Amazonino diz ter apoio de Lula
para mudar transporte público
Brasilia - Segundo o prefeito, modelo terá uma nova licitação de ônibus, que poderão ser estatais, além da parceria entre poder público e empresas para regular o serviço em Manaus.
Ônibus podem ser comprados pela prefeitura se não houver interesse das empresas. Foto: Arlesson Sicsú Brasília - A Prefeitura de Manaus estuda criar uma empresa estatal que funcionará como reguladora do sistema do transporte coletivo para evitar os transtornos causados pelas empresas aos usuários, declarou o prefeito Amazonino Mendes ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, numa audiência em Brasília.
Para Amazonino, o transporte coletivo e o sistema viário são as maiores preocupações da Prefeitura e não apenas por causa da obrigação de preparar Manaus para a realização de jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014.
“Estou em conversações com várias fábricas e parece que vai dar certo. Uma empresa não quer dizer que o transporte público será todo estatizado, a gente faz misto, mas é importante que o município tenha uma empresa para evitar o caos, até para ser uma espécie de reguladora”, explicou o prefeito, que disse ter recebido apoio do presidente Lula ao projeto, que deverá ser tratado com o Ministério das Cidades.
Segundo Amazonino, a prefeitura quer realizar uma nova licitação para o transporte coletivo no prazo de um mês, mas enfrenta problemas pela falta de interesse de outras empresas, além daquelas que já operam no atual sistema.
“Até porque há uma desconfiança com relação à tarifa. Tem tarifa, depois é derrubada pelo Judiciário e tudo isso complica. São fatores psicológicos que afastam os investidores. Eu vou suprir isso se houver essa ausência de interessados. A gente supre com os ônibus estatais”, disse.
O prefeito esclareceu que a licitação não se confunde com a implantação do Bus Rapid Transit (BRT), projeto específico para a Copa, que consiste na construção de corredores exclusivos ligando a zona leste ao Centro de Manaus, orçado em R$ 630 milhões.
Amazonino voltou a criticar o projeto do monotrilho, um corredor de trens suspensos, orçado em R$ 1,3 bilhão e que será construído pelo governo do Estado. “O BRT é um projeto amplo, definitivo, final de transporte coletivo em Manaus. Eu só estou tendo um problema que ele (BRT) está ligado ao outro projeto, que é o monotrilho, que eu sinceramente não confio no monotrilho”, criticou.
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