Falta engenheiro para suprir o
Polo Industrial de Manaus
Manaus - As empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) ainda encontram dificuldades para preencher as vagas de cargos das diversas áreas de engenharia. O problema está na falta de pessoal especializado para atuar, principalmente, em atividades de inovação tecnológica e melhoramento do processo produtivo nas indústrias.
O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Nasser, acredita que essa escassez de mão de obra qualificada seja resultado de um sistema educacional insuficiente para atender as demandas da Região Norte.
“O problema não é só com as empresas do Polo. A deficiência é geral. As universidades são carentes na formação de profissionais e, apesar da quantidade de cursos, há pouca qualidade de ensino. Isso interfere no progresso da indústria”, avalia Nasser.
Antes, para suprir a necessidade, as empresas criavam atrativos para que profissionais de outros Estados viessem trabalhar nas empresas do Amazonas. A prática ainda ocorre, mas vem sendo reduzida. Conforme a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Elaine Jinking, as empresas têm buscado incentivar os próprios funcionários a estudarem mais.
“Algumas empresas do PIM têm programas próprios de formação de talentos. Mas outras têm incentivado o trabalhador a se aperfeiçoar profissionalmente por conta própria para ocupar as vagas”, conta Jinking. Apesar desse avanço ela avalia que aproximadamente 60% dos profissionais de engenharia que trabalham nas empresas do Amazonas são originários de outros Estados.
Foi com esse objetivo que o técnico em manutenção, Daniel Miguel Souza, 23, começou a fazer a pós-graduação em engenharia de controle e automação pela Universidade Gama Filho. Souza trabalha há cinco anos em uma empresa do PIM que, apesar de não exigir que os funcionários avancem nos estudos, promove aqueles com maior grau de capacitação.
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