Assessores pagos pela ALE
trabalham em campanhas
Presidente da Assembleia, Belarmino Lins (PMDB) disse que é normal os deputados usarem a estrutura paga com dinheiro público durante a campanha eleitoral.
Belarmino Lins, o 'Belão', disse que é normal pagar assessores com dinheiro público para trabalhar em campanha eleitoral. Foto: Arquivo O presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), deputado Belarmino Lins (PMDB), o ‘Belão’, declarou ontem que é ‘natural’ assessores de gabinete, pagos com dinheiro público, trabalharem na campanha eleitoral para reeleição dos deputados estaduais. ‘Belão’ disse ainda que não vê problemas nos deputados usarem a estrutura da ALE para a campanha.
Cada deputado tem R$ 71 mil para contratar funcionários para seus gabinetes na Assembleia.
Para o parlamentar, é impossível separar o exercício do mandato de deputado da campanha para reeleição em anos eleitorais. “À medida em que os deputados estão trabalhando no interior, prestando contas do seu mandato, eles estão fazendo campanha”, disse Belão. Ele reconheceu que o esvaziamento das sessões ordinárias na ALE é reflexo da aproximação do período eleitoral e voltou a defender a postura de parlamentares que registram presença em plenário e deixam a Casa em seguida, ao afirmar que “o deputado que deixa para trabalhar depois da eleição, vai pra casa cuidar de outros negócios que não do povo”.
Segundo o presidente da ALE, é “natural” que os parlamentares confiem a seus assessores o trabalho de acompanhá-los na campanha eleitoral. “Não há como dizer para um assessor: você trabalha comigo na assembleia mas te afasta de mim porque estou em campanha. É natural que eles se tornem elementos para a campanha. Se meus funcionários não me apoiam, eles perdem os empregos”, disse.
Belão disse ainda que as dependências da ALE estão disponíveis para livre uso dos deputados em qualquer período, inclusive o eleitoral, mas que não será permitido a candidatos de fora o uso da estrutura da Casa para fins eleitorais.
A única ressalva feita por Belarmino foi em relação ao uso da verba indenizatória para custear gastos de campanha. Segundo ele, a legislação eleitoral proíbe essa prática e por isso, os deputados precisam usar os recursos “com cautela”. “Após as convenções e o registro de candidatura, todos terão conta específica para arrecadar recursos de campanha, daí eu aconselhar que a cota parlamentar não seja usada”.(D.Amazonas)
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