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domingo, 27 de junho de 2010

Bumbás fazem apresentações impecáveis
na segunda noite do Festival de Parintins


Parintins,AM  – O boi-bumbá Caprichoso abriu segunda noite do Festival Folclórico de Parintins neste sábado na festa que começou ontem e encerra amanhã (27), na Ilha de Parintins, a 325 quilômetros de Manaus.
O boi azul entrou no bumbodromo às 21h defendendo o tema "O Ritmo Tribal - Um amor de Canto à Terra", com toada intepretada pelo “imperador” David Assayag. Com as alegoria "Wänko Fandeira", de Rossy Amoedo, e as aranhas negras da lenda amazônica, o boi azul tomou conta da arena. Nessa alegoria houve ainda a evolução da Cunhã-Poranga Maria Azêdo, que representou a rainha das aranhas fiandeiras Wãnkô.
A segunda alegoria "Farinheiro da Amazônia", trouxe itens como Sinhazinha da Fazenda Thainá Valentea, Porta-Estandarte Karinne Medeiros, a Rainha do Folclore Brenna Dianná, além do o Amo do Boi Edilson Santana. O Caprichoso prestou homenagem às manifestações folclóricas que deram origem ao boi-bumbá, como o Bumbá Meu Boi, do Maranhão.
Apresentação da segunda noite do Festival de Parintins
A homenagem foi estampada na indumentária da Sinhazinha da Fazenda, que entrou na arena com muita cor, representado a cultura maranhense. A dança das fitas deu um colorido a mais à apresentação do Boi azul, destacando a miscigenarão do caboclo da terra.
No ritual, tribos coreografadas mostraram a transformação de índios em aranhas negras e formaram grande aranha humana na arena.
A alegoria "Gavião Ikolen", assinada por Rossy Amoedo, deu passagem à apresentação do Pajé Waldir Santana, um dos pontos altos da noite do Caprichoso na segunda noite do Festival. O carro mostrou as várias alucinações do Pajé por meio do consumo de ervas alucinógenas. Com performance única, o curandeiro que domina os espírito, evoluiu e mostrou as mutações vivenciadas por ele.
Alegoria do boi Azul
Ainda nesta alegoria, o Caprichoso trouxe dançarinos do Rio de Janeiro para compor “ Gavião”. Os bailarinos evoluíram em meio à iluminação ultravioleta, que levou grandes efeitos especiais para a Arena.
Garantido
Já o Garantido apresentou a "Paixão da Vida" para o encerramento da segunda noite. As cinco alegorias do Boi exaltaram a Amazônia como patrimônio de todos. A apresentação reviveu toadas clássicas da trajetória do bumbá de Parintins.
Ao som de “Vermelho”, hino do boi Garantido, Israel Paulain apresentou a batucada, um show a parte. “Este espetáculo é um convite para viajarmos ao coração da Amazônia e, juntos, descobrirmos o pulsar da vida latente sob esse imenso tapete verde”, anunciou. Já o Levantador de Toadas do Garantido, Sebastião Junior mostrou que pode segurar bem o posto.
Boi Garantido na Arena
A primeira alegoria “A Lenda Amazônica”, assinada por Francinaldo Guerreiro, trouxe o enigma do Mapinguari , um dos mitos mais populares da Amazônia. O monstro guardião da floresta trouxe a índia mais bela da tribo, a cunhã-poranga Tatiane Barros. Ele representou a Mãe Natureza e se transformou em um Gavião Real.
Tribos indígenas entram na arena para o momento tribal “Paixão e Vida”. A Galera se “vestiu” de verde e vermelho para chamar as tribos à apresentação.
Em sua segunda alegoria "Celebração à Vida", obra do artista Jonathan Marinho, as tribos bailavam para representar os pássaros da Amazônia. Surgidas de dentro de máscaras que se abriram em uma revoada, desfilaram galos da serra, gavião, beija-flor, piaçocas, garça e arara. Nessa alegoria também houve a evolução da Rainha do Folclore, Patrícia de Góes que dançou em nome dos pássaros que cantam para a preservação da floresta.
O Garantido também fez a “Celebração Folclórica – A vida depende da vida”, que mostrou a biodiversidade da Amazônia. Um tracajá gigante carregou diversos animais da Amazônia como Gavião Real, que trouxe a Sinhazinha da Fazenda. A filha do fazendeiro Ana Paula Ianuzzi evouiu com indumentária iluminada por leds. Já a Porta Estandarte, trazida por uma garça, deu vida à Coruja. E foi do Gavião Real que o Boi - o símbolo maior da festa – surgiu na arena da Ilha de Parintins.
Alegoria do boi Vermelho
Em Figura Típica Regional homenageando os ribeirinhos da região e a miscigenação das raças, um tucunaré trouxe o Amo do Boi, Tony Medeiros que não dispensou provocações ao Boi contrário.
Encerrando a apresentação, o Ritual Turé - disputa entre índios do bem (os Karauãnas) e do mal (os malévolos), nativos dançavam em círculos para receber o poderoso Pajé, interpretado por André Nascimento. A apresentação do curandeiro foi outro momento de destaque da apresentação do Vermelho no Festival. Uma bolha flutuante trouxe o defensor dos espíritos para equilibrar as forças.
Outro momento marcante da apresentação do boi da baixa do São José foi quando Sebastião Júnior arrancou aplausos da Galera ao interpretar a toada "Lamento de Raça", de Emerson Maia. Júnior assumiu - cerca de 48 horas para o início do festival - o posto de levantador de toadas no lugar de David Assayag, que depois de defender as cores do vermelho anunciou, no ano passado, a sua ida para o boi Azul.
A empolgação das galeras marcou essa segunda noite do Garantido. Entre as musas, destacaram-se a cunhã-poranga Tatiane Barros, a sinhazinha Ana Paula Ianuzzi, a porta-estandarte Raissa Barros e a rainha do folclore Patrícia de Góes.
A noite foi fechada com o Ritual Turé, entre as tribos Palikur, Galibi e Karipuna. Na busca pela décima vitória no quesito, o pajé André Nascimento realizou o ritual.
Na segunda noite, nenhum dos bois ultrapassou o tempo máximo de 2h30 de desfile, o que demonstrou que ambas as agremiaçoes realizaram desfiles impecáveis.(P.Amazonia)







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