luis (MA), onde 18 pessoas morreram ontem. “Acho difícil haver essa relação. O que está claro é que havia uma rivalidade entre detentos de raios diferentes. As motivações, aparentemente, são diferentes”, afirmou.



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