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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Amazonas registra queda no
 número de casos de malária


Manaus – O Amazonas registrou nos cinco primeiros meses deste ano, queda de 12,1% no número de casos de malária em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), divulgados no Sistema de Informações Governamentais do Amazonas (e-Siga), foram 31.335 neste período em 2010 e 35.636 em 2009.
Enquanto a incidência da doença diminuiu no Estado, o número cresceu na capital amazonense. De janeiro a maio deste ano, foram registrados 7.314 casos. O aumento foi de 45% em relação ao mesmo período do ano passado, que registrou 5.044 ocorrências da doença.
No primeiro trimestre deste ano, o registro de malária em Manaus subiu de 6.135 para 6.707. Já a partir do mês de abril, o número diminuiu até atingir 5.944, em maio. Segundo balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), em junho deste ano foram confirmados 1.374 casos da doença na capital, contra 1.995 registrados no mesmo mês de 2009, uma queda de 31,1%. Cerca de 74% dos casos ocorreram na zona Oeste.
Segundo o diretor-presidente da FVS, Bernardino Albuquerque, o aumento dos casos na capital ocorreu dentro das áreas de expansão da cidade. Ele explicou que as invasões levam moradores para áreas muito próximas de igarapés, local onde se encontram os mosquitos transmissores da doença.
Outro município que registrou aumento da malária, de acordo com os dados divulgados no e-Siga, foi Rio Preto da Eva, localizado a 80 quilômetros de Manaus. Nos cinco primeiros meses do ano passado, foram 439 casos. O número saltou para 847 neste ano, com aumento de quase 93%.
No interior do Estado, outros municípios tiveram queda no número de casos da doença. Em Careiro, a 20 quilômetros da capital, a queda foi de cerca de 50%. De janeiro a maio de 2009, foram 811 registros da doença e em 2010, 404 casos. No mesmo período, em 2009 o município de Presidente Figueiredo, a 107 quilômetros de Manaus, registrou 476 casos e 400 neste ano. O número diminuiu 16%.
Malária na gravidez
Uma pesquisa realizada na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMTAM) revelou que quase 21% das grávidas que contraem malária são infectadas pelo Plasmodium falciparu, o protozoário que transmite a forma mais perigosa da doença. O projeto foi coordenado pela doutora em Medicina Tropical, Flor Ernestina Martinez-Espinosa, da FMTAM.
Durante quatro anos, a pesquisa identificou 535 casos de malárias em grávidas na Fundação. Em 78,69% dos casos, a doença foi causada pelo P. Vivaxe, que geralmente não causa doença mortal e é mais comum.

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