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sexta-feira, 24 de junho de 2011

POLÍTICA E FOLCLORE

                                                                            *Osny Araújo

Como um autêntico ‘garanchoso’ o boi dos políticos, ou seja, uma nomenclatura com a mistura de ‘Garantido’ e ‘Caprichoso’, o governador Omar Aziz desembarcou em Parintins, cheio de elogios para os seus antecessores, Amaonino Mendes, hoje prefeito da capital e Eduardo Braga, segundo ele, os grandes responsáveis pelo engrandecimento do Festival, hoje conhecido internacionalmente. Está certo o governador e a lembrança faz justiça nos seus antecessores que acreditaram nesse movimento sociocultural espetacular.

Deixando esse papo de lado, o certo é que tem político dando na canela na Ilha da fantasia, numa mistura interessante entre folclore e política. Para muitos freqüentadores da Ilha, tem político que deveria estar na arena, defendendo ou o vermelho ou o azul. A torcida está certa. Tem muito político folclórico por aí por aí pelo Brasil a fora.

A cada ano a presenças de políticos do Amazonas e de outros estados aumenta no Festival de Parintins e não são apenas políticos com mandatos populares que dependem de votos, mas a presença de ministros e de outras autoridades importe nesta época do ano marcam presença na cidade parintinense.

O fato não deve causar nenhuma admiração exagerada, considerando que onde tem massa, ou seja, povo, por lá estão os políticos, abraçando um aqui, outro ali, tomando um cafezinho na cozinha de alguém. Alguns Na verdade, poucos são os que fazem por prazer. A grande maioria, para ser simpático e popular entra nessa dança e tudo, apenas pelo interesse político e nada mais.

Alias, não é nada agradável convidar um político para reuniões com meia dúzia de gatos pingados. Os assessores sondam o ambiente, diziam a afluência de público na reunião e a partir daí ele decide se aparece ou Não. Se houve um bom público, eles aparecem de braços abertos e distribuindo sorrisos, caso contrário chega um assessor um pouco atrasado e sempre com uma bela desculpa na ponta da língua, mesmo que a platéia na acredite. É amigos, o povo também sabe das coisas.

O que não cola muito no Festival de Parintins e se os políticos pudessem mudariam essa regra, é que os seus nomes não podem ser citados pelos locutores oficiais da festa e não podem ser ovacionas pelas platéias inteiramente separadas e marcadas pelas cores azuis e vermelhas e qualquer manifestação nesse sentido, gerará perda de ponto para a agremiação de onde surgiu esse fato e boi de Parintins é coisa séria e ninguém se arrisca a perder pontos. Ainda bem.

Mesmo com essas restrições, os políticos fazem questão de comparecer ao acontecimento que reúne milhares de pessoas e vão se infiltrando nos bares e restaurantes, conversando com um e com outro e dessa forma vão divulgando os seus nomes. Isso realmente é o mais importante para eles e olha, tem gente que não suporta bumbá, nem toada, mas nessas horas ele passa a ser no mínimo ‘ garanchoso’. Durma com um barulho desses. (Com postagem simultânea nos Sites Noticianahora, Amazoninarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético).

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br

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