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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

INDIOS ACUSADOS DE INVASÃO DEIXAM A PRISÃO

Manaus - Os sete índios das etnias Mura, Apurinã e Kokama que estavam presos na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus por invadirem o prédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), na última sexta-feira (18), foram libertados por volta das 23h da noite de ontem (21).
Segundo a Polícia Federal (PF), eles invadiram a sede do órgão juntamente com outros 30 índios para reivindicar passagens de volta para suas aldeias. O cacique Raimundo Mura discorda do termo ‘invasão’ e explicou na manhã desta terça-feira (22) que eles queriam apenas falar com o coordenador regional da Funasa, Worney Amoedo Cardoso, não foram recebidos e acabaram sendo confundidos com invasores e presos pela PF.
- Quando chegaram à Funasa, não passaram da recepção. Eles só queriam ser recebidos pelo Amoedo e explicar a situação que estavam enfrentando. Ele não entendeu e a chamou a Polícia – disse.
Ao todo 15 indígenas foram detidos. Apenas sete foram presos em flagrante pelos crimes de invasão, cárcere privado, danos à propriedade federal e formação de quadrilha. Mulheres e crianças que também participaram da invasão foram liberados.
De acordo com o cacique Raimundo Mura, após serem libertados os índios disseram que não sofreram maus tratos na cadeia pública e que queriam apenas ver seus familiares. Eles informaram que a coletiva de imprensa marcada para ocorrer às 10h de hoje, na sede da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) está mantida.
Segundo Raimundo Mura, os índios querem apresentar a versão deles sobre o ocorrido. Ele antecipou que todos os setes índios presos reclamaram da ‘postura rígida’ adotada pela PF no momento da prisão e devem dar mais detalhes na coletiva.
A Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) enviou nota à imprensa no último sábado esclarecendo a invasão. Segundo a Seind, os indígenas não foram convidados oficialmente a participar do Fórum Amazonas Indígena (Forind), que ocorreu entre os dias 30 de novembro e 6 de dezembro em Manaus e eles já estavam com os bilhetes das passagens em mãos para ir embora, contrariando o motivo alegado na invasão.(P.Amazonia)

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