Canarinhos avançam na Copa

Brasil vence Costa do

Marfim e perde Kaká

Joanesburgo,Africa do Sul - O Brasil venceu bem a seleção africana da Costa do Marfim e já garantiu passagem para a segunda fase da Copa do Mundo, mesmo não possa contar com a participação de Kaka para o jogo contra Portugal, na sexta-feira, em função da sua expulsão contra os elefantes africanos.

Acabou a má fase! "Fabuloso" volta a marcar e ajuda Brasil a vencer rivais africanos

Robinho, em jogada de velocidade, dispara a bola em um raro momento de maioria amarela na defesa da equipe de Drogba. A bola passou perto. E, por vários minutos, foi esta a iniciativa que a seleção ofereceu aos torcedores.

A Costa do Marfim, diferentemente da Coreia do Norte, não se acovardou perante os soldados do Sargento Pincel. Sofrendo muitas faltas, a seleção africana lançava bolas na esperança de qualquer um cabecear e bater nosso sólido arqueiro. Quando os zagueiros espirravam o perigo, Kaká, fora de sua boa forma, era facilmente desarmado. Pelo menos até aos 25 minutos da primeira etapa.

Mais ágil, puxada por Maicon, coração e cérebro do time, a seleção viu um Kaká dos tempos de Milan - porque no Real Madrid ele é coadjuvante, vamos ser honestos. Um toque e Luis Fabiano, sem chuteiras lilás pedalando sem razão, fuzilou o gol africano. 1 a 0.

Depois do gol, abatimento e rápida recuperação. Lá estava a Costa do Marfim, marcando sob pressão, atrapalhando a saída de bola. Sofrimento que diminuiu no segundo tempo.

Com mais espaços, Luis Fabiano iniciou uma jogada individual interessante. Abriu uma chapelaria, como disse Galvão Bueno, tentando ser lírico, engraçado, ou sei lá o quê. Com ajuda de seu ombro, o Brasil via uma obra de arte ilegal, que colocou 2 a 0 no marcador.

A Costa do Marfim seguiu sua sina de atacar e pressionar, mesmo com o saldo de gols piorado. Foi Felipe Melo, que com a camisa amarela é mesmo um belo jogador, o responsável pela proteção do ferrolho canarinho. E aproveitando mais um espacinho, Kaká foi até a linha de fundo, no flanco esquerdo do campo, para cruzar uma açucarada bola à Elano, que fez o segundo dele na Copa e o terceiro do Brasil. O ex-jogador do Santos sairia minutos depois, sem conseguir apoiar o pé no chão. Graças a uma violenta solada, não vista pelo árbitro francês.

Aos 34 minutos, o gol de honra. Drogba conseguiu cabecear. E pelo alto, poucos podem com o atacante do Chelsea.

Kaká? Bem. Ele conseguiu. Se a imprensa tinha medo de Felipe Melo, o primeiro vermelho da seleção na Copa foi para o sempre educado e polido ex-jogador do São Paulo. Tudo porque caiu na catimba do time da Costa do Marfim. Assim, não teremos o craque para a partida final, que decidirá o campeão do grupo. Não se assustem se Portugal empatar ou vencer esse jogo.

De todo jeito, a notícia do dia, no Brasil e na África do Sul, é que a segunda seleção classificada para as oitavas de final é a brasileira. A seleção brasileira do arrogante e aventureiro técnico Dunga.

Itália decepciona

A Itália empatou por 1 a 1 com a Nova Zelândia, mantendo a má impressão de sua estreia.

Marcelo Lippi, a esta altura arrependido de não convocar o bambino Rossi, do Villareal, insiste na escalação de jogadores que, definitivamente, já demonstraram insuficiência para a titularidade de uma seleção que pretende ser pentacampeã. Atualmente na segunda colocação do grupo F, a equipe, caso mantenha o posto, terá parada duríssima logo nas oitavas de final, justamente contra a única seleção 100% do velho continente, a Holanda.

Errando muitos passes, falhando nas finalizações e dotada de uma defesa ainda assustada pela ausência de Gianluigi Buffon, a seleção que se apresenta na terra dos Bafana Bafana não é azul. É um macarrão sem molho de tomate. Que tem obrigação de vitória na rodada final.