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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Alecrim acredita que Padilha
será bom ministro para a região

A posse do médico infectologista Alexandre Padilha (D) como ministro da Saúde está sendo comemorada pelo secretário Wilson Alecrim, (E). Padilha conhece a Amazônia. Já foi diretor nacional de saúde indígena da Funasa e, entre outros projetos desenvolvidos na região, assina com Alecrim e outros cientistas da Fundação de Medicina Tropical, um dos mais importantes trabalhos sobre malária na Amazônia, com reconhecimento internacional, e que resultou na mudança do tratamento da doença Brasil e no mundo, depois de 2006.
Wilson Alecrim participou da cerimônia de transmissão do cargo de ministro, às 15 horas de ontem em Brasília, com a esperança de que o Amazonas tenha o olhar diferenciado que merece por suas peculiaridades, o que inclui as grandes distâncias e as dificuldades de acesso às populações do interior, fatores que exigem projetos e recursos diferenciados. “Por conhecer de perto a região acreditamos que, como ministro, Alexandre Padilha ajude na solução de questões que são próprias do Estado”.
Infectologista, Alexandre Padilha é co-autor do estudo que apontou o sucesso da mudança de tratamento da malária causada pelo plasmodium falciparum na região amazônica brasileira. O trabalho foi coordenado pela pesquisadora Graça Alecrim, da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, com participação dos pesquisadores Marcus Lacerda, Maria Paula Mourão e Wilson Alecrim, também da FMT, e de três pesquisadores da Universidade de São Paulo, incluindo Padilha, Bernardo Cardoso e Marcos Boulos, com atuação Centro Avançado de Medicina Tropical, no Pará. O trabalho foi publicado em 2006 na revista científica The American Society of Tropical Medicine and Hygiene. “O conhecimento da realidade amazônica será fundamental para que o Ministério da Saúde compreenda as demandas específicas da região”, acredita Alecrim.
O secretário cita como exemplo a necessidade de uma nova lógica para a Estratégia Saúde da Família, mecanismos de comunicação mais eficientes e ágeis no campo do diagnóstico para municípios e comunidades onde não é possível manter especialistas e, principalmente, aumento dos recursos do SUS para os procedimentos de Média Complexidade. “Apesar de ser o estado brasileiro que mais investe proporcionalmente em saúde, o Amazonas é um dos que recebe menos recursos federais”. Per capita, o Estado recebeu, em 2010, R$ 122,02 para ações de média complexidade (MAC), enquanto outros estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul receberam valores muito superiores – R$ 160, R$ 178 e R$ 190, respectivamente. “Precisamos corrigir distorções como essas e garantir na prática condições de igualdade para a execução das políticas do SUS na Amazônia”.



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