Governo vai construir 3,5
mil casas em Manaus
Manaus - O contrato foi assinado ontem, durante visita do presidente Lula e vai beneficiar mais de três mil e quinhentas famílias. O empreendimento "Meu Orgulho" vai atender a famílias com renda de até três salários mínimos.
O contrato foi assinado durante a passagem do presidente pela cidade, onde ele também teve um encontro com o presidente do Peru, Alan García, e com lideranças empresariais do Brasil e do Peru. O contrato do conjunto habitacional "Meu Orgulho", assinado ontem, é a primeira parte de um projeto que vai construir mais de oito mil casas em Manaus. Ele é o maior projeto dentro do programa Minha Casa, Minha Vida no país.
Na solenidade de assinatura do contrato, o governador Omar Aziz reafirmou o comprometimento do Estado com o desenvolvimento do Brasil. "O nosso compromisso em desenvolver, crescer economicamente e colocar o Amazonas lado a lado com o país está indo pra frente. Estas novas casas são fruto de uma parceria vitoriosa, que busca qualidade de vida para quem necessita", declarou o governador.
O presidente da República disse estar feliz com o projeto e salientou ser necessário que as casa tenham qualidade. "Não queremos casas de luxo, mas ambientes de qualidade para que as pessoas possam viver bem", afirmou Lula.
O encontro com o presidente Allan García foi reservado e durou cerca de uma hora. Em seguida, ambos participaram de uma reunião ampliada entre autoridades brasileiras e peruanas que se estendeu por mais duas horas.
Entre os assuntos tratados estavam acordos de cooperação nas áreas de ordenamento territorial, gestão integrada de recursos hídricos, instalação de sistemas agroflorestais, produção agrícola no rio Javari e implementação de centro de capacitação industrial. Além de questões para dinamizar o processo de interconexão das redes elétricas dos dois países.
Eleições
O presidente Lula disse ontem que vai apoiar abertamente um candidato ao governo do Estado do Amazonas. Ele declarou que alguns fatores vão pesar em sua decisão, como o novo momento da política amazonense, com a candidatura à reeleição de Omar Aziz e a relação nacional com o PMDB, partido do deputado Michel Temer, candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff.
No Amazonas, o PMDB também indicou o nome do candidato a vice-governador para a chapa de Omar Aziz, que também tem o apoio do ex-governador e presidente regional do partido, Eduardo Braga. "No momento certo, eu vou vir aqui, vocês vão ver minha cara na televisão, vão ver minha cara no comício e eu espero que isso só possa fortalecer a democracia aqui no Amazonas. Mas pode ter certeza não haverá guerra, vai ser tudo na paz", brincou o presidente.
O governador Omar Aziz comemorou, pois, até ontem, sua pré-candidatura vinha sendo costurada a partir de alianças com políticos locais, da capital e do interior do Estado, enquanto a de Alfredo se baseava em alianças nacionais, tendo como pano de fundo o possível apoio de Lula. "Estou muito satisfeito porque hoje (ontem), o presidente Lula, que só falava na candidatura do Alfredo, disse claramente que minha candidatura existe e que tem de ser levada em conta de agora em diante", declarou Omar.
Sem comentários
O EM TEMPO não conseguiu contato, por telefone, com o senador Alfredo Nascimento ou seus assessores. O pré-candidato a vice na chapa de Alfredo, o ex-prefeito Serafim Corrêa, preferiu não comentar a declaração de Lula.
"Palavra de presidente a gente escuta, não comenta", disse Serafim.
Lula prometeu anunciar seu candidato ao governo do Amazonas depois do dia 3 de julho, quando estarão terminadas as convenções e definidos candidatos e coligações. A partir dessas definições, o presidente disse que poderá "tomar todas as decisões que tiver que tomar".
Segundo ele, a mudança no panorama político do Estado, com a candidatura de Omar Aziz, o levou a reconsiderar a "costura política" para o Estado, onde ele afirmou que terá candidato ao governo, mas ponderou que todos esses novos elementos têm de ser levados em conta, tendo em vista a campanha de Dilma Rousseff, que é a prioridade nacional do PT e dele próprio.
"A política no Amazonas, há dois meses, tinha um formato totalmente diferente de hoje. A fotografia de dois meses era todo mundo unido em torno de um candidato. Tínhamos chapa para governo, tínhamos chapa para Senado e todo mundo unido. Esses dias, fui ver a fotografia, e não está mais assim. A base que estava unida já não está mais, já tem dois candidatos", disse.(Emtempo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário