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sábado, 13 de agosto de 2011

POSTO COBIÇADO
                                                                       
                                                                            Osny Araújo*

Para enfrentar melhor o forte calor e a baixa umidade relativa do ar que assolam Manaus, resolvi juntar alguns amigos entre médicos, advogados, engenheiros, empresários e colegas jornalistas para uma rodada de cerveja num barzinho. Vocês sabem como é, nessas horas, entre um cole e outro, com um bom tira-gosto, o papo muito eclético.

Começamos por querer tomar o lugar de Mano Meneses como técnico da Seleção brasileira de futebol, passamos para os escândalos de corrupção que vem colocando em seque o Governo da presidente Dilma e aí chegamos uma conclusão. Entendemos que apesar dos pesares a corrupção no país vem diminuindo, o que vem aumentando é a vigilância da imprensa investigativa, as ações firmes dos Tribunais de Contas e a vigilância da própria sociedade. Devido a isso, os casos de corrupção surgem com mais intensidade que no passado.

Conversamos sobre o meio-ambiente, a anulação do tombamento do Encontro das Águas, monumento natural em frente a Manaus, quando os rios Negro e Solimões correm lado a lado sem se misturar, enveredamos pelo caótico trânsito de Manaus, uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, sobre a questão das feiras imundas de Manaus, que o prefeito Amazonino Mendes está tentando colocar ordem e fizemos muitas críticas e oferecemos sugestões para limpar o centro de Manaus do incômodo dos camelôs.

O papo ficava cada vez melhor e foi após discutirmos todos esses assuntos já citados, chegamos finalmente no prato do dia, o preferido em grupos como o nosso nas mesas dos bares - política.

Todos concordaram que a vida de político não é nada fácil, especialmente se o cidadão for um político de ponta. Aí, o sossegado acaba e as filas de pedintes são formadas todos os dias no gabinete, em frente a sua residência e por ele passa. Os pedidos são os mais variados e impensáveis e o cabra não deve dizer na, pelo menos ele tem que dar esperança aos pedintes, como por exemplo, “vamos resolver isso depois como mais calma, etc”.

A discussão com muitos apartes e até pedidos de ordem, o papo prolongou em torno da política e das análises da vida chata e difícil desses cidadãos e apesar disso, a briga é feia para ser presidente da República, governador do Estado e prefeitos e olha que os salários não são grandes coisas. Ah, mas tem as mordomias, é verdade. Ma será que vale a o sacrifício, até de ficar sem liberdade e ser prisioneira da própria política, vigiado pelos eleitores e pelos legislativos e pelos tribunais? Essa turma acha que sim. Tudo vale à pena.

Ficamos intrigados com as conclusões que íamos chegando e alguém da mesa bradou. “Será que eles fazem isso realmente pela vontade de trabalhar pelo País, Estado ou município? Ser a que realmente é pensando na melhoria da qualidade de vida do povo? Todo mundo fez boca de siri e ninguém se manifestou, a não ser um membro da mesa que sugeriu que procurasse uma dessas madames que jogam búzios ou cartas para nos dar a resposta. Claro que não topamos a proposta e não chegamos a nenhuma conclusão.

Já a caminho de casa, guiando o meu carro nessa beleza do trânsito da cidade, pensava com os meus botões sobre a conversa do bar com os amigos.

Também não cheguei a nenhuma conclusão nesse caminho, apenas pude pensar que por razões que desconheço esses postos, como por exemplo, o de prefeito de Manaus deve mesmo ser muito atraente. Qual será a razão? Não sei.

O que sei, é que tem muita gente querendo o cargo, mesmo sabendo que a moeda tem duas caras. Uns em condições de governar Manaus, outros apenas pelo fato de se dizer candidatos.

Entre os mais influentes nomes influentes que estão arquitetando candidaturas para a Prefeitura da nossa capital, existem nomes como Arthur Neto, Francisco Praciano, Rebeca Garcia, Henrique Oliveira, Pauderney Avelino, Hissa Abrahão, Eduardo Braga, entre outros nomes fortes, além de um punhado de candidatos dos chamados `partidos nanicos`, tipo Herbert Amazonas que é candidato de cadeira cativa em todos os pleitos, seja para que cargo for.

Ao que parece, não posso afirmar, o prefeito Amazonino Mendes não estaria disposto a disputar a reeleição, mas certamente não ficará de forma alguma alheio ao processo. Mas como em política tudo é possível, vamos aguardar.

Feliz Dia dos Pais, ao meu saudoso Clovis Araújo, a minha eterna saudade. (Com postagem simultânea nos Sites Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e Blog Jornalismo Eclético.


Emil: osnyaraujo@bol.com.br
*Osny Araújo é jornalista e analista político.

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