Na contra-mão
Após a Lei Seca aumentam
mortes no trânsito em Manaus
Manaus - Dados do Ministério da Sáude divulgados ontem (18) mostram que o número de mortes causadas por acidente de trânsito no Amazonas aumentou 5,1% no primeiro ano da Lei Seca. A estatística foi realizada em comparação ao ano anterior à legislação, que entrou em vigor em 20 de junho de 2008.
No balanço geral, as mortes provocadas por acidentes de trânsito em todo o País caíram 6,2% no período de 12 meses após a Lei Seca, quando comparado aos 12 meses anteriores à Lei. Esse índice representa 2.302 mortes a menos em todo o país, reduzindo de 37.161 para 34.859 o total de óbitos causados pelo trânsito.
Em relação à taxa de mortalidade - que é o risco de morrer de acidentes de trânsito no Brasil-, o Amazonas apresentou crescimento de 5,5%. Em todo o País houve redução de 7,4% no ano posterior à “Lei Seca” em comparação ao ano de 2007. A taxa caiu de 18,7 mortes por 100 mil habitantes para 17,3 por 100 mil habitantes.
Dados gerais
Nos doze meses anteriores à lei, 37.161 pessoas morreram em acidentes de trânsito. Nos doze meses posteriores, foram 34.859 -- 2.302 a menos.
O estado que registrou maior redução em números absolutos foi o Rio de Janeiro (32%), seguido do Espírito Santo (18,6%), Alagoas (15,8%), Distrito Federal (15,1%) e Santa Catarina (11,2%). Em sexto lugar ficou Bahia (6,1%), com São Paulo (6,5%) e Paraná (5,9%) na seqüência
Homens e jovem são os que mais dirigem alcoolizados
Segundo o Ministério da Saúde, a frequência com que as pessoas dirigem depois de beber subiu. Em 2007, ano anterior à lei, 2,1% assumiam dirigir alcoolizado. Em 2008, o número caiu pra 1,4%, mas voltou a subir em 2009, com 1,7%.
Os homens são os que mais cometem a infração. Em 2007, eles representavam 4,1% do total, o índice caiu para 2,8% em 2008, e subiu para 3,3% em 2009. Nas Capitais, os maiores percentuais entre os homens foram registrados em Aracaju (8,7%), Teresina (5,9%) e Rio Branco (5,5%).
Ainda segundo a pesquisa, a maior incidência está entre adultos de 25 a 34 anos (2,1%) e de 35 a 44 anos (2%). O número cai para 1,8% entre os jovens de 18 a 24 anos. (AL)
Distribuição dos óbitos por doze meses antes e doze meses após a implantação da “Lei Seca” segundo regiões e Unidades Federadas. Brasil, 2007-2009:
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