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sábado, 12 de junho de 2010

Bairro Compensa comemora amanhã 44 anos


Manaus – O bairro Compensa comemora neste domingo (13), 44 anos e desde hoje (11) tem festa na comunidade. Este é um dos bairros mais populosos da zona Oeste. Tem uma área de quase mil e trezentos hectares, faz fronteira com os bairros Santo Agostinho e São Raimundo. Um lugar onde vivem pessoas hospitaleiras.
O bairro conta com maternidade, feira, comércios, avenidas como a principal que leva o nome da pátria, “Brasil”, e também aqui fica a sede da Prefeitura de Manaus. Segundo o último levantamento feito pelos próprios moradores, são 120 mil moradores, 85 mil eleitores.
História
O bairro da Compensa, em Manaus, constituído por um grande e aglomerado centro comercial, na zona Oeste da capital do Amazonas tem uma população estimada em 80 mil moradores e 37 anos de existência comemorado no dia 13 de junho.
Nesta área, a rua Amazonas se destaca em toda sua extensão comercial com uma freqüente clientela local e de bairros adjacentes.
Vizinha dos bairros Santo Agostinho ao Norte e Vila da Prata a Leste, além de estar cercada por estaleiros a Oeste e o Rio Negro ao Sul, a Compensa até a alguns anos era tido como um bairro extremamente violento. Isso se deve, de acordo com os moradores mais antigos, a sua origem estar ligada aos constantes conflitos travados entre os próprios moradores, proprietários e o Estado. Recentemente, porém, com o aumento do comércio o bairro vem passando por transformações tanto na área econômica, com o surgimento de novos comércios, como na parte de infraestrutura com a retirada de palafitas, construçao de pontes e avenidas.
Com acelerado processo de urbanização da cidade de Manaus nos anos 60 em decorrência da criação da Zona Franca, a cidade passa a ser o centro preferido para os imigrantes do interior do Estado, além dos Estados vizinhos (especialmente paraenses e nordestinos), que migram esperando encontrar condições de vidas mais favoráveis. A princípio encontraram pobreza, miséria e um longo caminho a percorrer em busca de um lugar ao sol.
Com o processo natural do crescimento populacional da cidade, muitos do que hoje habitam o bairro, não tinha casa e na expectativa do milagre econômico, se fixaram na orla do rio Negro em casas erguidas sobre balsas flutuantes, formando a conhecida "cidade flutuante".
O bairro conta com a presença do PAC (Pronto Atendimento ao Cidadão), onde são oferecidos serviços dos correios, agência bancária, Detran e várias outras instituições. Não tem um lugar específico para o comércio, apesar de possuir no entroncamento da avenida Brasil e entrada na rua São Pedro um Mini-Shopping e a Feira Modelo da Compensa, sua área comercial está espalhadas por todo o bairro.
É possível encontrar na Compensa de açougue a consultório dentário. Na área da saúde, o bairro conta com o Caic (Centro de Atendimento e Integração da Criança) e com o Pronto Socorro da Criança da Zona Oeste. Na mesma área funciona a as sedes da Prefeitura de Manaus e do Governo do Estado, bem como o 8º Distrito Policial.
No setor de lazer e entretenimento o bairro tem à disposição de campos futebol, casas de shows.
Em 1964, o governador Arthur Cezar Ferreira Reis, inicia o processo não pacífico de remoção da cidade flutuante.
Segundo dados da monografia "A Geografia da Compensa" de Walney Freitas de Figueiredo, bacharel em geografia pela Ufam (Universidade Federal do Amazonas), neste ano, foram construídos conjuntos habitacionais para atender as demandas de moradores, entretanto, não atendiam 1/3 dos sem-tetos, fazendo com que essas pessoas procurassem abrigo invadindo vários terrenos nas imediações do centro. Este foi o caso das terras que pertenciam a família Borel.
Família Borel sofre invasão
Vinda da Alemanha, no período da Segunda Grande Guerra, a família Borel fixa residência em Manaus adquirindo parte da área que hoje é conhecida como bairro da Compensa. Sob a responsabilidade de Oscar Borel, morto em 13 de junho de 1968, mesmo ano que inicia o processo de invasão da área. A viúva Maria Borel e mais os 10 filhos do casal não consegue evitar a invasão nas terras da família. Assim começa a surgir o complexo desordenado urbano que é a Compensa vivendo com as promessas de reestruturação do bairro.
Um dado curioso é que o bairro já teve três diferentes denominações. A primeira chamada de Vila de Sapé (relativo ao tipo de palha que cobriam as casas). A segunda de Cidade das Palhas (também devido ao estilo de cobertura das casas) e por último, mas não menos importante o atual nome de Compensa (originado de uma antiga serraria que produzia lâminas de compensado).
Recentemente, em abril de 2010, no governo de Eduardo Braga, o bairro sofreu grande intervençao, com construçao de avenidas, pontes e retirada de casas que existiam ã margem dos igarapés por meio do Programa de Saneamento dos igarapés de Manaus (PROSAMIM).





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