DOCUMENTÁRIO GLOBAL TENDENCIOSO
*Osny Araújo
Nada contra os irmãos do Acre, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins etc,.mas, não posso concordar com o documentário tendencioso que a poderosa Rede Globo de Televisão está exibindo sobre a Amazônia, onde me parece, com uma forte tendência de denegrir a imagem não apenas da região, mas, especialmente de Manaus e do Amazonas.
No documentário que está sendo exibido no Jornal Nacional sobre a Amazônia, ontem foi à vez do aparecimento na telinha das capitais da Amazônia e foi exatamente aí, a maior falha da toda poderosa Globo, que sem critérios e conhecimento de causa, produziu o documentário de forma irresponsável e maldoso para com o Estado do Amazonas, Manaus e o seu povo, que é tão brasileiro quanto os demais das diferentes regiões do País.
Para a equipe da Globo, que produziu o documentário falso, liderada pelo repórter Alberto Gaspari, Manaus é uma cidade sem nenhuma estrutura, cheia de palafitas e favelas, com um crescimento inteiramente desordenado e ajudando no desmatamento da região. Vocês globais, devem saber que o Brasil inteiro cresce de forma desordenada e com vários problemas sociais. Isso não é um privilégio do Amazonas.
Vocês conhecem São Paulo e Rio de Janeiro? Será que por lá não existem favelas, poluição e outras coisas mais. O que não deve ter é desmatamento, porque não tem mais o que desmatar.
Tudo isso pode até, ter um cunho de verdade, mas querer tapar o sol com a peneira, não me parece uma atitude correta.
Para o repórter global, as demais capitais amazônicas estão muito bem obrigado, como Porto Velho, que cresce verticalmente, Rio Branco, que busca também o seu desenvolvimento, Boa Vista, que tenta seguir pelo menos caminho, mesmo enfrentando grandes problemas em função dos constantes conflitos entre brancos e índios e Belém, está, na visão do jornalista, a grande metrópole da Amazônia, onde o verde aparece por todos os lados.
Quando vi isso no documentário, chegou a pensar que o repórter não passou por Manaus, até porque, muitas imagens dos nossos igarapés são de arquivo e muito antigas e do Prosamim, um projeto do Governo do Estado, exemplo para o mundo, pouco ou quase nada foi dito.
O que o jornalista situou, é que a Zona Franca de Manaus, por exemplo, apesar de ser o maior pólo eletro-eletrônico do Brasil, só atua em montagem. Quanta maldade global. Quanta falta de responsabilidade e ética, com um Estado que faz o que pode para ser visto pelo Brasil e considerado brasileiro. É maldade pura. É sacanagem global mesmo.
Para a grande mídia nacional, especialmente para a Globo, no Amazonas só acontecem coisas ruins. Vivemos fora dos seus noticiários e quando produzem um documentário, ainda é para denegrir a imagem amazonense. É melhor que a Globo esqueça o Amazonas de uma vez por todas, porque das muitas coisas boas e espetaculares que por aqui existem, ela não toma nenhum conhecimento.
O que os globais não falaram é da grande importância sócio-ecoomica que tem o PIM da ZFM para a região, para o Estado e para o Brasil, pois representa uma grande força na balança comercial brasileira e no que diz respeito à exportação. Fora isso, a ZFM é uma forte aliada da natureza, tanto isso é verdade, que dos estados brasileiros amazônicos, o Amazonas é quem menos desmata. Mas isso é bom para o Amazonas, por isso, a Globo faz questão de não afirmar.
No documentário, não aparece um Prosamim com destaque, a Reserva Duke, a reserva do Sauim Castanheira, das reservas ambientais e ecológicas do Estado, a nossa rica cultura e tantas outras cosias valorosas. Isso, a turma da Globo não consegue ver. São todos mal intencionados e míopes.
Gostaria que os nossos políticos, na Câmara Municipal de Manaus, nas Câmaras Municipais do interior do Estado, na Assembléia Legislativa do Estado e as nossas bancadas no Congresso Nacional (Senado e Câmara), pensassem como eu e se manifestassem, através pronunciamentos e notas de repúdio contra esse documentário falso, que trata Manaus, a capital da Amazônia, a grande metrópole da região, uma das sub-sedes da Copa do Mundo de 2014, como uma cidade onde tudo é ruim e não presta.
Este artigo, não representa nenhuma dor-de-cotovelo ou inveja das outras queridas capitais da Amazônia, as quais conheço todas, mas temos o dever de protestar para que a verdade seja recolocada no seu devido lugar.
Ia me esquecendo. Para fazer isso, a Emissora tem que ser séria, transparente, imparcial e os seus jornalistas, precisam, primeiro ter conhecimento de causa e éticos, para que não continuem produzindo atos e fatos tendenciosos, como o que estou me referindo e mostrar para o Brasil e para o mundo, uma realidade que não existe.
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br
Blog: osnyaraujo.blogspot.com
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