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terça-feira, 8 de junho de 2010

Agronegócios
CMN adia decisão de diminuir preços mínimos

                                                                                                                *Thomaz Meirelles

A definição sobre a redução dos preços mínimos para o trigo, o milho e o feijão da próxima safra foi adiada. Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, o ministro Guido Mantega retirou o tema da pauta da reunião do último dia 27 do Conselho Monetário Nacional (CMN) para que se aprofundasse o debate sobre o assunto. “Há o entendimento técnico de que há necessidade de revisão dos preços mínimos, e temos que analisar o quanto eles estão influenciando negativamente a produção”, afirmou Bittencourt. O secretário observou que a medida, além do seu lado econômico, tem um viés político. “Tem um viés político porque é uma medida que não foi adotada anteriormente”, afirmou referindo-se ao fato dos preços mínimos de produtos agrícolas nunca terem sofrido uma diminuição. Bittencourt disse, no entanto, que apesar de ser algo inédito, é importante haver redução, quando necessário, para que no caso de uma crise, por exemplo, os preços mínimos possam ser reajustados para mais rapidamente, criando um equilíbrio. A decisão final sobre o assunto será tomada em junho, provavelmente em uma reunião extraordinária do CMN. (Agência Brasil)
CMN mantém taxas de juros para financiamento da próxima safra
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou no último dia 27 sete medidas para agilizar a liberação de recursos na safra 2010/2011. As taxas anuais de juros cobradas da agricultura empresarial serão mantidas entre 5,75% e 9,5%. Para a agricultura familiar, de 1,5% a 5,5%. O detalhamento das medidas só será apresentado pelos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura no lançamento do Plano Agrícola e Pecuário, em junho, para vigorar a partir de 1º de julho. Segundo o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, próximo ao final da safra geralmente há um período de interrupção das operações de crédito agrícola no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por causa da expectativa de condições melhores no plano safra seguinte. Com a manutenção dos juros, esse processo deve ser agilizado. “Como não estão se alterando taxas de juros, estamos dizendo que o BNDES pode continuar operando com as mesmas normas até que as novas sejam definidas plenamente. Algumas vezes essa operacionalização levava até agosto para ficar pronta”, afirmou. As principais mudanças do plano para a próxima safra são a ampliação dos limites de crédito para vários programas, como o plano de custeio destinado à pesca e aquicultura; o da agricultura familiar; e o de custeio e comercialização da agricultura empresarial. Também será criado o Programa Nacional de Amparo ao Médio Produtor (Pronamp) com condições específicas. (Agência Brasil)
Mandioca para etanol é discutida pela Embrapa
Como o Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar não recomenda o plantio dessa gramínea nos Estados da Região Norte do País, aumenta o interesse na mandioca para uso como fonte de biocombustível. Além disso, o álcool obtido de mandioca tem qualidade superior ao da cana-de-açúcar e pode ter diversas aplicações nas indústrias de cosméticos, química fina e bebidas. "Não é uma fonte de matéria-prima que vai substituir a cana-de-açúcar na produção de etanol, mas pode se constituir numa opção para produtores de menor escala e nichos específicos", declarou a pesquisadora da Embrapa Agroenergia, Silvia Belém, na reunião técnica "Realidades e Perspectivas de Pesquisa e Uso de Etanol de Mandioca", promovida pela Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, em Cruz das Almas/BA, na última terça-feira (25). Silvia salienta que, embora tecnicamente viável, a produção de etanol de mandioca depende do aumento de produtividade no campo para viabilizar economicamente a utilização dessa matéria-prima. Há necessidade de mais estudos de sistemas de produção que considerem os consórcios com outras culturas alimentares, para que o preço da matéria-prima seja realmente competitivo. Atualmente, o custo total para a produção de uma tonelada de mandioca é em média de R$ 140,00, sendo que o produto em 2009 foi comercializado no valor máximo de R$ 200,00 a tonelada. (Só Notícias)

*Thomaz A P Silva Meirelles – administrador, funcionário público federal, especialista na gestão da informação do agronegócio. e escreve semanalmente neste endereço. E-mail: thomaz.meirelles@hotmail.com



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